terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Começar de novo...

Bendito é o primeiro dia do novo ano, como bem sintetiza o verdadeiro imortal Mário Quintana:


“Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...”


Enfim, bate em nossa porta o último dia do ano de dois mil e nove. Um ano bom? Um ano ruim? Um ano mais ou menos? Creio que cada um de vocês deve responder para si qual das perguntas é a que mais combina com você.

Mas independente de como foi ou como deveria ter sido, foque-se em como deverá ser.

E seja feliz. Sonhe e se permita realizá-los.

FELIZ 2020!

Que seja o ano de nossas vidas.


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

É preciso acreditar...

... num mundo melhor!

E nada melhor que o NATAL para poder praticar isso. 

Para fazer o bem...

Para aprender a gostar mais, amar mais...

Ser mais... Feliz!


Natal é magia, como bem diz a Coca-Cola.

É preciso acreditar!

Feliz Natal!

Alegria, fé e muita virtude.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Da vida passageira

Certa feita, ainda morava em São Chico, meu pai foi contemplado com um consórcio que ele tinha feito para comprar uma máquina de lavar que prestasse lá para casa. Saiu ele para resolver os trâmites e, quando voltou, carregava um videocassete nas mãos. Mas não era um videocassete comum, esse tinha 4 cabeças o que, para a época, era luxo. Obviamente que minha mãe ficou uma fera, mas aquilo mudou minha vida para sempre: virei um aficionado por cinema e eu era um frequente assíduo das vídeo locadoras que tinham em São Chico. Eram três, na época. Depois, foram minguando e sobrou a do Zé, amigo do meu Pai, que era um visionário: certo dia encerrou com as fitas cassete e transformou sua pecinha em locadora de DVD's. Não sei se meia dúzia de pessoas tinham os aparelhos em São Chico na época.

Pois viemos embora para Novo Hamburgo em 1996 (meu Pai um ano antes) e o velho e bom videocassete veio junto. Ainda haviam boas opções de locadora em NH para esse produto. Tinha uma perto de casam cujo nome eu não mais lembro, onde loquei o meu filme preferido na infância: The Big Green - Pisando na Bola. Olhei mais de trinta vezes e até hoje procuro este filme para comprar. Olharia hoje novamente nem que fosse só para matar a saudade. Por um tempo, tinha disponível no youtube, mas deixou de estar, fazer o que...

Só que chegou o dia que a tecnologia do DVD era irreversível; e lá fomos nós ao antigo Carrefour de Novo Hamburgo comprarmos um aparelho de DVD. Bahhh, foi um dia e tanto. Não era das marcas tradicionais, famosas, mas de uma vendida somente pela rede supermercadistas: Bluesky. Engraçado que ele funciona bem até hoje e guardo como relíquia, lá em São Chico. Não chegamos a cair na moda do Blu-ray, tampouco alguma vez tive um home theater. Nunca se precisou muito, afinal, para aproveitar o que tem de bom na vida.

Pois no ano de 2012 eu e a Mariana resolvemos juntar os trapos. Era isso ou não era mais, enfim, tudo na vida tem seu tempo. Estávamos numa fase final de faculdade e eu achava que era gastar dinheiro à toa pagando por uma tv a cabo. Decidi comprar um aparelho de DVD. Paguei menos de 100 pila e o tenho até hoje. Ele de vez encrenca e não mais o uso há pelo menos um ano, quando finalmente me rendi ao netflix. Mas no início ele era uma tábua se salvação. Fiz "ficha" em 3 locadoras: duas próximas de casa e uma no centro de NH, mais famosinha (fui lá uma única vez). Consegui aos poucos colocar em dia minha lista de filmes e isso era uma alegria. Em 2013, com a faculdade já concluída, me rendi à tv a cabo e diminuí a frequencia na locadora, sendo que uma até fechou logo depois.

Em 2014 rumamos à Sapiranga e antes mesmo da mudança a antena da Sky já estava na minha casa. Levei alguns meses para sentir falta de ir na locadora, criando a expectativa daquilo que poderia olhar no final de semana, quanto então localizei uma locadora em Sapiranga e reativei o meu aparelhinho de DVD. Na primeira fui poucas vezes, pois logo depois passeia frequentar mais outra, do meu amigo João (filho de São Chico), a que apelidei carinhosamente de Salaha, visto a  origem de sua família creio eu que no Líbano ou algo assim. Sua esposa, inclusive, muçulmana daquelas que usa véu e tudo. Ia com uma certa frequencia até que meu aparelho de DVD começou a travar, não queria mais despejar o DVD e eu passei a ficar receoso de utilizá-lo. Mas a cada vez que passava na frente da locadora do Salaha, prometia de entrar e locar alguns filmes no próximo final de semana.

Pois se passou um ano ou mais e não o fiz. Também não mais o farei.

