sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O escritor gaúcho e a cumplicidade com a arte

Li na última edição da revista Época uma entrevista com o escritor Luis Fernando Veríssimo. Magnífica; recomendo. Está certo que sou meio suspeito para falar da família Veríssimo, afinal, sou um fã do pai do Luis Fernando, Érico, que brilhantemente ainda reina como um dos maiores escritores do nosso tempo. Também sou fã do Luiz Fernando que tem uma habilidade, a meu ver, de vaguear entre o sério e o engraçado de forma única. Por vezes, durante a entrevista, beirava ao humor escrachado (com todo respeito), ultrapassando o limite do sarcasmo. Talvez Veríssimo tenha seguido uma linha impregnada pelo (a) repórter. Saiu-se muito bem “para variar”; e como bem referi antes, ótima opção de leitura tal reportagem.

Gosto bastante também de ler Juremir Machado da Silva. Juremir também tem uma forma de escrita peculiar, abusando do humor negro, sarcástico... Transita entre a crônica e a história com extrema habilidade, além de ser bastante divertido. Já li muito também David Coimbra. Muitos dos textos que aqui foram escritos, foram baseados na sua forma de escrever todo um texto com contexto na história da humanidade e, ao final, comparar com algo da realidade, no seu caso, o futebol. De uns tempos para cá, todavia, parei de enxergar este lado contemporâneo na forma de escrever, nos textos do David. Não sei o motivo. Também tenho lhe achado bastante parcial nos seus comentários sobre futebol. Não sei. Pode ser falta de percepção minha. Ou não.

Enfim, como todos podem ver, tracei velados elogios (ou nem tanto) a três ótimos escritores contemporâneos. Todos Gaúchos. Neste caso, pura coincidência (ou não? risos). Logo, senhoras e senhores, não há como falar em falta de opção de leitura de qualidade; o que nos falta é interesse pela leitura. E tenho dito!

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Por um lapso deste que vos escreve, não tracei linhas sobre um bonito lançamento do nosso cinema nacional: “Gonzaga de Pai para Filho”. Ainda não assisti a película, mas pelos comentários tenho que estamos diante de um belo filme, no qual está exposto parte da história musical desse país. Uma história rica, de fundamento e de respeito a nossa cultura. Não tem gaúcho que não elogie Gonzagão. Por falar em gaúcho, gize-se acerca da atuação destacada do ator Júlio Andrade (por óbvio, gaúcho), no papel de Gonzaguinha. É o Rio Grande gauchada amiga!

Belo programa para o final de semana.

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Hoje, finados, dia de lembrar dos nossos que já partiram. A lembrança, em si, é diária e intermitente, mas convencionou-se uma data. Então, hoje é o dia.

Abraço a todos e um bom final de semana.

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