quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Jogando a toalha

O mês de outubro não é dos piores do ano, é verdade. Particularmente, em 2019 não me trará boas recordações, enfim. Talvez novembro seja um pouco mais depressivo, afinal, já começa com finados e, no mais, é o povo esperando por dezembro e com ele o final do ano duma vez.

Se não bastasse, ainda outubro termina com aguaceiro e temporais pelo Rio Grande afora mais Santa Catarina. E novembro começará chuvoso e muitos dos seus dias serão assim.

Um fim senão melancólico para 2019, chato. Já posso afirmar agora que não deixará saudades.

Pois não deixará saudades mesmo.

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As pessoas parecem, em sua grande maioria, desiludidas com suas vidas e com a sociedade como um todo. Uma minoria vai esbravejar nas redes sociais contra ou a favor do governo. E dessa, quase todos sem razão.

Mas a grande parte do povo está realmente atingida por ambos os lados (e não da melhor forma), de modo que parece ter jogado a toalha.

Tanto que programa de culinária é o que mais dissemina na TV. Tanto que páginas de humor são as que mais disseminam nas redes sociais.

Eu me agrado de ambos, por sinal, mas não posso deixar de notar que parece ser sintomático.

Quanto ao futuro, já nem sei mais o que pensar.

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Bailes? Estamos aí a espera de melhores dias e programações.

Adios, outubro.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Água de Poço

Não que eu lá morre de amores por trazer notícias mais objetivas por aqui, mas a bem da verdade é que em sexta-feira sempre a tendência de assuntos menos cansativos, mais objetivos, enfim. E a bem da verdade é que aqui pelo Rio Grande, a coisa tá meio que nem água de poço, lenta de noticias mais alegres.

Vamos chasqueando, entonces.

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No próximo domingo tem domingueira no CTG Estância do Campo Grande, em Estância Velha, com animação de Os Serranos. 

Bailanta em quantia!

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Por falar em bailanta em quantia, na próxima Terça Gaúcha da Lomba Grande tem o grupo Som do Sul, que já não carece mais de apresentações.

Casa cheia.

Aliás, o grupo Som do Sul lançou nesta semana uma vaneira de respeito, "Surungo do Fim do Mundo", composição dos grandes Elton Saldanha e Érlon Péricles. Vai ser sucesso na voz do meu amigo Alan Moreira: https://www.youtube.com/watch?v=cZdVB2ymIDY

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Por falar em lançamento:

O conjunto Os Tiranos, de São Chico, lançou hoje uma nova música "Uma bem Gaúcha", na voz do novo e conhecido cantador Éder Oliveira, o Nativo. Aliás, assina a marca o próprio Nativo e Ângelo Marques.

Vaneira véia bem gaúcha: https://www.youtube.com/watch?v=1gnP70_x3_Y

Sucesso, Os Tiranos!

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Ando com uma saudade dum bom baile.

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Lúcio Yanel

Chego já quase na finaleira por aqui para divulgar um grande espetáculo:


O grande Lúcio Yanel, um dos maiores guitarreiros de todos os tempos, está precisando do apoio de todos nós. Sua esposa está acometida do Mal de Alzheimer e devido aos cuidados constantes, os shows estão difíceis de ser realizados pelo violonista Argentino radicado em Caxias do Sul; e os pilas vão ficando escassos, eu que sei, principalmente para quem vive da arte.

Por isso que grandes músicos da nossa gauchada realizarão o evento acima, sendo que toda renda será revertida a Lúcio Yanel.

Vamos lá dar uma força!

sábado, 19 de outubro de 2019

Gaúcho!

Será hoje à noite, na Sociedade de Canto Harmonia, em Ivoti, o evento de lançamento do novo dico do Grupo Musical Cordiona, o grupo do Porca Véia. O evento, até onde sei, é pra convidados sendo que o grande público poderá acompanhar através de uma live através da rede social Facebook, na página do grupo e também em "Porca Véia Oficial"; a partir das 21h.

Em tempos em que os grupos não mais investem em disco, pois já não oferece o retorno comercial de outrora, optando pelo lançamento de músicas em plataformas digitais, é de se louvar a ação do Grupo Musical Cordiona que, ainda, reserva um sábado (dia de melhor cachê) para brindar o público com seu novo trabalho, demonstrando claro respeito aos seus fãs.

De referir que o evento terá a participação do Porca Véia, que por motivos de saúde não vem mais aparecendo publicamente com a mesma frequência, o que é um "plus a mais" a todos.  