Semana passada descobri que o Salaha cansou de dar murro em ponta de faca, contar os pilas para pagar as contas e desistiu. Já tem até uma placa de 'aluga-se' na sua última sala. A locadora fechou as portas. Podem até achar frescura ou exagero de minha parte, mas fiquei arrasado e me senti culpado, afinal, eu fui um dos tantos que abandonou o Salaha...

É claro que era a crônica da tragédia anunciada, afinal, as pessoas querem a comodidade de hoje em dia, de não precisar sair de casa para escolher e por aí vai. Esse é só mais um episódio efêmero da vida, que quase na sua totalidade tem início, meio e fim. A vida é passageira e o tempo é implacável.

Mas apesar de tudo, da vida mais fácil, eu sentirei falta de ir na locadora atrás de um bom filme, de alguma sugestão, de alguma novidade cinematográfica. Meu aparelinho de DVD segue lá em casa, a postos, o outro está em São Chico e meu Pai ainda guarda o videocassete 4 cabeças. Me chamem de saudosista, mas entendo que a saudade não é uma coisa que dá e passa.

Da vida passageira, as malas da saudade viajam sempre conosco.          

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Caí do cavalo

Ouvi de um médico psiquiatra, esses dias, que dezembro é um mês propício à depressão, eis que promove encontros familiares nem sempre agradáveis e trás a mente lembranças que nem sempre temos interesse em resgatar.

É por aí mesmo, pensei. Aliás, ando cada vez mais lendo assuntos sobre a mente humana  e suas façanhas... e agruras.

Eu, um saudosista nato, sempre recordo de coisas que marcaram de alguma forma a minha vida. Na próxima semana trarei mais um tópico de como as coisas tem início, meio e fim.

***

Pois, hoje, uma sexta-feira - coincidentemente, treze, faz 8 anos que perdemos o maior intérprete da música gaúcha, o grande e de talento imortal JOSÉ CLÁUDIO MACHADO.

O Rei da água benta.

O maior cantor que este Rio Grande teve a felicidade de ouvir. Voz marcada em sucessos como "Milonga Abaixo de mau Tempo"; "Chasque Para Dom Munhoz"; "Pelôs" e uma das músicas que mais gosto: "Defumando Ausências".

Sempre fará falta.

Sempre.

***

Recordo que falei em trazer a agenda de bailes desse final de semana, marcando a finaleira dos CTG's para este quase findo 2019.

Mas caí do cavalo. Não achei nem pro fumo.

Enfim, só digo uma coisa: bom final de semana a todos.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Última noite...

A já tradicional Noite Gaúcha da Lomba Grande encerra hoje suas atividades para o ano de 2019 e em grande estilo: baile com Os Serranos.

Nem preciso dizer que é noite para casa cheira, já que a música é de grandíssima qualidade.

Tendência é que as noites gaúchas voltem na última semana de janeiro, em razão do aniversário da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande.

Vamos para Lomba?

***

Já anota aí.

A Festa da Várzea do Cedro, em São Chico, já tem suas datas: 18 e 19 de janeiro de 2020.

A animação será por conta do Grupo Cordiona.

***

Alguns CTG's encerrarão suas atividades no próximo final de semana e tentaremos trazer por aqui a agenda atualizada.

***

Já cansados? 

Eu, sim!

Boa semana a todos.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Uma década passa rápido

E já são 10 anos de namoro...




Em uma década aprendemos que viver junto é muito mais que aparência, que alegrias e somente felicidade, embora tenham sido os sentimentos que mais se fizeram presentes até aqui. É também superar as diversidades, os defeitos do outro (são tantos os meus), as divergências (quase todas as minhas), enfim, saber superar e construir uma família.



E já são 10 anos dum namoro que nasceu nos corredores da faculdade, virou um "morar junto", depois o casamento com a formatura, aí cresceu com a chegada dos "gordinhos" e foi agraciado com a cereja do bolo, nosso "bendito fruto", o Bê.




Uma década de namoro, de companheirismo, de superação, de amor... De agradecer a Deus por cada novo dia e cada nova oportunidade. De renovar a felicidade...



sábado, 30 de novembro de 2019

Se foi novembro

Talvez o mês de novembro seja um dos tantos incompreendidos, afinal, a maioria das pessoas em verdade esperam é dezembro, natal, festas de final de ano... enfim. Da minha parte, não tenho nada contra e, apesar de ter mudado de opinião, ainda acho que questões natalinas deveria ficar restritas a dezembro.

Mas, passada os dia das crianças, o comércio viu a necessidade de antecipar o natal. Em Gramado, Canela e demais cidades que tem a cultura das "luzes", tudo tem começado mesmo em novembro.

Fica uma questão da "identidade" para tal, mas, convenhamos, quem se importa com isso não é verdade?

Só que se foi novembro. E a partir de manhã, sem qualquer percalço, tudo é natal, festas de fim de ano e por aí vai. Então, que seja!

***

Hoje tem alguns fandangos pela região. 

