sexta-feira, 29 de julho de 2022

Vida longa aos festivais

 Conversando com meu grande amigo e compadre Cirilo Barcelos, que disse que nos conhecemos há 30 anos, e falávamos sobre a música gaúcha e os festivais; sobre como podemos fazer algo simples e requintado, que as melodias gaudérias podem absorver o que for bom dos outros segmentos sem perder sua essência.

Festival fomenta o conceito da filosofia musical. A competição (no festival) fomenta a produção. "É assim há 50 anos na música gaúcha", disse o Cirilo, dentre outras tantas preciosidades.

E é assim que vamos renovando a tradição sem perder seus princípios básicos.

Dito isso, é hoje o último dia de inscrições para o 29º Ronco do Bugio.

E agora é tudo on line: https://bit.ly/29RoncodoBugio.

Vida longa aos festivais. Vida longa ao Ronco do Bugio!

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O gaiteiro Marcelo Bósio, o Marcelinho, está de volta ao Grupo Minuano, de Campo Mourão/PR.

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Como é bom conversar de música e de vida com meu Compadre Cirilo.

Saudades do amigo.

Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Fandango em quantia

 Desde a retomada dos eventos tradicionalistas (ou a tentativa de), creio que esta é a vez que aqui trago mais bailes pela região num mesmo final de semana. 

Pois bem.

Segue o baile então:

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Amanhã (sábado), tem fandango de ANIVERSÁRIO no CTG Gaudérios da Saudade em Estância Velha. 

A entidade em que já tive a honra de tocar baile completá 52 anos de serviços prestados à comunidade tradicionalista.

A música é de fundamento: Walther Moraes e grupo Campeiros do Rio Grande.

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Também amanhã (sábado), tem a XX Bóia Campeira no CTG Rodeio Serrano em São Francisco de Paula.

Após uma comida véia de fundamento, a parte musical fica por conta de Zezinho e Grupo Floreio.

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O CTG Porteira Velha em Novo Hamburgo, sábado (23/07) promove jantar e Sarau de Prendas (Baile da Prenda Jovem). O fandango tem animação do grupo Os Mateadores.

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Falando em Os Mateadores, eles estarão na domingueira (24) do Clube Rancho do Vale em São Leopoldo, juntamente com Grupo Bochincho e Musical San Marino.

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Na domingueira do CTG O Fogão Gaúcho, de Taquara, a animação é de Amaranto e Seu Conjunto.

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No Canal SANTO FOLE, segunda-feira (25) a partir das 20h tem o Conjunto Fogo de Chão.

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Na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, próxima terça (26) tem bailanta de aniversário da Coluna Recanto Gaudério, assinada pela amiga Zelita Marina.

Serão diversas atrações.

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O 29º Ronco do Bugio, que ocorrerá dias 26 e 27 de agosto em São Francisco de Paula, já tem suas atrações confirmadas:

Shows de Israel da Sóis e César Oliveira & Rogério Melo.

Bailes com Grupo Estância e Grupo Manotaço.

Lembrando que as inscrições para o Festival se encerram na próxima sexta (29/07) e devem ser feitas de forma exclusiva pelo seguinte canal:

https://bit.ly/29RoncodoBugio


Não dá nem para pensar em fugir da festança.

Abraço e bom final de semana.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Loucuras da vida

 Quando meu filho, o Bernardo, tinha apenas 5 meses de idade (sim, falei meses mesmo), inauguramos um escritório em São Chico. Toda sexta-feira e sábado atendíamos lá e o pequeno ficava aos cuidados da minha bisavó, a minha vó Frida. Ela sempre fez com muito gosto e naquela época tinha pique, coisa que infelizmente hoje em dia não tem mais.

Mas o viés nem é esse: pegar um bebê com cinco meses e se tocar para São Chico toda semana, mesmo no inverno mais brabo, é coisa de gente doida. Hoje em dia não sei porque assumimos aquela responsabilidade, por mais "sucesso" que a empreitada tenha  tido, afinal, fechamos o escritório da serra por razões diversas, que não o êxito ou não da missão.

Talvez seja isso que tenha me mantido em casa sempre que posso hoje em dia. Finais de semana sem atividade profissional emergencial tem assegurado em mim algo perto a bicho do mato. Não tiro o "nariz pra fora de casa" nem para socializar com vizinhos.

Se bem que quem me conhece vire e mexe gosta de alegar que eu não gosto de me socializar, a rigor, com quase ninguém.

Intriga certamente. Intriga.

Estou é mesmo cansado de bastante coisa. Principalmente das loucuras da vida.

Deve ser a idade pegando.

Ou sei lá.


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Chegou a minha vez: o número 54 996426941 NÃO É MEU! Estão usando meus dados na tentativa de aplicar GOLPE! Denunciem e bloqueiem que as medidas cabíveis já foram tomadas.