Parabéns pela iniciativa e sucesso ao Grupo Cordiona e a seu disco "Gaúcho!"



Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O tempo segue passando

Eis uma publicação que esteve aqui em 2016. Há três anos, pois. Bernardo já tem 4 anos e sabe o que quer. Tem sido assim na atualidade, as crianças cada vez mais desenvolvidas. Já nascem adaptadas aos tempos de agora.

E o tempo segue passando. E sinto que eu to ficando para trás.

 
O tempo passou - 11/10/2016

Vejam bem como são os dias; amanhã, dia 12 de outubro - feriado em razão da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida - popularmente conhecido como o Dia das Crianças. Não irei aqui traçar qualquer crítica a questão pois não é esse o objeto deste texto de hoje. Venho para falar do tempo. Não sobre as condições meteorológicas diárias, mas sobre a rápida passagem dos dias, culminando em mais um ano que já caminha para o seu final.


Passado o dia das crianças, o comércio já vai se preparar para a data mais importante do ano: o natal. Não chegaremos a novembro sem que o vermelho passe a predominar em supermercados, lojas de rua e shoppings. É criado um novo espírito, de esperança e renovação da vida, de novos dias. Sim, isso ocorre a todo ano e nem sempre a mudança efetivamente aparece, mas temos que manter a fé de que bons ventos possam soprar a nosso favor.

Aliado a tudo isso volto a falar do tempo. Como o tempo tem sido implacável e ligeiro, ultimamente. Com o advento do nascimento do Bernardo, parece que todos os dias passam voando. O Bê já vai para o seu segundo natal e parece que nasceu ontem. Ontem. Mas não foi, o tempo passou e eu não percebi direito.

Parece que não se percebe mais o tempo passando. Ou estou errado? Ou só passa para mim?

Nos tempos de escola ou mesmo no início da faculdade, os anos e depois os semestres parece que nunca chegavam ao seu fim. O fim da faculdade, todavia, poderia ter sido mais devagar. Não foi. Passou. O tempo passou.

As novas tecnologias parecem que contribuem para acelerar a vida. As pessoas já não tem mais paciência para esperar nada, querem tudo "para ontem". Estes dias mesmo alguém brincava que era do tempo da internet discada, quando somente após a meia noite podia navegar na rede com um pouco mais de velocidade. Eu sou desse tempo e sou desses que fica furioso cada vez que a internet cai ou se arrasta.

Mas o tempo, este que mais voa do que corre, esta aí mesmo para trazer novos horizontes e novas expectativas. Temos de nos adaptar. É o jeito. É a solução.

Meu medo, contudo, é piscar o olho e não ver as coisas passarem, como se superficial fosse a vida. Se ela é curta tem de ser vivida; do contrário, o tempo passou e parece que nada valeu a pena.

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Bom final de semana a todos.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Lágrimas de saudade

Não sou adepto à teoria de que homem não chora. Chora quando tem que chorar ou quando consegue. Eu mesmo chorei (e não foi pouco) quando do infortúnio da minha prenda Mariana. Mas sou valente para demonstrar meus sentimentos, admito; embora sofra durante e muito mais depois. Vejam acerca do falecimento da Vovó (vó Neuza): ontem saindo do banho, de noite, lembrei dela e das tantas coisas boas que ela me proporcionou. Marejei os olhos. Confesso-lhes que escrevo agora da mesma forma. Mas, e a vida é cheia deles, não chorei sob o seu derradeiro leito. Assim como não fizera quando faleceu a Vozinha, o Vô Netto e o Vô Moysés.

Por conveniência, chamávamos todos os netos ela de Vovó. Talvez tenha partido de mim mesmo, para diferenciar ela e a Vó Frida. Engraçado é que com o passar dos anos peguei a mania do meu Pai e passei a chamar de Maria Frida. Mas Vovó ficou, para todos nós. Um jeito carinhoso de dirigir-se a ela, já que sempre nos tratou com todo o carinho. Era uma figura ímpar, aliás: nunca vi falar mal de ninguém e tampouco destratar que lhe destratava, embora essa gente siga merecendo. Só que não, era dum coração puro e invejável; coisa rara nos dias de agora.