Nos dois próximos finais de semana outros eventos virão, afinal, encerramento dos CTG's que, de regra, voltarão somente em março.

***

Confesso que com o passar do tempo tenho sido mais receptivo com as festas de final de ano. E mais ansioso com a chegada do recesso forense. Hahahaha

Bom domingo a todos!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Dia do músico

Hoje é o Dia do Músico... 

E ainda que minha carreira esteja "suspensa", como as vezes brinco quando me perguntam sobre ela, o certo é que eu tenho um orgulho enorme de já ter subido no palco tantas vezes e dividido este com tanta gente de qualidade indiscutível.

Tanto por isso é que ainda reluto em dizer que me "aposentei", eis que ainda, vez ou outra, haverei de arriscar o talento alheio para salvar o que eu não sei se eu tenho. 

Hahahaha.

Trago, pois, minha última apresentação oficial, onde estive ao lado de grandes músicos, os quais homenageio em nome do meu grande amigo e compadre Cirilo Barcelos, um dos maiores que já vi tocar.


Quanto honra eu trago neste dia de hoje.

Parabéns a todos os amigos músicos!

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Festa dos Músicos

A noite gaúcha da Lomba Grande, hoje, promete ser histórica, pois reunirá grandes nomes da nossa música gaúcha num evento de confraternização promovido pelos mesmos, com baile d'Os Monarcas ao término da grande noite.

Churrascada, tiro de laço e muita música promete embalar todo o dia nas dependências da Sociedade Gaúcha. Presenças confirmadas:

- Os Monarcas;
- João Luiz Corrêa;
- Grupo Rodeio;
- Grupo Cordiona;
- Tchê Guri;
- Os 4 Gaudérios;
- Os Mateadores;
- Volnei Gomes e grupo;
- Gaúcho Pachola;
- William Hengen (Os Serranos);
- Banda Passarela.

E muito mais...

Dúvida de que a noite vai ser uma das maiores da história da Lomba Grande?

Pois, então, te toca pra lá.

Abraço a todos.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

República

Vez ou outra procuro ler o que já escrevi por aqui, quer para saber se melhorei ou piorei enquanto pseudo articulista; ou mesmo para saber o que já aconteceu e, pasmem, muitas vezes passados alguns anos.

Amanhã comemora-se a Proclamação da República brasileira, sobre a qual assim escrevi há 06 anos:

"República das bananas

Na linguagem do futebol, quando um time está mal todos dizem que bom é o jogador que está de fora. Com a devida vênia, transporto tal circunstância ao nosso país. Hoje, 15 de novembro, comemora-se do dia da proclamação da República do Brasil; em verdade o dia tem valido muito mais pelo feriado do que pelo motivo propriamente dito. Nisso, alguém há de levantar o questionamento: e se tivéssemos mantido a monarquia, seria melhor?

Pouco se vê, nos nossos dias atuais, acerca da monarquia. O maior exemplo é o do Reino Unido (Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Canadá e Nova Zelândia – esqueci de algum?), onde a Rainha Elizabete II segue na ativa. Contudo, a monarquia tem ganhado destaque muito mais por casamentos ou natalidade, do que pelo desenvolvimento do regime. É um regime que caminha para extinção. Mas é pior que a república?

O regime republicano, em tese, é mais democrático que a monarquia. Na república, o povo tem direito, pelo voto, a escolher o seus representantes. Isso não é capaz, porém, de garantir um governo do povo, para o povo e pelo povo. O nosso país, infelizmente, é um exemplo disso. Escolher os nossos representantes não tem contribuído muito com o desenvolvimento do país, haja vista que a corrupção e o ineficiente serviço público não estão sendo combatidos por aqueles que elegemos. Aliás, pelo contrário.

Por força da Constituição de 1988, em 1992 (salvo engano) fora realizado um plebiscito onde nós brasileiros pudemos escolher pela mantença da república ou a volta da monarquia. Mantivemos o regime mais democrático, diante da escolha direta de representantes o que, aparentemente, mostrou ser a melhor escolha.

O problema é que, a cada dia que passa, a nossa república da maiores exemplos que aqui é a “república das bananas”. Não se pode afirmar que se fossemos regidos por um Rei (e um 1º Ministro) estaríamos em melhor situação. O problema mesmo está em nós mesmos e na dificuldade de, enfim, tornarmo-nos um país sério. Ainda privilegia-se o futebol, carnaval e outras futilidades, em detrimento do melhor serviço público, da menor carga de impostos e do combate à corrupção.

Logo, não há regime que resista. Brasil, “República das Bananas”? Pois é. É necessário uma discussão aprofundada acerca do nosso futuro e aonde vamos parar. Ouço (e vejo) os presidenciáveis falando disso e criticando aquilo. Para mim, são todos muito fracos para aquilo que o país precisa. Já não se tem mais um Getúlio Vargas, um Jango, um Juscelino e um Brizolla. Falta candidato com espírito Caudilho, com fibra e coragem para governar sem se arreganhar para o congresso nacional. Aliás, por falar nisso, precisamos de regime bicameral? Pois é.