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Gente à toa tem tipo china, desde que existe a humanidade. O advento da modernidade apenas facilitou e apressou o processo da picaretagem.

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Mas precisamos crescer também em outros sentidos: não dá mais para acreditar, em pleno 2022, em choro e milagre.

Ademais não existe almoço grátis. Nunca existiu aliás.

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Daqui a pouco no Canal do Santo Fole tem Os 4 Gaudérios.


No mais seguimos na honestidade.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Há uma década (julho)

 Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já em 2020, mas acabou ficando para 2021. Fez sucesso e seguirá em 2022. Assim, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.


Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.


Se bandiamo:

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Uma nova caminhada (segunda-feira, 16/07/2012)

De uns dias pra cá tenho tido a sensação de que perdi alguma coisa. Relendo textos de outros tempos e comparando-os com os de agora, esta estranha sensação parece que se enaltece. Aonde foi que eu deixei a minha felicidade, afinal? Tenho deixado de lado algumas circunstâncias que são preponderantes à vida do ser humano, como a humildade, a alegria, a paz e a amizade. Abandonei tudo e, não, fui abandonado. No fim das contas, fui eu que criei um mundo particular intransponível ao que vier de fora. Sim, eu me afastei. Daí chegar na música foi um pulinho. Eu conduzi a coisa de maneira errada, não enxerguei o óbvio e quando tentei remediar, mais uma vez meti os pés pelas mãos. Resignei-me em ficar todo este tempo de fora, com a desculpa intrínseca de que, a esta altura, música e faculdade não combinavam mais. Nunca deixaram de cominar. Ocorre que, de fato, o tempo me tem sido escasso, mas, é sempre possível encontrar bons momentos para se fazer o que gosta.

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Mais uma vez, me enxergo pensativo quanto ao futuro, tentando enxergar algo de positivo no passado e no presente. Mesmo assim, fazendo a leitura correta daquilo que fora importante, tendo a achar que, mais uma vez, o meu caminho não cruza por esta estrada que estou seguindo. Voltar? Acho que não. Talvez direcionar o rumo para outro horizonte. Não é uma decisão fácil. Não é fácil explicar para os da volta porque, pouco mais de um ano, tendo a fazer novamente uma escolha: a de partir do zero. Alguns me chamarão de louco, inconseqüente, que não tem destino a minha vida. Outros dirão que certo sou eu, que não satisfeito com o resultado deste caminho tenho coragem para enfrentar um novo e partir para um novo começo. Enfim. Embora esteja muito mais reticente que outrora, muito mais pensativo, tendo a pensar que se meu caminho sequer chegou ao meio, é porque o começo ta muito mais perto do que o final. Assim, há de se respeitar o futuro sem, contudo, temê-lo.

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Boa hora para tratar de repensar, aí, a minha carreira musical. Não será chegada a hora de voltar? Taí um questionamento que corre paralelo, em autos apartados, juridicamente falando. Voltar para o palco, hoje, foge bastante da relação vontade/oportunidade. Há de se discutir se um novo retorno trará novidades no meio, se ao voltar poderei proporcionar a música e seus admiradores algo novo, de qualidade e gosto apurado. Não posso simplesmente arranchar meia dúzia de parceiros numa mesma idéia e sair por aí a moda bicho. É preciso ter o diferencial. Aí é que entra o tempo mencionado. Será que serei capaz de fazer diferente neste curto espaço de tempo que tenho tido? Confesso-lhes, que não será desta vez que terei uma resposta quanto o meu retorno ao cenário musical. Ademais, embora tenso e preocupado, pareço trilhar novamente um caminho sem volta. Passou-se o tempo em que alguém me pegava pela mão e me levava até o lugar de desejo. Já faz uns dias que me enxerguei adulto. Já faz uns dias que descobri que posso fazer o caminho sozinho. Talvez hoje tenha decidido caminhar com as próprias pernas. E deste hoje, fazer o sempre.

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Penso que o meu problema esteja no não entendimento, até hoje, do que é realmente felicidade.
E quanto à carreira musical, apenas repiso-me: não será chegada a hora de volta?

Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Política bagaceira

 Venho de uma família que detinha certa identificação com a política, falo da arte que já morreu faz tempo. Também me refiro ao passado pois ninguém mais se identifica com o que se vê há alguns anos. A política brasileira perdeu rumo há muito tempo e caminha cada vez mais para o abismo.

Lembrei agora da minha mãe inconformada certa feita com um resultado em São Chico, porém, sofrendo calada. O respeito aos vencedores e às urnas era parte da democracia. Não se gostou do resultado, mas se respeitou. Por pior que se achasse que fosse.