Quando era mais guri ela e o Vovô moravam lá fora. Aliás, estar lá era a grande paixão da Vovó. Também, pudera. É o paraíso na terra. Víamos eles de quando em vez. Minha memória me trai muito as vezes, mas lembro de algumas passagens daquele tempo: primeiro, um dia que estávamos na casa do Gaqui (Maicon - preciso ao menos mais uma vez chamar ele assim, pois ele não era o Maicon naquela época, era o Gaqui!), que ainda morava no pátio da citral, quando ela chegou e entrou pela porta da frente. Foi uma surpresa já que ninguém entrava por aquela porta de regra. Tem foto e tudo daquele dia. Não era um dia relevante, mas aquilo foi especial para nós. Depois, da minha festinha de 8 anos quando, até o último momento, não se sabia se ela iria, até que eles apareceram e para mim foi uma festa. Por fim, daquele fogão a lenha lá de fora tapado de chaleiras e panelas cheias d'água, pois o Bruno tinha de tomar banho na banheira.

Aliás, as férias lá Fora eram inesquecíveis. Começava com o velho e bom camargo logo cedo, depois um café da manhã com ovo frito, queijo assado e por aí vai. Não faltavam regalias para nós. Depois íamos para a nossa campereada, que nada mais era que dar voltinhas no Tubiano pela mangueira. Partir para o rumo do campo era uma "ocasião" para nós. Era ela que encilhava o Tubiano para gente. Lembro dela me levar para "queimar campo" e ela que tentava me fazer dormir depois do almoço enquanto eu só queria conversar fiado. Quantas e quantas vezes ela dormiu comigo, com a vela acesa (sim, não tinha luz lá naquela época) porque eu tinha medo de dormir sozinho... Foi ela que nos ensinou a sapecar pinhão e que se negou a nos xingar quando quebramos diversos frascos dos remédios do gado pelo galpão. 

Ela mesmo quando braba conseguia ser carinhosa com a gente.

A Vovó partiu e eu não seria mesquinho de lamentar o seu descanso. Sofreu o que não merecia e nem precisava. Isso não quer dizer que a saudade não vai bater na minha porta a cada vez que eu passar na frente da sua casa em São Chico, ou quando eu tiver coragem de ir lá Fora novamente, ou quando eu lembrar de mais alguma passagem que agora me falta, ou então quando eu parar para pensar que mesmo a coisa mais difícil pode ser suplantada com ternura e carinho.

Sentirei falta dela dizendo que estava "mais ou menos" sempre que eu perguntava, ou dela falando dos terneirinhos que nasceram lá Fora, ou de qualquer coisa que lembrará da sua vida simples, sem muitos floreios.

E não há nada que molhe mais o rosto do que a dor da saudade.



Como dizia o Vovô, até outro dia Vovó!   

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Chasque primeiro

Eu mesmo me achei chato com a insistência da ideia do "sono profundo" acerca da valorização da nossa tradição após (e antes) a cada novo setembro.

Mas daí, surgem-se os fatos.

A Coluna da amiga Zelita Marina, principal divulgadora da nossa tradição na região, de hoje, divulga eventos do outro final de semana, o que deixa claro que a bem da verdade eu acabo por ter razão. O que acontece em setembro não se repete nos outros meses.

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Na próxima sexta-feira (11/10) tem baile de aniversário do CTG Essência da Tradição, em Canudos - Novo Hamburgo. A animação é de Zezinho e Grupo Floreio.

Tenho apreço pelo CTG Essência e será um baita fandango.

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O grande gaiteiro e meu amigo Rodrigo Lucena, juntamente com seus alunos,  realizará um jantar baile em Novo Hamburgo. Segue o recado do mesmo:

Restaurante Dom Capone, em Novo Hamburgo. (Na Guia Lopes, junto à Sociedade Campestre do Atiradores)
Ingressos a R$30,00. Buffet com churrasco e depois o baile.

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Na próxima sexta-feira (11/10) tem baile de aniversário do CTG Essência da Tradição, em Canudos - Novo Hamburgo. A animação é de Zezinho e Grupo Floreio.

Tenho apreço pelo CTG Essência e será um baita fandango.

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Na próxima terça-feira, tem Machado e Marcelo do Tchê na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande.

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O gaita ponto Valter Thiesen, que por anos fez parte do grupo Rodeio, agora integra o elenco do grupo Som do Sul.

Sucesso!

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Perdi, quarta-feira, a vó Neuza. Ou, simplesmente, a Vovó. Foram meses sofridos e não merecidos, estes últimos dela.

Adorava me ver cantar. Tem meus cartazes na parede da cozinha da casa dela.

Fará falta. Que merecidamente descanse em paz!

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Bom final de semana a todos.