Afinal, quem poderá nos defender?"       

***
E para mim, nada mudou.

Bom feriado a todos.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Chasque e agenda

O fandangos ainda andam meio minguados, devem melhorar em dezembro com o os bailes de encerramentos das entidades tradicionalista, que devem voltar lá por março, se Deus quiser.

Mas uma gaita e outra acaba roncando por aí.

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Amanhã no Restaurante Dom Capone (ao lado Sociedade Atiradores) em Novo Hamburgo, tem jantar baile do Rodrigo Lucena e seus alunos.

Os ingressos já estão esgotados, mas de repente dá uma tenteada por lá vivente que, para o baile, talvez tu consiga uma melhor sorte.

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Também amanhã tem baile no CTG Estância da Liberdade, em Novo Hamburgo, com animação do Lincon Ramos e Grupo.

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Hoje tem Os Quentucho (Rodrigo Pires e Bebeto) fazendo um show no posto Petrovin, em Novo Hamburgo.

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Na próxima terça-feira na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande tem Quarteto Coração de Potro.

Dia 19/11, grande baile com Os Monarcas.

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E devagarito se bamo moçada.

Bom final de semana todos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Rodeio e xixão

Não é de hoje que eu falo por aqui que baile de Rodeio virou terra de ninguém. Que tem banda que só coloca pilcha para fazer de conta e o repertório é na base do xixão.

Também não é de hoje que falo por aqui daquela entrevista do mestre Gildinho, d'Os Monarcas, sobre o finado Tchê Music de que "o sol é para todos".

E é mesmo. 

A critica eu direciono aos organizadores dos Rodeios (nem todos, obviamente) que preferem vender a tradição pela suposta "facilidade" de vender o baile para o "público jovem". Mas, sempre pode piorar um pouco. No rodeio de São Chico, evento tradicional da serra gaúcha, não só é xixão (mais uma vez) como agora tem banda junto (sim, populares bandinhas de bailão). Durmam com essa, caso possível seja.

Meu conterrâneo, patrício, compositor, desenhista, cartunista, enfim, multi artista Léo Ribeiro, não deixou por menos. Do BLOG DO LÉO RIBEIRO:

"TIREI MEU TIME... (01/11/2019)

Os leitores que acompanham nossas postagens devem ter estranhado o título da matéria de ontem, PARA NÃO DIZER BOBAGEM vou silenciar na poesia.

É aquele velho ditado o silêncio é a melhor resposta.

Digo isto após ver a programação do Rodeio Interestadual de São Francisco de Paula, minha terra, e os grupos musicais que animarão os bailes promovidos pelo nosso tradicional CTG Rodeio Serrano, entidade onde dei os primeiros passos rumo a vivência e a preservação dos costumes rio-grandenses.

Por certo os promotores (o próprio CTG) alegarão que estas "bandas" (Furacão, Primeira Dama, Bochincho e Cavaleiros da Vaneira) trazem os jovens para dentro da sociedade e movimentam o caixa já combalido. Pode ser, mas faltou o bom senso de, ao menos, mesclar os grupos musicais.

Na minha opinião estão atirando a toalha e reconhecendo que a tradição perdeu o embate para o modismo.

Imagino o quanto é cansativo participar de uma patronagem ante as dificuldades encontradas e calculo, mais ainda, enfrentar as críticas como esta (criticar é fácil) pois só vemos os defeitos e não o que tem de bom a ser elogiado, mas quem está na chuva, mesmo que voluntariamente, há que se molhar.

Nisto tudo, uma coisa é certa e outra provável:
a) Vai sobrar mulher de bombacha e peão de chapéu na cabeça maxixando pela sala.
b) Os Irmãos Bertussi devem estar se virando na cova".


***

A galope se vão caindo os butiás do bolso.

Digo aqui o que comentei lá: Nunca precisei tocar xixão para manter uma sala cheia em baile de rodeio.

Mais, não digo.

sábado, 2 de novembro de 2019

Finados e o vento

Faz algum tempo que não publicava justamente no dia de finados. O dia "de los muertos". A cultura latina parece não ter a mesma amplitude por aqui, enfim. Mas neste ano para minha família e a mim, tem. Finados que tem um rito sempre muito parecido, desta vez, parece ganhar alguns contornos mais reais. Ainda trás uma coincidência (infeliz, diria até), pois marca o primeiro mês de falecimento da Vovó.

Enfim.

Gosto de algo que escrevi e já até requentei neste espaço. Seguirei fazendo enquanto encontrar no meu escrito a simbologia dessa data. Coincidência ou não a publicação original entrou no top 5 das mais acessadas no mês passado e está hoje em primeiro lugar. Sinal que merece minha boa vontade para com ela.


