No verão de 2010, há 15 anos - portanto, eu fui a trabalho para o litoral e coube a mim trilhar por Balneários que fazem muito sucesso para os moradores e veranistas da Capital, mas não é tão comum a quem vive na Região Metropolitana. Cruzei, na oportunidade, por Pinhal, Quintal, Palmares e na volta passando por Cidreira - essa bem mais pluralizada e com gente que chega de tudo que é lugar.
O tempo vai passando e eu a cada ano que passa vou menos ainda para o litoral.
Falando em tempo, com o passar dele passei a ser menos restritivo no tocante às músicas que rodam no carro, até porque Mariana sempre teve seus gostos e o Bernardo tá crescendo e construindo os seus próprios. A mim, não resta o tiranismo. Das tantas boas músicas que a Mariana selecionou para tocar vez ou outra no carro, uma de chama justamente "Pinhal", do músico Duca Leindecker e sucesso da Banda Cidadão Quem.
É uma composição que me chama a atenção, pois conta a história de muita gente - inclusive da Mariana - que cresceu nos verões no litoral, construindo amizades duradouras em ciclos anuais de três meses e, certo dia, ficou "grande demais" pra tudo aquilo. E a coisa foi se perdendo: as amizades, o interesse por aquele lugar, quiçá, a conectividade com o mar.
Isso não vale só pro litoral. Muitos que conheci por São Chico e foram amigos de todas horas, um belo verão ou mesmo final de semana, simplesmente não apareceram mais. O tempo passou e eu me acostumei.
A gente se acostuma com as perdas e, tanto por isso, de certo só perde. A cada escolha é uma perda e com isso vivemos a perder sempre.
Vivemos perdendo sempre.
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Falando em Balneário Pinhal, amanhã (22) tem Grupo Matizes nesta praia com tanta história.
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Antes disso, hoje (21), tem show do Adriano Vidal no CTG Estância do Hortêncio, em São José do Hortêncio.
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Na próxima segunda-feira (24), tem Brilha Som na UClub em Novo Hamburgo.
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Novidades de agenda, voltamos.
Abraço e bom final de semana.
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