segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Sono profundo

Fecham-se as porteiras de setembro e se acaba o ritmo frenético de shows, bailes, bailantas e de gaúchos que lembram de suas origens e tradição somente neste período. E viva a hipocrisia! É claro que os festejos farroupilhas motivam mais as pessoas, despertam a cultura que vive dentro de todos nós e nos dão mais chances de sorver da tradição gaúcha, mas, ainda assim, tem muitas que se aproveitam de agora e ficam por aí; hibernam num sono profundo e despertam lá para fins de agosto.

Não nos deixamos enganar: patrões de CTG e dirigentes de entidades tradicionalista fazem o mesmo. Felizmente são a exceção. Não na nossa região metropolitana do Rio Grande, contudo. Por aqui a tradição e a cultura gaúcha estão cada vez mais escassas?

Sono profundo também?

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Andei dormindo pouco nos últimos dias. Por diversos fatores. Dormir pouco geralmente contribui negativamente para o dia seguinte. Que coisa!

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Pararam as fiasqueiras a nível de politicagem ou sou eu que não ouço mais rádio? 

Sono profundo?

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Promessa de calor intenso nos próximos dias, antecedendo outros dias de chuva que se seguem. Viver num país tropical é isso aí. 

Nós, Gaúchos, ainda convivendo com pitadas de psicopatia. 

Hahaha

Boa semana a todos. Bem vindo, outubro!


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Tradição morre?

Hoje, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande tem bailanta com Os Mateadores. Começo por esse assunto, porque poderia significar que a tradição gaúcha não se resumia à Semana Farroupilha, tornando um belo exemplo que mesmo passado o frisson da data, o povo seguia envolvido a tradição, além 10 dias por ano.

Mas, contudo e todavia, talvez entretanto, a bem da verdade é que toda terça-feira tem bailanta na Lomba Grande e, com isso, não se pode dizer que a tradição passará a existir além de setembro.

Afinal, a tradição morre depois de setembro e renasce em meados de agosto do ano seguinte?

Óbvio que não podemos viver de fandango e a tradição gaúcha também não se resume a somente isso, mas o que falta para o Rio Grande do Sul conseguir cultivar sua tradição de forma constante e irrestrita?

Não me digam que é dinheiro público que nunca pedimos "bexiga pra patrão ou pra milico; por isso ninguém nos obriga a ser pelego o penico", com a licença poética do mestre Dom Pedro Ortaça.

A tradição não morre e nem tem prazo de validade.

Basta se conscientizar disso. 

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Meu amigo Lucas Schneider já começou a a semana me cobrando acerca da volta do grupo Som do Pampa. Me neguei a responder.

Suspense as vezes torna a coisa mais interessante. Hahahaha.

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E aí, qual o próximo fandango pra gente bolear a perna e dançar umas marcas?

Boa semana a todos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Virtude que ainda vive!

O levante republicano gaúcho, independente do resultado na nossa Revolução Farrapa, que para mim foi vitorioso, se dera em razão do arrocho submetido pelo Império em desfavor da província, quer no campo político como também no econômico.

Em não detendo outra alternativa, os Gaúchos declararam a revolução e surgiu então a República Riograndense.

Povo de virtude!

Guardadas as devidas proporções, obviamente, vivenciamos agora algo parecido, com o Rio Grande do Sul vivendo tempos sombrios, tendo dinheiro a receber da União e mesmo assim, pedindo esmola para pagar dívidas ou deixar de pagá-las. Não estou com isso isentando a culpa do atual governo do estado ou dos seus anteriores. Mas faz tempo que vivemos tempos de submissão?

Onde anda a virtude dos nossos políticos?

Onde anda a virtude do nosso povo atual?

A Revolução Farroupilha, o nosso 20 de setembro - hoje comemorado com galhardia, deve servir sim de estímulo e de obrigação para que levantemos novamente a bandeira da virtude, da indiguinação; para que façamos o nosso brio falar mais forte.

Afinal, somos Gaúchos! Nunca estaremos mortos enquanto pelearmos. 

Então, que sigamos à peleia!

Viva a Revolução Farroupilha!
Viva o 20 de Setembro!
Viva o Rio Grande!