Não se engane, não há processo sociológico evolutivo no Brasil a ponto de achar que melhorou, está melhorando ou vai melhorar. Brasil como sociedade em evolução definha. Involui. O que vige por aqui é a sina do "nada está tão ruim que não possa piorar". Os debates em torno do tema são rasos, ruins e polarizados. Desconfio que nem na época do bipartidarismo, de um lado Arena e do outro MDB, a coisa era tão bagaceira.

Enfim.

A morte de um militante do PT por intransigência política só mostra que a coisa é endêmica e doentia. E antes que digam que puxo para um dos lados, estaria aqui escrevendo a mesma coisa se o falecimento fosse de militante Bolsonarista (nem sei se o termo mais correto é esse).

É o perecimento da coisa política e social independente do lado que venha.

Em suma, fomentar a violência e o ódio não está ajudando o país. As coisas não vão bem, pessoas passam fome e as que ainda não passam também estão no aperto. A economia podia estar muito pior (vide Argentina) mas também muito melhor. Os serviços públicos, ademais, não estão fornecendo à população dias melhores. 

De qualquer sorte, episódios de violência só comprometem a democracia, que será sempre defendida neste espaço, para ambos os lados. Não faremos deste um país melhor dividindo, mas sim somando. Parece até clichê, eu sei, porém a pura verdade.

Falando em política bagaceira, chegamos à conclusão, ao fim e ao cabo, que dor por político é pior que dor de corno. Que negócio mais lamentável e feio. É a involução da sociedade brasileira.

Meus sentimentos à família enlutada.

Antes de chegar novamente à idade das trevas, ainda é tempo de retornar e andar pra frente.

É para frente que se anda, afinal.

  

terça-feira, 5 de julho de 2022

Leite apavorado

 O trocadilho infame, em alusão a operação do Ministério Público realizada no Rio Grande há alguns anos ("leite compensado"), desta vez não diz repeito à qualidade do leite produzido e envazado nos pagos gaudérios, mas sim ao preço. Daí o pavor.

Obviamente o problema na carestia não é só aqui, mas em todo país.

No final de semana, em promoção, a prenda velha pagou R$ 5 no litro, o que corresponde a R$ 60 uma caixa (com 12). Com a devida vênia, mas se alguém acha normal isso eu já não sei mais nada. E não me venham falar em pandemia pois o povo do campo não parou e tampouco as vacas fizeram lockdown.

Num país com uma imensa parcela de pobreza, como o leite chega à mesa da população? Não chega!

Como isso será compensado nos aspectos nutricionais? Não será!

Logo a miséria vai se disseminando.

Desculpem-me, quem contemporiza para não apontar culpados, mas é injustificável e triste a situação. Muito triste!

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Anunciado, ontem, no Canal Santo Fole, Maicon Pacheco é o novo gaiteiro do Grupo Som do Sul.

Natural de Antônio Prado e primo do baterista Cândido Mendes, Pacheco deixa o grupo Estância, de Caxias do Sul, para fazer parceria de cordiona com o amigo Alan Moreira.

Sucesso!

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Por falar em Grupo Estância, estará animando um jantar baile, sábado (09/07), no Salão Paroquial do Lajeado Grande em São Chico. O cardápio trará bóia campeira por R$ 60 por pessoa.

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No próximo sábado (09/07), também, no CTG Tiaracy em Portão, tem fandango com Moisés Oliveira e grupo Vozes do Campo.

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Na sexta (08/07) tem o primeiro "Arroz de China", no Tchê Pub em Novo Hamburgo. Após a bóia campeira tem música ao vivo.

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Será que teremos uma folga da chuva, enfim?


Boa semana a todos.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Quanto tempo...

 ... eu não danço uma vaneira. Eis o novo sucesso do Grupo Som do Sul - "Há quanto tempo que eu não danço uma vaneira" - composição de João Sampaio, Fábio Conceição e Nilton Ferreira. Com um timaço deste não tem tempo feio.

Será lançada amanhã (sábado - 02/07) nas plataformas digitais do Grupo Som do Sul.

De arrancada já me identifiquei com a proposta da nova música:

Há quanto tempo eu não danço uma vaneira? Bastante. 

Saudades de um bom fandango!

Vai ser sucesso!!!

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Por falar em Grupo Som do Sul, ele será a próxima atração do Canal Santo Fole.

Segunda-feira, 04 de julho, às 20h.

Imperdível.

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A partir de hoje até dia 17, Os Monarcas estarão em turnê pelo Centro Oeste brasileiro.

Muitos fandangos nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Terra em que vivem muitos gaúchos apaixonados pela nossa tradição.

Sucesso a Os Monarcas.

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Às inscrições para composições ao 29º Ronco do Bugio em São Francisco de Paula/RS, já estão abertas e assim permanecerão até dia 29/07.

Direto pelo link: https://bit.ly/29RoncodoBugio

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E viva o Ronco do Bugio!

Bom final de semana a todos.