terça-feira, 30 de março de 2021

Último chasque: março.

 Com o avanço da vacinação em face da covid 19, em que pese bastante devagar, especula-se a ideia de que a normalidade, enfim, pode estar mais próxima com o passar dos meses. Nada para agora, tão rápido, obviamente.

No último domingo, brinquei com a prenda que espero uma Semana Farroupilha felpuda, neste ano corrente, para que eu possa passar o mês inteiro fandangueando.

Daquelas brincadeiras, enfim, com fundo de verdade.

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Desalentados diante da baixa perspectiva de retorno do fandangos, todavia, até as lives os músicos gaúchos deixaram de lado.

Torcer para que as coisas voltem, enfim, ao mais próximo do normal.

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Tenho escutado muita coisa boa, músicas e grupos que não fazem tanto sucesso, mas deveriam.

Dentre os grupo, vou sugerir dois:

- Balanço Orelhano, de São Nicolau/RS;

- Raone e grupo Alma Xucra, de Jóia/RS.

Músicos que cantam e tocam música gaúcha com qualidade.

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Têm sido dias emocionalmente cansativos...

Bah!

Boa semana a todos.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Porto Alegre, 249

 Vivi na Capital por um tempo e por vezes cruzo por lá, em todas as regiões. Esta semana mesmo, lá estive por algumas horas. Já tive uma relação mais aproximada e apaixonada, mas Porto Alegre sendo um cidade encantadora, com muitos predicados positivos.

Hoje, Porto Alegre completa 249 anos. Que momento!

Parabéns e muita vida sempre.


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Os Monarcas iniciarão um novo projeto, uma CARAVANA pelas ruas do município levando a boa música fandangueira a todos os cidadãos. Imagino que com a ajuda de um trio elétrico.

A ideia é boa e se espera que seja adotado por outros grupos e cidades. Não é nova, todavia: o grupo Chão Gaúcho fez algo semelhante pelas ruas de Campo Bom, no período das comemorações natalinas.

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Doimingo, às 11h, tem live com João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo. 

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Mais uma semana, infelizmente, de significativas perdas. Na música, inclusive. Faleceu Cláudio Motta, de Ibirubá. Apenas 45 anos. Deixa mulher, filhos pequenos, uma cidade enlutada e toda a cultura gaúcha mais triste.

Condolências a todos. 

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Tem sido difícil achar motivação para escrever, num momento tão triste da humanidade como o que estamos vivendo.

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 23 de março de 2021

Rápido demais

 Nesta madrugada acordei por volta de 4h e fui ao banheiro (sim, a idade já chegou para isso); na volta passei no quarto do Bernardo para tampar com um lençol que fosse, afinal, é calorento desde pequeno e, só para variar, estava destampado e encolhido.

Pois foi naquele momento que prestei atenção, mais uma vez, o quanto já cresceu o meu filho. E o quanto o tempo passa rápido quando se trata das cria da gente.

Nesse final de semana estava ele embalando o carrinho da prima Isabela, de quase 3 meses, para que ela parasse de chorar:





Devido a pandemia ainda não consegui pegar a gorduchinha do dindo no colo.

Espera um pouco tempo. Tá indo rápido demais.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Fé e coragem.

 Temos vivido momentos difíceis, é preciso admitir. Nem falo da necessidade de cuidados quanto à pandemia, cuidados diretos, mas de tudo que ela implica.

Sou um profissional autônomo. Tenho vivido momentos difíceis, preciso admitir.

Mas também sei que é preciso, ainda assim - mesmo quando próximo do pavor ou desespero, manter a fé e a coragem.

Fé e coragem.

Gosto muito duma passagem que vi num vídeo do próprio autor (busque no youtube "Seu Amor Ainda é tudo = Moacyr Franco"):


"A vida sempre começa de novo, eu estou falando isto pra vocês, pra que vocês se lembrem, que quando a noite estiver mais escura, é porque esta perto de amanhecer". Moacyr Franco


Que esteja perto de amanhecer!

segunda-feira, 15 de março de 2021

Até quando?

 Quando a pandemia marcava cerca de 800 mortes dia na Itália, todo mundo por aqui se manifestava abismado. Veja-se que agora temos aqui no Brasil mesmo, quase três vezes isso diariamente, sim, passam de duas mil mortes por dia em decorrência da covid-19 e, pasmem, temos carreatas de uma camada sem noção da sociedade pedindo isso e aquilo. Hospitais superlotados e pessoas morrendo por falta de UTI.