Viva a nossa virtude!


Publicado originalmente em 20 de setembro de 2017, e muito atual.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Semana Farroupilha

A rigor, começa hoje a Semana Farroupilha e vai até o outro domingo, dia 22, perfazendo 10 dias de tradição, história e, como já fora dito por aqui, muito fandango.

Aqui pela região metropolitana, tempos Acampamentos em Canoas, Campo Bom, Taquara e como já disse por aqui, o de Sapiranga que é o maior de todos.

No geral, todavia, a maioria das cidades tem programação, shows e bailes. Não faltarão opções.

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Hoje, em Canela, o Baile de Abertura da Semana Farroupilha é com Os Tiranos, no Parque do Saiqui.

Amanhã no CTG Rodeio Serrano, em São Chico, tem baile com Paullo Costa e grupo;

Em Sapiranga, também amanhã, tem Juarez Kanitz e Grupo. Domingo tem show/baile com o Grupo Tchê Guri.

Já em Campo Bom, começa hoje com Robson Paines e Grupo. Amanhã, show com Pepeu Gonçalves e baile com o Grupo Recuerdos. Domingo tem show com a cantora Shana Muller.

Em Canoas, amanhã tem show com Jari Terres e no domingo com Cristiano Quevedo.

Novo Hamburgo, que já foi referência, infelizmente não detém programação unificada, restando a cada CTG fazer a sua própria. Destaque para o show do Tchê Guri, domingo, no DTG Camboatá (Sociedade Atiradores). Amanhã (sábado), baile com Moisés Oliveira e grupo Vozes do Campo, no CTG Essência da Tradição, em Canudos.

Em Taquara, onde por muitos anos toquei com o grupo Fandangueiro, segue com a melhor programação musical da região:

Hoje (13/09) - Show com Cesar Oliveira e Rogério Melo;
Amanhã (14/09) Show com Cristiano Quevedo.

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Enfim, algumas opções para quem gosta da tradição e da boa música.

Divirtam-se.

Dê-lhe Rio Grande.

Bom final de semana a todos.


terça-feira, 10 de setembro de 2019

E vá fandango!

Pelo que vi da agenda dos principais grupos musicais gaúchos, ninguém tem menos de 20 fandangos daqui até o fim do mês farroupilha. Não dá para se queixar.

A mesma maioria do dia 12 até o dia 22 tem baile todos os dias. Até mais de um por noite. Que maratona!

Grupos médios não baixam da média de 10 bailes neste mês.

Na minha época era assim também, um fandango atrás do outro.

Eu só lamento que seja tudo muito concentrado e que dure somente agora. Ora, a tradição é a cada novo dia que surge.

Mas seguimos na luta.

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Hoje, na terça-feira gaúcha tem Grupo Cordiona, o grupo do Porca Véia, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande.

Baile de dançar de lado.

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Mas mesmo com a lida fandangueira agitada, por aqui mesmo só a partir da próxima sexta-feira.

É aguardar pela boa música campeira.

Abraço e bom final de semana.

sábado, 7 de setembro de 2019

Independência: realidade que se renova?

Apenas me reporto, infelizmente, aquilo mesmo que já escrevi de preambulo no ano passado, atualizando o transcurso do tempo.

É uma triste realidade que se renova ano após ano?

Falar sobre o dia da independência do Brasil é sempre uma realidade que se renova. Vejam que trago adiante um publicação escrita aqui há exatos dois (agora três) anos e nada mudou para melhor. Mas, para pior sim. Nossa cultura que arde em chamas na triste imagem do Museu Nacional que ardeu no calor do inferno (podemos falar diferente?). Do candidato a presidente esfaqueado que faz combalir a democracia (e olha que eu não morro de amores pelo cidadão, mas nada se justifica).

E alguém ainda tem dúvida de quem vencerá a eleição agora? 

 Enfim...

"Independência ou morte?

Há alguns anos, por aqui escrevi da dificuldade do brasileiro expor seu patriotismo, afora manifestações ligadas ao esporte. Abro um parenteses, aqui, para tirar fora o futebol, pois, neste, há uma paixão própria enraizada. As pessoas não amam o futebol por ser o Brasil, mas por ser futebol, mesmo. 

