... de Finados. Aliás, Finados sem vento não é finados. Já abordei o assunto por aqui mais de uma vez. Sequer vou adentrar no mérito da importância da data, afinal, não é feriado por acaso. Ainda que neste ano seja num sábado.
Mas também, é verdade, cabe a cada um decidir o que lhe importa. E não o fato de ser feriado.
Quanto a questão do vento, não sei se há uma mística em torno do tema, se os mortos transitam mesmo por aqui por estes dias, mas, na dúvida, assista ao filme de animação chamado "Viva - a vida é uma festa". Além de restar nele uma excelente lição de vida (e da morte), serve para criar uma ideia (em perspectiva) de como poderia ser a questão (afinal, vivemos muito mais em dúvida que na certeza), além de ser um excelente filme como um todo.
O filme retrata toda uma questão cultural no México, é bem verdade também, mas no mínimo nos serve para entretenimento.
E se a vida é uma festa, aproveite isso e viva a sua bem, respeitando quem já foi.
Dúvida não há, todavia, que vivemos aqui é de passagem. E é esse contexto do tempo, que quis abordar também. Até para não tornar o tema do vendo de finados piegas, requentando a cada ano por aqui.
Dei-me conta, felizmente sozinho, que as complicações da minha vida na grande maioria do tempo são patrocinadas por mim mesmo. Logo, fui e continuo sendo um tolo.
Lembro, sempre nesta época, da minha admiração por Érico Veríssimo e sua obra, ele que falava do "vento de finados" e retratou disso como ninguém em seus livros, sem transformar em festa.
Em suma, finados é muito para poucos e muito pouco para muitos.
Como for melhor ultrapassar o dia de finados para você é o que importa.
Nunca gostei de vento, ainda que seja o vento que conduz o tempo.
Daí o tempo e o vento...