Pais, mães, irmãos, filhos, tios, sobrinhos, amigos, conhecidos...

Quem fomenta esse tipo de manifestação por certo já está morta por dentro. Sei que as pessoas precisam trabalhar para sobreviver, mas quem mesmo está fazendo carreata?

A sociedade brasileira, como um todo, parece anestesiada.

Até quando?

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Mais um ex-prefeito de São Francisco de Paula faleceu, desta vez por covid. Mandatário por duas vezes, Luiz Alberto Salvador, o Luizinho Salvador, tinha 93 anos e estava internado há cinco dias. Um senhor gentil, respeitado por correligionários e adversários políticos.

Mais uma parte da história de São Chico que se vai.

Nossas condolências à família.

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O prefeito de São Francisco de Paula, a propósito, decretou lockdowm no município a partir de hoje.

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Vamos rezar para que Deus nos ajude. Pois o resto...

Boa semana a todos.

terça-feira, 9 de março de 2021

Há uma década...

 Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já no ano passado, mas me passei um pouco e acabou ficando para 2021. Pois de agora em diante, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.

Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.

Se bandiamo:

Março: 

Onde o céu é mais azul (de 09/03/2011)

Nos primeiros dias deste feriado prolongado em virtude do carnaval, peguei a estrada e rumei à fronteira oeste do nosso estado a caminho da gloriosa Santana do Livramento. É claro que eu estava bem interessado nos free shops de Rivera, já do lado Uruguayo de la frontera, entretanto, como um bom gaúcho que sou e com o orgulho que tenho deste nosso Rio Grande não podia deixar de ir apreciando a paisagem que se apresentava e assim, conhecer mais um pouco destes rincões existentes no nosso estado. Por ter saído já quase no meio da tarde sábado, acabei por pernoitar em Rosário do Sul, cidade com bastante história para contar e uma traíra grelhada do reconhecido restaurante Terraço de continuar dando água na boca até agora. Grandes e antigos casarões, avenidas e praças que difundem as páginas das coisas deste nosso Rio Grande. Apesar de ser uma viajem longa, garanto-lhes que vale a pena cada quilômetro rodado. É um enriquecimento de cultura, história e paisagem. Acostumado principalmente com os campos dobrados de nossa serra, as várzeas planas da fronteira retratam uma diferente planície, no entanto, tudo é Rio Grande e o povo é inconfundível.

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Ontem ao meio dia eu assisti televisão pela primeira vez durante este feriadão de carnaval. Nunca me fez falta e agora, depois de adquirir algum conhecimento ou então de abrir os olhos para a realidade, assisto menos ainda. Quando assisto, todavia, tento aproveitar o que tem de bom nas noticias que surgem, se é que há alguma notícia sem algum interesse comercial. Mas enfim, assistia a um programa “noticiário” um pouco antes do início da tarde e alí tratava-se do município de Panambi, região norte do estado, que ao contrário da maioria dominante dos municípios brasileiros não fez feriado durante este carnaval. Com todo o direito, vale salientar, tendo em vista que o carnaval não é legalmente considerado feriado mas sim ponto facultativo, ou seja, para quem quer. Mas aí eu questiono: se todo mundo costumeiramente para, já não deveria ter sido revisto isso? Não pensem que eu estou aqui defendendo o carnaval. Não desfilo e não tenho nem assistido aos desfiles, contudo, respeito quem gosta e como é um evento definitivo no Brasil, deveria ser tratado como feriado. Se uns são agraciados, todos deveriam ser. É apenas uma questão de justiça, afinal, pelo menos 90% do país para, incluindo órgãos públicos e os bancos. Colocar na pauta do congresso tal discussão de nada atrapalhará o desenvolvimento do país, já que nossos nobres deputados e senadores pouco fazem para isso mesmo.

