O Rio Grande em retrato! (Bruno “Campeiro” Costa)
Dizem que não sou campeiro,
mas vivo no lombo do pingo
Não refugo um tiro de laço,
de domingo em domingo
Se ser campeiro é o que me
basta, já posso morrer feliz
Mas se ficar vou de a
cavalo, serei sempre um aprendiz
Dizem que não sou cantor,
mas aplaudem o meu canto
Gosto duma gaita gaúcha, que
sabe florear o tranco
Se ser cantor é o que me
basta, o palco é minha morada
O Rio Grande eu corto a
gaitaço, pouco importa o pó da estrada
Dizem que a minha bombacha
não respeita a tradição
Pois eu sou taura de lida e
não preciso de brasão
Minha estampa é a bandeira,
não preciso de outra mestra
E se o fandango é flor dos
bueno, chego de chapéu na testa
Dizem que o gauchismo já não
corre em minhas veias
De certo não me conhecem e
se prestam a falar besteiras
Eu sou filho do Rio Grande,
gaúcho, simples, de fato
E quem vê o meu semblante,
sabe: é o Rio Grande em retrato!
***
Ala pucha, tche! Que saudade da cantoria, das noites de fandango, dos festivais e dos versos de canto puro.
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