"O vento de Finados" (02/11/2016)


Cresci com a ideia de que finados é sempre um dia de fortes ventos. De quando lembro, dirigindo-me à Cazuza Ferreira, onde lá se encontravam os entes que já partiram, um dia bonito de sol, daqueles com o céu chamado de brigadeiro, e vento. Um vento implacável.

Seria a manifestação dos mortos de que por ali estavam?

Não sou muito adepto a questões que ultrapassam a realidade concreta. Não duvido da vida abstrata, respeito, só que não penso muito nisso.

Nunca mais fui à Cazuza no dia de finados. Nunca fui no cemitério de São Chico em dia de finados, ainda que lá esteja repousando o querido Vô Netto.

A bem da verdade não sou apegado a crenças e religiões. Tenho as minhas, é claro, mas são tão particulares que não se apegam as que por aí estão e são reconhecidas. Já fui diferente, como talvez o seja ali na frente. O barato da vida está justamente em não criar muitos estigmas. Certo? Não sei, mas foi o que me veio a cabeça neste momento. Cada um deve falar por si e viver da mesma fora, talvez.

Agora, no que tange ao vento de finados, este parece que tem sempre. Semana passada alguns dias pareciam finados: bonitos e ventosos. O grande e imortal Érico Veríssimo falou do vento de finados em alguma das obras da saga "O Tempo e o Vento". Ninguém como ele retratava passagens do tipo com tamanha precisão e comedimento, ao mesmo tempo. Um Mestre!

Me encanta a vida do interior e suas particularidades. Não consigo, pois, pensar em viver isso mais de perto. A ideia de sociedade subjetiva que existe em Novo Hamburgo e cidades de maior porte me instiga bem mais. Tento sair daqui, mas sempre retorno.

Seria um carma? É carma o vendaval de finados?

Não gosto de vento, logo, não gosto de finados. Simples assim. A razão? Não sei."

***

Sigo sem gostar de vento e, pois, de finados. Menos ainda neste fatídico 2019.

Mais, não digo!

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Jogando a toalha

O mês de outubro não é dos piores do ano, é verdade. Particularmente, em 2019 não me trará boas recordações, enfim. Talvez novembro seja um pouco mais depressivo, afinal, já começa com finados e, no mais, é o povo esperando por dezembro e com ele o final do ano duma vez.

Se não bastasse, ainda outubro termina com aguaceiro e temporais pelo Rio Grande afora mais Santa Catarina. E novembro começará chuvoso e muitos dos seus dias serão assim.

Um fim senão melancólico para 2019, chato. Já posso afirmar agora que não deixará saudades.

Pois não deixará saudades mesmo.

***

As pessoas parecem, em sua grande maioria, desiludidas com suas vidas e com a sociedade como um todo. Uma minoria vai esbravejar nas redes sociais contra ou a favor do governo. E dessa, quase todos sem razão.

Mas a grande parte do povo está realmente atingida por ambos os lados (e não da melhor forma), de modo que parece ter jogado a toalha.

Tanto que programa de culinária é o que mais dissemina na TV. Tanto que páginas de humor são as que mais disseminam nas redes sociais.

Eu me agrado de ambos, por sinal, mas não posso deixar de notar que parece ser sintomático.

Quanto ao futuro, já nem sei mais o que pensar.

***

Bailes? Estamos aí a espera de melhores dias e programações.

Adios, outubro.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Água de Poço

Não que eu lá morre de amores por trazer notícias mais objetivas por aqui, mas a bem da verdade é que em sexta-feira sempre a tendência de assuntos menos cansativos, mais objetivos, enfim. E a bem da verdade é que aqui pelo Rio Grande, a coisa tá meio que nem água de poço, lenta de noticias mais alegres.

Vamos chasqueando, entonces.

***

No próximo domingo tem domingueira no CTG Estância do Campo Grande, em Estância Velha, com animação de Os Serranos. 

Bailanta em quantia!

***

Por falar em bailanta em quantia, na próxima Terça Gaúcha da Lomba Grande tem o grupo Som do Sul, que já não carece mais de apresentações.

Casa cheia.

Aliás, o grupo Som do Sul lançou nesta semana uma vaneira de respeito, "Surungo do Fim do Mundo", composição dos grandes Elton Saldanha e Érlon Péricles. Vai ser sucesso na voz do meu amigo Alan Moreira: https://www.youtube.com/watch?v=cZdVB2ymIDY

***
Por falar em lançamento:

O conjunto Os Tiranos, de São Chico, lançou hoje uma nova música "Uma bem Gaúcha", na voz do novo e conhecido cantador Éder Oliveira, o Nativo. Aliás, assina a marca o próprio Nativo e Ângelo Marques.

Vaneira véia bem gaúcha: https://www.youtube.com/watch?v=1gnP70_x3_Y

Sucesso, Os Tiranos!

***

Ando com uma saudade dum bom baile.

