terça-feira, 29 de junho de 2021

"Vamo levando...

 ... do jeito que dá, a coisa tá feia mas vai melhorar. Qualquer dia desses se 'achamo' de novo, e nos bailes do povo voltamos dançar".

Música nova d'Os Monarcas que consegue fazer todo mundo refletir o que estamos passando, além de querer ainda mais sair dançando por aí.

Já é sucesso! E que voltem os fandangos:



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Conforme já informado por aqui, começou o processo de seleção do novo guitarrista do Grupo Cordiona:



Lembrando, ou pra quem não viu, que o grande Amaro Peres anunciou sua aposentadoria dos palcos.

Toca guitarra, canta e faz vocal? 

Basta mandar um vídeo fazendo a base do "Fandangueiro" (cantando ajuda) e fazendo o solo clássico de "Lembranças".

Boa sorte!


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Sensação negativa na serra gaúcha e catarinense, neve em muitas cidades.

É vou ter de puxar uma camiseta de manga comprida.


Boa semana a todos.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Chasque aleatório

 Em alguns lugares aqui pela volta, falo-lhes da região metropolitana de Porto Alegre, foi autorizado a volta de música ao vivo, limitada todavia a dois músicas e sem muitas firulas. Ou seja, os grupos de baile seguem sendo pelo visto os culpados pelo que se está acontecendo.

Até quando?

Pois é, quem sabe afinal...

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Talvez quando houver vacinas para todo mundo, as coisas podem tentar voltar ao normal. Mas se tratando de Brasil, vai se saber.

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Dias meio reclusos têm me feito descobrir grandes músicas que ou não conhecia ou não lembrava mais. Por exemplo?

Andorinha, Os Bertussi.

Galpão, Os Serranos.

Changueiro de Vida e Lida, Adair de Freitas.

Vá no YouTube. Tem tudo isso e muito mas lá.

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Por vezes a tecnologia tem lá suas vantagens e facilidades.

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Tem alguns grupos que já tá na hora de fazerem lives novamente:

Quero-Quero

Os Tiranos

Minuano

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O assunto não é muito hoje, admito.

Aliás, como a situação política hoje em dia me lembra aquela do João Cardoso e o seu mate.

Saudade de um tempo que já não mais volta.

Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Aposentadoria

 Não somente a live do último sábado marcou homenagens decorrentes de um ano de falecimento do Porca Véia, mas também restara anunciado pelo próprio Amaro Peres sua aposentadoria dos palcos, após 47 anos de serviços prestados à musica fandangueira.

Com passagens de sucesso por Os Serranos, Candieeiro (onde começou a parceria com Porca Véia), Bando Gaúcho, por exemplo; e nos últimos 15 anos juntamente com Porca Véia e depois acompanhando o grupo musical Cordiona.

Além de músico, exímio compositor, produtor e arranjador. Seguirá se dedicando a estas atividades e à sua vida à margem da Lagoa dos Patos na cidade de Tapes.



Valeu, Amaro! Boa sorte neste novo momento da tua vida.

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Na mesma oportunidade, Clau Brossardi, viúva do Porca Véia e administradora da Gaitaço Organizações Artísticas - que gerencia o grupo Cordiona, anunciou que em breve estarão em processo de seleção para o novo guitarrista do grupo, que passará por um processo um tanto quanto diferente, já que todos que tenham intimidade com o instrumento e saibam cantar e fazer vocal podem enviar vídeos para a seleção.

Parabéns pela ideia democrática da escolha e sucesso.

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Indico que todos assistam o projeto "Xico com X - A obra musical de Xico Castilhos" - no YouTube, onde seu filho Marlon Castilhos (por anos baterista do Tchê Barbaridade) recebe músicos e trás histórias do seu pai e leituras de obras de composição do Xico, gravada por Os Mirins.

Já há dois episódios no YouTube. O primeiro com o grupo Tchê Guri e o segundo com dois integrantes do grupo os Serranos: William Hengen e Paulo Feijó.

É um imperdível resgate musical e histórico da cultura gaúcha.

Recomendo! 

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Bom final de semana a todos.

sábado, 12 de junho de 2021

Obrigado, Porca Véia!

 Hoje, dia dos namorados, marca também o aniversário de um ano do falecimento de Élio da Rosa Xavier, o Porca Véia.

E para celebrar todo seu legado e sua importância ao meio musical e á cultura gaúcha como um todo, seu gupo, o Cordiona, fará uma live em que também fará o lançamento do trabalho "Obrigado Porca Véia". Será às 21h, nos canais oficiais do grupo (facebook e youtube):



Não percam!

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Feliz dia dos namorados a todos casais apaixonados.

terça-feira, 8 de junho de 2021

Há uma década (junho)

 Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já no ano passado, mas me passei um pouco e acabou ficando para 2021. Pois de agora em diante, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.



Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.


Se bandiamo:

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Junho

Por diante (06/06/2011)

De poncho emalado por diante. Assim, no último sábado segui no rumo da cidade mais bela, e fria, da nossa serra gaúcha. Após um breve sumiço, tava na hora de dar as caras lá pelas bandas da querida São Chico, rever os parentes e patrícios, além de prestigiar mais uma edição da Festa do Pinhão. Independente da minha aprovação ou não, de eu ter gostado ou não da nova estrutura da festa, é meu dever ir para lá prestigiá-la. Afinal, se eu não defender o que é meu quem defenderá? Mas antes da festa, gostaria de desculpar-me pela breve ausência. De pronto, gostaria de alongar as minhas desculpas, pois neste mês estarei um pouco onipresente aqui no blog do Campeiro. Em virtude de uns compromissos já assumidos com uma certa data, terei de ausentar-me de algumas atividades tidas como essenciais. Estarei menos por aqui, mas pretendo estar toda as semanas, entretanto. A partir de julho, retomam-se as postagens semanais com a prosa, a charla, a poesia e a prestação de serviço já característica deste blog.
Creio ter escolhido bem o final de semana para ir visitar São Chico. Deu certamente para dar um experimentada no inverno que chega em poucos dias. Posso afirmar com certeza absoluta que a madrugada de sábado para domingo foi gelada, literalmente. Da mesma fora, contudo, compensadora por um domingo bonito de sol. Céu de brigadeiro. Na parte da tarde desloquei-me até as dependências da antiga Gaúcha Madeira, para quem não sabe, na década de 1970 e 1980 uma das principais potências do ramo em nosso estado. Se por um lado os pavilhões deram mais aconchego aos visitantes, perdeu-se o espaço físico privilegiado do Parque Davenir Peixoto Gomes. De qualquer forma, independente do meu gosto ou não, cabe a municipalidade definir de uma vez por todas o local definitivo da festa. Assim, pode-se começar a investir já este ano para a próxima edição. Encerra-se a correria, a pressa e as coisas feitas no “laço”. Definida a estrutura da festa, pode-se começar a pensar em vôos mais altos, de acordo, com o nome que o evento já conquistou em toda a comunidade gaúcha.
Já preparava-me para deixar os pavilhões da festa e, por conseqüência, São Chico, quando resolvi assistir o show do Tchê Barbaridade. Não sei porque, mas bateu uma nostalgia momentânea e eu acabei esperando. Independente da forma de apresentação, devo salientar que pude vê-los vestindo bombacha novamente. E mais, a primeira parte do show na verdade não foi um show e sim, um fandango a moda antiga. Os grandes sucessos do Tchê Barbaridade num trancão de baile. De dar gosto. A segunda metade quando começou eu fui embora. De qualquer forma, eu sei que o Tchê Barbaridade jamais voltará a ser como era, contudo, viu-se que dá para evoluir sem renegar as origens. O que não se pode é perder os fundamentos, os valores e a identidade. Na minha identidade consta o nome do Rio Grande, o de São Chico e o de Campeiro. Assim vivo bem e continuarei sempre vivendo. Com orgulho e fundamento. Com fé e esperança. De poncho emalado por diante, no causo de invernia.

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E ainda hoje tentamos seguir 'por diante'.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Morre Berenice Azambuja

 Tem pessoas que detém o carisma na alma. E Berenice Azambuja era uma destas. Acordeonista, cantora, compositora, ganhou o Brasil com a música "É disso que o Velho Gosta". Quem, aliás, gostando ou não na nossa tradição, não sabe cantarolar "Churrasco bom chimarrão, fandango trago e mulher. É disso que o velho gosta, é isso que o velho quer...".
Pois aos 69 anos, Berenice Azambuja faleceu na noite passada, 03 de junho, depois de uma parada cardíaca, decorrente da luta contra aquela doença desgraçada que aqui me nego a nominar. Estava internada no hospital, em Passo Fundo.
Mas não se foi sem pelear. Aliás, no início de abril a grande Berenice Azambuja ganhou notícia no Brasil quando, recuperada da covid, saiu do hospital numa cadeira de rodas cantando e tocando gaita. Celebrando a vida.

Berenice Azambuja é destas que detinham o carisma na alma e valorizavam a vida. Uma lástima seu falecimento.





Encarar os palcos da música gaúcha nunca foi fácil, imaginem para uma mulher. Berenice foi e sempre será uma rainha dos palcos.

Deixa enlutada a música e a tradição gaúcha.

Nossos sentimentos aos familiares, amigos e ao povo que ela tanto amou e que hoje sofre sua partida.

Obrigado, Berenice!