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Já no domingo pela manhã rumando em direção a Livramento, ao olhar para o céu, tive a impressão de achá-lo mais azul. Em princípio parecia ser apenas uma ilusão de ótica, mas depois, ao refletir um pouco, pude perceber que não tratava de uma ilusão mas sim de uma constatação. Não, a cor do céu não tem duas ou mais tonalidades, mas, a poluição bastante encontrada aqui nos nossos centros parece não transparecer tanto por aqueles lados. Não que não haja, mas é menor. Na fronteira vemos gaúchos e gaúchas andando a cavalo pelas ruas, os carros são em menos quantidade, há poucas indústrias e muito gado, plantações de arroz, soja e outros. Pode-se dizer assim que o ar é mais puro, mais límpido e o céu é bem mais bonito. Aqui nos dias mais bonitos há sempre uma espécie de fuligem e lá não. Eu neste carnaval descobri onde o céu é mais azul e se a estrada é longa faço crescente as ânsias, pois se é cheia a inspiração, são minguantes as distâncias.

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São minguantes as distâncias, quando há beleza no destino...
Boa semana a todos.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Música gaúcha no rádio

 Semana passada cruzei em parte do estado de Santa Catarina. Não era o melhor momento de viajar (e continua ainda não sendo), mas foi quando deu pra ir e as vezes a vida é assim, temos de fazer determinadas coisas, mesmo a rigor não querendo. 

Sempre que vou pra lá, quando começo a ficar mais perto da divisa já sintonizo a rádio Mampituba/Nativa (99.5 fm), da cidade de Sombrio, que praticamente tem programação voltada ao público gaudério quase que 24h por dia. Música boa. 

Aí me recordo que por aqui, ao menos na nossa região metropolitana e até mesmo na minha serra gaúcha, não temos uma rádio que assim o faça. Vejamos que São Chico, uma das cidades mais gaúchas de todo o estado (ou assim já foi um dia), mesmo no auge das rádios locais não tinha nenhuma com programação exclusiva. Mas em Sombrio tem. 

E isso não começou de agora. Recordo-me que há muitos anos atrás (20 ou mais), certa feita fomos veranear na praia de Bom Jesus (Arroio do Sal) e na casa tinha um rádio. Procurando alguma coisa me pare numa estação com música gaúcha e por lá fiquei. Era a Rádio Nativa de Sombrio, hoje com nome principal de Mampituba. 

Nesse mesmo tempo, vimos a famosa rádio Liberdade de Porto Alegre ir se esvaindo, perdendo seu dial, até perder sua própria existência (se existe ainda nem mesmo eu sei). Graças a internet, por vezes escuto algumas rádios da fronteira, que ainda não se entregaram.

Em Novo Hamburgo e região ainda há de se louvar que duas rádios (88.7 e Alegria) ainda concedem um espaço para a música gaúcha, sendo uma delas diariamente.

Mas é muito pouco, convenhamos.

A propósito, hoje logo cedo o comunicador Roger Morais anunciou que estava deixando a Rádio 88.7, onde apresentava o programa 'O som do sul'. Espera-se que o programa siga existindo, ao menos.

E assim, a música gaúcha vai minguando cada vez mais. Só não o fez ainda por completo porque ainda existem gaudérios como este que vos escreve que prefere morrer seco a se entregar.

Só que o tempo vai passando pra todo mundo e uma hora as novas gerações esquecem definitivamente o que é nosso.

É pena!

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 2 de março de 2021

Preteou o olho da gateada

 Outrora, o mês de março no Brasil representava o início (efetivo) do ano corrente. Pois agora, chegamos a março de 2021 e descobrimos que a situação parece mais séria agora do que nunca. Ao menos nos estados do sul do país. Falo-lhes, obviamente, da pandemia.

Hospital Moinhos de Vento, o maior particular do Rio Grande, anunciou que terá de depositar os mortos em um contêiner. Que coisa.

Vejam que lá pelos idos de 2012 ou quem sabe 2013, numa das cadeiras da faculdade assisti a uma autópsia de um ser humano, ao vivo. Pensei ter visto ali o suficiente para não me surpreender com mais nada, afinal, se materializava naquele instante que nós, humanos, a rigor não somos nada e aquele era um exemplo claro.

Mas saber que nossos (de alguém, enfim) amigos, familiares, mães, pais, avós, tios, filhos, enfim, serão amontuados num contêiner, não deve ser fácil para ninguém. Parece que é ainda pior do que já vi.

Que Deus proteja a todos nós!

Que as pessoas criem vergonha na cara e usem máscara; parem de se aglomerar; tenham mais empatia, ao menos, pela vida do próximo.

Mais não digo!