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Lúcio Yanel

Chego já quase na finaleira por aqui para divulgar um grande espetáculo:


O grande Lúcio Yanel, um dos maiores guitarreiros de todos os tempos, está precisando do apoio de todos nós. Sua esposa está acometida do Mal de Alzheimer e devido aos cuidados constantes, os shows estão difíceis de ser realizados pelo violonista Argentino radicado em Caxias do Sul; e os pilas vão ficando escassos, eu que sei, principalmente para quem vive da arte.

Por isso que grandes músicos da nossa gauchada realizarão o evento acima, sendo que toda renda será revertida a Lúcio Yanel.

Vamos lá dar uma força!

sábado, 19 de outubro de 2019

Gaúcho!

Será hoje à noite, na Sociedade de Canto Harmonia, em Ivoti, o evento de lançamento do novo dico do Grupo Musical Cordiona, o grupo do Porca Véia. O evento, até onde sei, é pra convidados sendo que o grande público poderá acompanhar através de uma live através da rede social Facebook, na página do grupo e também em "Porca Véia Oficial"; a partir das 21h.

Em tempos em que os grupos não mais investem em disco, pois já não oferece o retorno comercial de outrora, optando pelo lançamento de músicas em plataformas digitais, é de se louvar a ação do Grupo Musical Cordiona que, ainda, reserva um sábado (dia de melhor cachê) para brindar o público com seu novo trabalho, demonstrando claro respeito aos seus fãs.

De referir que o evento terá a participação do Porca Véia, que por motivos de saúde não vem mais aparecendo publicamente com a mesma frequência, o que é um "plus a mais" a todos.  

Parabéns pela iniciativa e sucesso ao Grupo Cordiona e a seu disco "Gaúcho!"



Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O tempo segue passando

Eis uma publicação que esteve aqui em 2016. Há três anos, pois. Bernardo já tem 4 anos e sabe o que quer. Tem sido assim na atualidade, as crianças cada vez mais desenvolvidas. Já nascem adaptadas aos tempos de agora.

E o tempo segue passando. E sinto que eu to ficando para trás.

 
O tempo passou - 11/10/2016

Vejam bem como são os dias; amanhã, dia 12 de outubro - feriado em razão da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida - popularmente conhecido como o Dia das Crianças. Não irei aqui traçar qualquer crítica a questão pois não é esse o objeto deste texto de hoje. Venho para falar do tempo. Não sobre as condições meteorológicas diárias, mas sobre a rápida passagem dos dias, culminando em mais um ano que já caminha para o seu final.


Passado o dia das crianças, o comércio já vai se preparar para a data mais importante do ano: o natal. Não chegaremos a novembro sem que o vermelho passe a predominar em supermercados, lojas de rua e shoppings. É criado um novo espírito, de esperança e renovação da vida, de novos dias. Sim, isso ocorre a todo ano e nem sempre a mudança efetivamente aparece, mas temos que manter a fé de que bons ventos possam soprar a nosso favor.

Aliado a tudo isso volto a falar do tempo. Como o tempo tem sido implacável e ligeiro, ultimamente. Com o advento do nascimento do Bernardo, parece que todos os dias passam voando. O Bê já vai para o seu segundo natal e parece que nasceu ontem. Ontem. Mas não foi, o tempo passou e eu não percebi direito.

Parece que não se percebe mais o tempo passando. Ou estou errado? Ou só passa para mim?

Nos tempos de escola ou mesmo no início da faculdade, os anos e depois os semestres parece que nunca chegavam ao seu fim. O fim da faculdade, todavia, poderia ter sido mais devagar. Não foi. Passou. O tempo passou.

As novas tecnologias parecem que contribuem para acelerar a vida. As pessoas já não tem mais paciência para esperar nada, querem tudo "para ontem". Estes dias mesmo alguém brincava que era do tempo da internet discada, quando somente após a meia noite podia navegar na rede com um pouco mais de velocidade. Eu sou desse tempo e sou desses que fica furioso cada vez que a internet cai ou se arrasta.

Mas o tempo, este que mais voa do que corre, esta aí mesmo para trazer novos horizontes e novas expectativas. Temos de nos adaptar. É o jeito. É a solução.

Meu medo, contudo, é piscar o olho e não ver as coisas passarem, como se superficial fosse a vida. Se ela é curta tem de ser vivida; do contrário, o tempo passou e parece que nada valeu a pena.

***
Bom final de semana a todos.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Lágrimas de saudade

Não sou adepto à teoria de que homem não chora. Chora quando tem que chorar ou quando consegue. Eu mesmo chorei (e não foi pouco) quando do infortúnio da minha prenda Mariana. Mas sou valente para demonstrar meus sentimentos, admito; embora sofra durante e muito mais depois. Vejam acerca do falecimento da Vovó (vó Neuza): ontem saindo do banho, de noite, lembrei dela e das tantas coisas boas que ela me proporcionou. Marejei os olhos. Confesso-lhes que escrevo agora da mesma forma. Mas, e a vida é cheia deles, não chorei sob o seu derradeiro leito. Assim como não fizera quando faleceu a Vozinha, o Vô Netto e o Vô Moysés.

