Você
é de direita ou de esquerda? Para evitar eventuais discussões, não raro, alguém
sempre responde “sou de centro”. Mas e o que é ser “de centro”, cara pálida? A
resposta geralmente é confusa. Bom, depois do fim da guerra fria, tornou-se
antiquado polarizar o debate político, afinal depois de 1989, quem ainda
acreditaria em socialismo ou no seu irmão gêmeo mais feio, o comunismo? Não se
esqueça que estamos no Brasil e aqui a retórica, mesmo que atrasada, vale mais
que resultado prático.
Partidos
socialistas e comunistas ditam os rumos do país graças a dois fatores:
Hipocrisia e Marketing. Explico: Mesmo gerando empobrecimento e diminuindo
liberdades individuais por onde quer que governem, o excelente departamento de
marketing dos partidos socialistas e comunistas atrelam o conceito de
“esquerda” à justiça social, à luta pelos trabalhadores e ao bem-estar
coletivo.
O
marketing esquerdista também é muito bom em rótulos caricaturais: Alguém que se
diz de “direita” é militar a favor da ditadura, religioso preconceituoso ou
rico explorador. Uma vez fui chamado “direitista, burguês e capitalista”. Sim,
como se fosse xingamento. O que se vê é um raciocínio raso: Só quem é de
esquerda, gosta dos pobres e trabalhadores. Perguntaria ao caro leitor: Quem em
sã consciência seria contra os pobres? Quem não gostaria de ver uma melhora no
nível de vida de toda população? O problema nessa conversa toda não são os FINS,
mas os MEIOS. É aí que entra a hipocrisia.
A
maioria dos esquerdistas que conheço apreciam cervejas importadas, usam tênis
Nike e fazem comentários na internet contra o sistema através de seus Iphones.
Políticos esquerdistas importam médicos de Cuba, mas se tratam apenas no
Sírio-Libanês, o hospital mais caro do país. SUS? Que SUS? Políticos de
esquerda demonizam as privatizações e no outro dia leiloam aeroportos. E qual é
o partido que utiliza recurso dos impostos suados da população para dar
dinheiro subsidiado a empresários bilionários, via BNDES? Eike Batista que o
diga. Então o caminho é ser de direita?
Respondo
com outra pergunta: O que é ser “ de direita”? Eu prefiro esquecer rótulos e me
ater a projetos políticos que valorizem a meritocracia, livre mercado,
liberdades individuais, imprensa livre, respeito às leis e às instituições
democráticas. Um projeto político que não coloque benefícios estatais como
moeda de troca para permanência no poder. O problema nem seria achar um partido
que abrace tais projetos. O problema agora é achar um povo disposto a abraçar
tal partido.
Por Rodrigo de Bem Nunes
7 comentários:
Parabéns Rodrigo, sábias palavras, colocadas de forma muito clara e óbvia para entendimento. Abração!
Esse e o meu guri
Parabéns Rodrigo, tuas colocações são perfeitas, defines com clareza a mediocridade política atua.
atual, digo
É cara... Importar médicos de cuba e usar o Sírio-Libanês é ser muito de esquerda mesmo... Foda!
Baita ponto de vista cara!
Belo texto está de parabéns!
Abraço
Tu tah certo, esses rotulos perdem todo o sentido com a hipocrisia cara de pau dos politicos. Excelente texto para assimilar a diferenca do conceito e da pratica esquerda/direita. Parabens!
Vale lembrar que além de fazer um marketing muito bom o governo atual também é especialista em manipular seus balanços para dar uma mascarada na real situação. Muito bom texto, pra quem tem o mínimo de instrução... aos demais resta te chamar de fascista e reacionário hehehehe abraço!
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