quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Marcas do Tempo

Hoje é o Dia do Gaúcho, ainda que eu não goste de rotular assim. Dia do Gaúcho são todos, pois a nossa tradição se renova a cada nascer do sol e a cada manifestação que fizemos para cultivá-la. Hoje é 20 de Setembro, data precursora da nossa liberdade.

E historicamente aqui, nesta data, falo-lhes dos nossos feitos, do nosso hino e de tudo que representa a Revolução Farroupilha. 

Desta vez, todavia, mostro o que venho fazendo pela nossa tradição. Segue abaixo, a defesa que fizemos da música "Marcas do Tempo", no 27º Ronco do Bugio em São Francisco de Paula. Sem falsa modéstia, ficou um belo trabalho para o Cancioneiro gaúcho, pois trás fundamento e paixão pela tradição, em sua essência.


E viva o 20 de Setembro.
E viva o Rio Grande do Sul.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Roncando em São Chico

É, enfim, chegada a hora.

Hoje a noite, no CTG Rodeio Serrano em São Francisco de Paula, subimos no palco do 27º Ronco do Bugio. Independente do resultado, o certo é que poder contribuir com a história desse que é o Festival mais autêntico do Rio Grande do Sul já é uma vitória.

De qualquer sorte, o certo é que estaremos na disputa buscando chegar a fase geral, amanhã, e para isso contamos com o apoio e a torcida de todos.

E que "Marcas do Tempo" consiga deixar sua marca no Ronco e deixe marcas na tradição de São Chico e do Rio Grande.

Nos vemos no Ronco.

Lembrando que hoje tem grande show com Luiz Marenco e amanhã baile com Volnei Gomes e Grupo Cantando o Rio Grande; além do mais, inédito festival gastronômico de bóia campeira.

Abraço e bom festival a todos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Independência: realidade que se renova

Falar sobre o dia da independência do Brasil é sempre uma realidade que se renova. Vejam que trago adiante um publicação escrita aqui há exatos dois anos e nada mudou para melhor. Mas, para pior sim. Nossa cultura que arde em chamas na triste imagem do Museu Nacional que ardeu no calor do inferno (podemos falar diferente?). Do candidato a presidente esfaqueado que faz combalir a democracia (e olha que eu não morro de amores pelo cidadão, mas nada se justifica).

E alguém ainda tem dúvida de quem vencerá a eleição agora? 

 Enfim...

"Independência ou morte?

Há alguns anos, por aqui escrevi da dificuldade do brasileiro expor seu patriotismo, afora manifestações ligadas ao esporte. Abro um parenteses, aqui, para tirar fora o futebol, pois, neste, há uma paixão própria enraizada. As pessoas não amam o futebol por ser o Brasil, mas por ser futebol, mesmo. 

Parece-me que fosse o brasileiro um patriota, não teríamos chego mais uma vez ao fundo do poço da democracia. Nossa jovem democracia, outrora manifesta e pujante, agora sucumbe na esperança de que novos dias virão, quando, se for analisado os personagens que através da política tentam desenhar o futuro, nossa esperança é utópica, demonstrando que o fundo do poço é mesmo profundo. 

Hoje é 7 de setembro, dia da independência do Brasil. Mas que independência é esta, alguém sabe me responder? Ser independente é conquistar a façanha de impedir o prosseguimento de mandato de dos presidentes da república em menos de três décadas de democracia? Ser independente é fazer com que o povo sofra na fila dos hospitais? Ser independente é ter uma educação ruim ou péssima? Ser independente é atochar o povo com uma das maiores cargas tributárias do mundo?

Não sei responder nenhum dos meus questionamentos. Simplesmente porque nós, os brasileiros, somos independentes na teoria, mas, não sabemos o que isso representa na prática.

Vejamos que há cada dois anos, através da independência democrática do voto, podemos exercer a livre manifestação da independência, elegendo nossos representantes. Pasmem, em pleno século 21, continuamos elegendo corruptos e reelegendo pessoas que não tem a mínima preocupação com o interesse público, mas com seus próprios interesses.

Esta é a nossa independência?

O que é ser independente, afinal?

Num Brasil cada vez mais velho, questões que nunca deixam de ser novas.

Vamos crescer, algum dia?

Às margens do riacho Ipiranga, lá em 1822, Dom Pedro gritou para quem lá estivesse e quisesse ouvir: independência ou morte? Optamos pela primeira, embora eu me pergunte o que teria acontecido de nós se tivéssemos tomado o caminho da segunda opção. 

Quem sabe das cinzas da suposta morte, com fênix, teria ressurgido um novo Brasil, realmente independente. Nas cinzas, novamente, estamos, imperioso compreender. Então, que alguém (de conduta ilibada e idônea) volte ao Riacho Ipiranga e grite novamente: "Independência ou morte?".

A partir de então, ou aprendemos o que significa independência ou que morramos de vez. 

Triste, mas verdadeiro."

Bom feriado a todos.