Por conveniência, chamávamos todos os netos ela de Vovó. Talvez tenha partido de mim mesmo, para diferenciar ela e a Vó Frida. Engraçado é que com o passar dos anos peguei a mania do meu Pai e passei a chamar de Maria Frida. Mas Vovó ficou, para todos nós. Um jeito carinhoso de dirigir-se a ela, já que sempre nos tratou com todo o carinho. Era uma figura ímpar, aliás: nunca vi falar mal de ninguém e tampouco destratar que lhe destratava, embora essa gente siga merecendo. Só que não, era dum coração puro e invejável; coisa rara nos dias de agora.

Quando era mais guri ela e o Vovô moravam lá fora. Aliás, estar lá era a grande paixão da Vovó. Também, pudera. É o paraíso na terra. Víamos eles de quando em vez. Minha memória me trai muito as vezes, mas lembro de algumas passagens daquele tempo: primeiro, um dia que estávamos na casa do Gaqui (Maicon - preciso ao menos mais uma vez chamar ele assim, pois ele não era o Maicon naquela época, era o Gaqui!), que ainda morava no pátio da citral, quando ela chegou e entrou pela porta da frente. Foi uma surpresa já que ninguém entrava por aquela porta de regra. Tem foto e tudo daquele dia. Não era um dia relevante, mas aquilo foi especial para nós. Depois, da minha festinha de 8 anos quando, até o último momento, não se sabia se ela iria, até que eles apareceram e para mim foi uma festa. Por fim, daquele fogão a lenha lá de fora tapado de chaleiras e panelas cheias d'água, pois o Bruno tinha de tomar banho na banheira.

Aliás, as férias lá Fora eram inesquecíveis. Começava com o velho e bom camargo logo cedo, depois um café da manhã com ovo frito, queijo assado e por aí vai. Não faltavam regalias para nós. Depois íamos para a nossa campereada, que nada mais era que dar voltinhas no Tubiano pela mangueira. Partir para o rumo do campo era uma "ocasião" para nós. Era ela que encilhava o Tubiano para gente. Lembro dela me levar para "queimar campo" e ela que tentava me fazer dormir depois do almoço enquanto eu só queria conversar fiado. Quantas e quantas vezes ela dormiu comigo, com a vela acesa (sim, não tinha luz lá naquela época) porque eu tinha medo de dormir sozinho... Foi ela que nos ensinou a sapecar pinhão e que se negou a nos xingar quando quebramos diversos frascos dos remédios do gado pelo galpão. 

Ela mesmo quando braba conseguia ser carinhosa com a gente.

A Vovó partiu e eu não seria mesquinho de lamentar o seu descanso. Sofreu o que não merecia e nem precisava. Isso não quer dizer que a saudade não vai bater na minha porta a cada vez que eu passar na frente da sua casa em São Chico, ou quando eu tiver coragem de ir lá Fora novamente, ou quando eu lembrar de mais alguma passagem que agora me falta, ou então quando eu parar para pensar que mesmo a coisa mais difícil pode ser suplantada com ternura e carinho.

Sentirei falta dela dizendo que estava "mais ou menos" sempre que eu perguntava, ou dela falando dos terneirinhos que nasceram lá Fora, ou de qualquer coisa que lembrará da sua vida simples, sem muitos floreios.

E não há nada que molhe mais o rosto do que a dor da saudade.



Como dizia o Vovô, até outro dia Vovó!   

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Chasque primeiro

Eu mesmo me achei chato com a insistência da ideia do "sono profundo" acerca da valorização da nossa tradição após (e antes) a cada novo setembro.

Mas daí, surgem-se os fatos.

A Coluna da amiga Zelita Marina, principal divulgadora da nossa tradição na região, de hoje, divulga eventos do outro final de semana, o que deixa claro que a bem da verdade eu acabo por ter razão. O que acontece em setembro não se repete nos outros meses.

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Na próxima sexta-feira (11/10) tem baile de aniversário do CTG Essência da Tradição, em Canudos - Novo Hamburgo. A animação é de Zezinho e Grupo Floreio.

Tenho apreço pelo CTG Essência e será um baita fandango.

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O grande gaiteiro e meu amigo Rodrigo Lucena, juntamente com seus alunos,  realizará um jantar baile em Novo Hamburgo. Segue o recado do mesmo:

Restaurante Dom Capone, em Novo Hamburgo. (Na Guia Lopes, junto à Sociedade Campestre do Atiradores)
Ingressos a R$30,00. Buffet com churrasco e depois o baile.

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Na próxima sexta-feira (11/10) tem baile de aniversário do CTG Essência da Tradição, em Canudos - Novo Hamburgo. A animação é de Zezinho e Grupo Floreio.

