terça-feira, 12 de novembro de 2024

Lomba em dose dupla

 A tradicional terça gaúcha da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, agora na média de uma vez por mês, ocorrerá hoje e em dose dupla:


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Como já é sabido, ontem em o cantor da banda Os Atuais, uma das bandas de maior história dentro do bailão, sofreu um grave acidente de automóvel e desde então está hospitalizado na cidade de Santa Rosa.

A situação é bastante delicada.

Toda nossa oração e nossas preces pelo grande Paulinho Dill:



Muita força Paulinho, familiares, amigos e companheiros da banda Os Atuais.

Com a graça de Deus tudo vai passar e logo Dill voltará aos palcos dos Reis do Bailão.


Abraço a todos.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Pelo Sadi Sonorizações

 O meu filho Bernardo tinha cerca de vinte dias de vida quando toquei um fandango com o grupo Som do Pampa debaixo de um lonão na cidade de Nova Santa Rita. Era um Acampamento Farroupilha e tinha chovido ao longo do dia; e o movimento em torno daquele lonão estava fraco. Umas quinze pessoas, se muito.

Sempre muito contrariado a começar fandango com tão pouca gente, lembrei de um fandango que toquei anos antes no rodeio da cidade de Ivoti, quando fui convencido que ouvindo a música o povo ia vir pro baile dançar. Serviu para Ivoti e serviu para aquela noite em Nova Santa Rita. Vivendo, escutando com humildade, e aprendendo.

Uma hora depois, não tinha mais espaço para ninguém. Grande fandango.

Lembrei desta história, pois naquele baile a sonorização foi do amigo Sadi, uma grande figura, sempre muito solicito e educado para com nós músicos. Era ele e mais um companheiro (que lamentavelmente esqueci o nome). Trabalho impecável. Parte do sucesso eu dedico à qualidade do seu trabalho e seu equipamento.

Sadi que agora está enfrentando aquela doença maldita.

Mas por ser um cara gente boa, vai ser auxiliado por muitos colegas - de diversos segmentos, amanhã, na Sociedade Ipiranga, em São Leopoldo:



Naquela noitada, há pouco mais de 09 anos, foi a ultima vez que toquei um fandango com o trabalho dedicado do Sadi.

Ele seguiu e eu logo após parei. 

Se volto um dia, não sei, mas se acontecer, ficaria muito feliz de estar enxergando do outro lado da sala o Sadi - com saúde - cuidando do som com o talento de sempre.

Força, Sadi! Deus irá te abençoar e essa tempestade vai passar.


Todos caminhos, amanhã, nos levam a São Leopoldo. Pelo Sadi Sonorizações...

 

sábado, 2 de novembro de 2024

Sempre o vento...

 ... de Finados. Aliás, Finados sem vento não é finados. Já abordei o assunto por aqui mais de uma vez. Sequer vou adentrar no mérito da importância da data, afinal, não é feriado por acaso. Ainda que neste ano seja num sábado. 

Mas também, é verdade, cabe a cada um decidir o que lhe importa. E não o fato de ser feriado.

Quanto a questão do vento, não sei se há uma mística em torno do tema, se os mortos transitam mesmo por aqui por estes dias, mas, na dúvida, assista ao filme de animação chamado "Viva - a vida é uma festa". Além de restar nele uma excelente lição de vida (e da morte), serve para criar uma ideia (em perspectiva) de como poderia ser a questão (afinal, vivemos muito mais em dúvida que na certeza), além de ser um excelente filme como um todo.

O filme retrata toda uma questão cultural no México, é bem verdade também, mas no mínimo nos serve para entretenimento.

E se a vida é uma festa, aproveite isso e viva a sua bem, respeitando quem já foi. 

Dúvida não há, todavia, que vivemos aqui é de passagem. E é esse contexto do tempo, que quis abordar também. Até para não tornar o tema do vendo de finados piegas, requentando a cada ano por aqui.

Dei-me conta, felizmente sozinho, que as complicações da minha vida na grande maioria do tempo são patrocinadas por mim mesmo. Logo, fui e continuo sendo um tolo.

Lembro, sempre nesta época, da minha admiração por Érico Veríssimo e sua obra, ele que falava do "vento de finados" e retratou disso como ninguém em seus livros, sem transformar em festa.

Em suma, finados é muito para poucos e muito pouco para muitos.


Como for melhor ultrapassar o dia de finados para você é o que importa.

Nunca gostei de vento, ainda que seja o vento que conduz o tempo.

Daí o tempo e o vento...