Parece-me que fosse o brasileiro um patriota, não teríamos chego mais uma vez ao fundo do poço da democracia. Nossa jovem democracia, outrora manifesta e pujante, agora sucumbe na esperança de que novos dias virão, quando, se for analisado os personagens que através da política tentam desenhar o futuro, nossa esperança é utópica, demonstrando que o fundo do poço é mesmo profundo. 

Hoje é 7 de setembro, dia da independência do Brasil. Mas que independência é esta, alguém sabe me responder? Ser independente é conquistar a façanha de impedir o prosseguimento de mandato de dos presidentes da república em menos de três décadas de democracia? Ser independente é fazer com que o povo sofra na fila dos hospitais? Ser independente é ter uma educação ruim ou péssima? Ser independente é atochar o povo com uma das maiores cargas tributárias do mundo?

Não sei responder nenhum dos meus questionamentos. Simplesmente porque nós, os brasileiros, somos independentes na teoria, mas, não sabemos o que isso representa na prática.

Vejamos que há cada dois anos, através da independência democrática do voto, podemos exercer a livre manifestação da independência, elegendo nossos representantes. Pasmem, em pleno século 21, continuamos elegendo corruptos e reelegendo pessoas que não tem a mínima preocupação com o interesse público, mas com seus próprios interesses.

Esta é a nossa independência?

O que é ser independente, afinal?

Num Brasil cada vez mais velho, questões que nunca deixam de ser novas.

Vamos crescer, algum dia?

Às margens do riacho Ipiranga, lá em 1822, Dom Pedro gritou para quem lá estivesse e quisesse ouvir: independência ou morte? Optamos pela primeira, embora eu me pergunte o que teria acontecido de nós se tivéssemos tomado o caminho da segunda opção. 

Quem sabe das cinzas da suposta morte, com fênix, teria ressurgido um novo Brasil, realmente independente. Nas cinzas, novamente, estamos, imperioso compreender. Então, que alguém (de conduta ilibada e idônea) volte ao Riacho Ipiranga e grite novamente: "Independência ou morte?".

A partir de então, ou aprendemos o que significa independência ou que morramos de vez. 

Triste, mas verdadeiro."

Bom feriado a todos.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Nova revolução

Enfim, chegamos a setembro, mês que para nós aqui no Rio Grande representa um ideal de liberdade, força, raça e luta. Não vou entrar no mérito de quem venceu a revolução, pois temos coisas mais úteis para serem resolvidas.

Temos, a bem da verdade, uma nova revolução em andamento, para recolocar o estado do Rio Grande do Sul novamente nos trilhos. Uma nova revolução para que a nossa cultura seja respeitada e vivida. Para que a nosso música renasça pelos CTG's e rincões afora.

É dessa revolução que devemos tratar nesse momento.

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Grupo de fandango que não se levantar nesse mês, melhor pensar em fazer outra coisa da vida.

Fazer o que...

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As vencedoras do Ronco:


1. CANTO GALPONEIRO
(Paulo Moraes Trentin e Carlos Möller)

2. SANGUE SERRANO
(Jairo Reis e Lincon Ramos)

3. CAMPEANDO RETOÇO
(Jones Andrei Vieira)

Música mais popular:

NUM CÉU MAIS GAÚCHO
(Jardel Borba)

Na minha opinião, quem merecia melhor sorte:

FAZENDA DA CRIA
(Arlindo Almeida Junior e Vani Vieira)

Melhor Intrumentista: Lucas Ferreira
Melhor Intérprete: Igor Tadielo

Parabéns aos premiados.

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Tempos de mudanças. Ao menos na minha vida. Voltei de São Paulo repensando muitas coisas. É chegada a hora de pontos finais e de novas páginas do livro em branco da vida.

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Ando louco para subir no palco e cantar umas gaudérias. Quem tiver precisando me avise. Quem não tiver e me ver passando me convide. Prometo (tentar) não desafinar. kkkkkkkkkk

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Seguimos viajem que ainda tem muita coisa pela frente.

Abraço a todos.