Tenho apreço pelo CTG Essência e será um baita fandango.

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Na próxima terça-feira, tem Machado e Marcelo do Tchê na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande.

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O gaita ponto Valter Thiesen, que por anos fez parte do grupo Rodeio, agora integra o elenco do grupo Som do Sul.

Sucesso!

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Perdi, quarta-feira, a vó Neuza. Ou, simplesmente, a Vovó. Foram meses sofridos e não merecidos, estes últimos dela.

Adorava me ver cantar. Tem meus cartazes na parede da cozinha da casa dela.

Fará falta. Que merecidamente descanse em paz!

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Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Sono profundo

Fecham-se as porteiras de setembro e se acaba o ritmo frenético de shows, bailes, bailantas e de gaúchos que lembram de suas origens e tradição somente neste período. E viva a hipocrisia! É claro que os festejos farroupilhas motivam mais as pessoas, despertam a cultura que vive dentro de todos nós e nos dão mais chances de sorver da tradição gaúcha, mas, ainda assim, tem muitas que se aproveitam de agora e ficam por aí; hibernam num sono profundo e despertam lá para fins de agosto.

Não nos deixamos enganar: patrões de CTG e dirigentes de entidades tradicionalista fazem o mesmo. Felizmente são a exceção. Não na nossa região metropolitana do Rio Grande, contudo. Por aqui a tradição e a cultura gaúcha estão cada vez mais escassas?

Sono profundo também?

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Andei dormindo pouco nos últimos dias. Por diversos fatores. Dormir pouco geralmente contribui negativamente para o dia seguinte. Que coisa!

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Pararam as fiasqueiras a nível de politicagem ou sou eu que não ouço mais rádio? 

Sono profundo?

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Promessa de calor intenso nos próximos dias, antecedendo outros dias de chuva que se seguem. Viver num país tropical é isso aí. 

Nós, Gaúchos, ainda convivendo com pitadas de psicopatia. 

Hahaha

Boa semana a todos. Bem vindo, outubro!


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Tradição morre?

Hoje, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande tem bailanta com Os Mateadores. Começo por esse assunto, porque poderia significar que a tradição gaúcha não se resumia à Semana Farroupilha, tornando um belo exemplo que mesmo passado o frisson da data, o povo seguia envolvido a tradição, além 10 dias por ano.

Mas, contudo e todavia, talvez entretanto, a bem da verdade é que toda terça-feira tem bailanta na Lomba Grande e, com isso, não se pode dizer que a tradição passará a existir além de setembro.

Afinal, a tradição morre depois de setembro e renasce em meados de agosto do ano seguinte?

Óbvio que não podemos viver de fandango e a tradição gaúcha também não se resume a somente isso, mas o que falta para o Rio Grande do Sul conseguir cultivar sua tradição de forma constante e irrestrita?

Não me digam que é dinheiro público que nunca pedimos "bexiga pra patrão ou pra milico; por isso ninguém nos obriga a ser pelego o penico", com a licença poética do mestre Dom Pedro Ortaça.

A tradição não morre e nem tem prazo de validade.

Basta se conscientizar disso. 

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Meu amigo Lucas Schneider já começou a a semana me cobrando acerca da volta do grupo Som do Pampa. Me neguei a responder.

Suspense as vezes torna a coisa mais interessante. Hahahaha.

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E aí, qual o próximo fandango pra gente bolear a perna e dançar umas marcas?

Boa semana a todos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Virtude que ainda vive!

O levante republicano gaúcho, independente do resultado na nossa Revolução Farrapa, que para mim foi vitorioso, se dera em razão do arrocho submetido pelo Império em desfavor da província, quer no campo político como também no econômico.

Em não detendo outra alternativa, os Gaúchos declararam a revolução e surgiu então a República Riograndense.

Povo de virtude!

Guardadas as devidas proporções, obviamente, vivenciamos agora algo parecido, com o Rio Grande do Sul vivendo tempos sombrios, tendo dinheiro a receber da União e mesmo assim, pedindo esmola para pagar dívidas ou deixar de pagá-las. Não estou com isso isentando a culpa do atual governo do estado ou dos seus anteriores. Mas faz tempo que vivemos tempos de submissão?

Onde anda a virtude dos nossos políticos?

Onde anda a virtude do nosso povo atual?

A Revolução Farroupilha, o nosso 20 de setembro - hoje comemorado com galhardia, deve servir sim de estímulo e de obrigação para que levantemos novamente a bandeira da virtude, da indiguinação; para que façamos o nosso brio falar mais forte.

Afinal, somos Gaúchos! Nunca estaremos mortos enquanto pelearmos. 

Então, que sigamos à peleia!

Viva a Revolução Farroupilha!
Viva o 20 de Setembro!
Viva o Rio Grande!

Viva a nossa virtude!


Publicado originalmente em 20 de setembro de 2017, e muito atual.