sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

A escolha é sua!

 O ano termina e começa outra vez. A frase da música se confunde com a nossa realidade. Diga-se de passagem, a música (como um todo) geralmente retrata aquilo que acontece no nosso dia a dia. A música continua perguntando: e o que você fez? Chega o dia da virada, o de abandonar o ano findo e se preparar para o que chega, e ficamos a imaginar o que queremos que aconteça de bom no novo ano que chega. 

Por momentos, escassos, creio, repensamos o que prometemos na virada do ano anterior e não cumprimos. Será que vamos cumprir agora? Claro, isso se prometermos de novo. Note que até agora este texto não está parecendo de final de ano, com uma mensagem, afinal. Ta parecendo um texto de segunda-feira, aqueles que escrevo quando estou querendo criticar alguém ou a mim mesmo. Mas o último dia do ano, no fim das contas, não é igual aos demais? 

Talvez não... 

É, realmente o ano termina e começa de outra vez. É a oportunidade que temos de refazer, recomeçar. Começar de novo, todavia, não é perder o que já foi feito. É preciso, enfim, aproveitar tudo que já fizemos, aprender com os erros e seguir em frente. Por diante. 

Recordo que num final de ano eu falei em desacelerar, viver a vida menos agitada. Creio não ser possível fazer o mesmo agora. Estou em uma fase corrida, com a cabeça fervilhando por novos projetos e realizações.  Assim, não posso simplesmente recomeçar tudo de novo, é preciso dar continuidade aquilo que já começou ao longo deste ano findo. As coisas certas vou aproveitar para aperfeiçoar e aquilo que não foi tão bom, eis a oportunidade de refazer, ou então, seguir em frente. De repente não era pra ser daquele jeito. 

Enfim, meus caros, a vida é assim: corrida, agitada. Nem sempre temos muito tempo para tomar decisões e quando as oportunidades surgem é preciso tomar partido: ou se segue em frente ou se fica esperando para ver o que acontece. O resultado, se a decisão foi boa ou ruim, só o tempo dirá.
Ou seja, reprisando, a vida é feita de escolhas. Termina um ano e outro recomeça, surgindo, então, a oportunidade de você decidir aquilo que irá, ou não, fazer. 

O começo de um novo ano surge como instigador das nossas vontades, sejam positivas ou até mesmo negativas. É nessa época em que se renovam as promessas, que se renovam as esperanças e que podemos então recomeçar. O recomeço é de um ponto de partida, muitas vezes já com a desilusão fazendo parte de sua vida. No fim das contas, todavia, o que importa é a esperança de fazer de um novo jeito, ser feliz ou buscar a felicidade. Com o ano terminando surgem então novas escolhas ou velhas mesmo. E são as escolhas que vão nortear seu novo ano, de mais um de nossas vidas. 

O ano novo é sim feito de escolhas.  Faça as suas e seja feliz!

Use máscara, se cuide e e se vacine. Por ti e por todos...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Um aninho da gostosura

 Essa "goudinha" linda das fotos que seguem é a Isabela, nossa (minha e da Mariana) afilhada e sobrinha.

Hoje, dia 29 de dezembro, ela está completando seu primeiro aninho. De sapequices, fofurices, queridices, birras e outros tantos momentos abençoados.

Como disse, é a nossa "goudinha" querida:






Parabéns, Isabela!

Muita felicidade, saúde, alegrias e divertimento. O mundo te espera!

Beijocas do primo Bê; dos dindos Mariana e Bruno; das tuas paixões que tu aperta com "todo carinho" Rocky e Mel.

Te Amamos!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Mariana e o natal

 


Desconheço pessoa que goste tanto do natal como minha prenda Mariana. Parece que ela espera o ano inteiro para poder enfeitar a casa, colocar luzinhas em todas as janelas. Enfim, ela contagia até a vizinhança.

Pois a Mariana hoje está de aniversário. E nada mais justo que a publicação de natal seja antecipada para o seu dia, pois ambos se completam:

Então é natal. Uma data que, para poucos, representa um momento de união. Ou será para muitos? Minhas tentativas de escrever sobre o natal foram tantas, que pensei seriamente em reeditar o texto do ano retrasado, aí desisti. Não estaria sendo nem um pouco original, bem como desrespeitaria o bom gosto dos meus leitores. Mas afinal, o que é o natal? Até bom tempo atrás, significava o nascimento de Jesus. Depois, Jesus foi gradativamente sendo trocado pelo Papai Noel e, atualmente, está ganhando de goleada o representante do comércio. Tá certo que trocar mimos, dar uma prenda para uma pessoa amada é importante, mas será que os presentes representam a verdadeira importância do natal? Por estar tomado de perguntas é que pensei em não escrever nenhum texto este ano, mas sim, copiar e colar algum mais antigo. De repente, hoje, também não é um bom dia para escrever acerca de algo tão importante na vida familiar das pessoas. Ou talvez seja: quem sabe?

A véspera de natal ainda é amanhã. Resolvi escrever e postar o texto ainda hoje, também em homenagem à Mariana. Vou falar o que eu espero do natal, e, talvez, isso não signifique o que ele realmente representa ou pelo menos deveria. Então, passar o natal em família é apenas um costume? Uma boa pergunta, não acham? Na minha opinião, o natal em família é uma tentativa de resgatar a tradição, o verdadeiro valor da data. Se isso não mais é plenamente possível, que seja então uma tentativa de manter acesa a chama do sentimento natalino, ainda que bem fraca. Sentiria bastante não passar o natal junto dos meus. Muito mais que costume, é uma oportunidade de ver quase todos reunidos. Se for a volta da mesa ou dos presentes, paciência, o que importa mesmo é estar junto de quem a gente ama.

Quando chegar o final do ano, dia 31 mesmo, até pode ser que a realidade seja outra. Faz algum tempo que ando desgarrado na virada, me comunicando por telefone. Já o natal não. Lembro-me de apenas uma ocasião, em quase trinta e cinco anos, que não passei junto de quase a totalidade da família. Ainda assim, estávamos eu, meus pais e o Arthur, juntos, com o perdão da redundância. Se a base da família são nossos pais e irmãos, ao lado deles, pelo menos, temos de estar. Acima de tudo, portanto, o natal é família. Em família, nos dias de hoje, talvez seja um pouco de preciosismo, ou não. Ouso dizer que o natal em família é uma obrigação, que todos deveríamos cumprir. Sei que nem sempre isso é possível, mas deve ser almejado certamente. Um natal em família deve ser composto de amor, afeto, união, esperança e fé. Não nesta ordem e cada um com sua dosimetria. A intensidade de cada item é você mesmo que direciona. O importante mesmo é estar imbuído do verdadeiro sentimento de natal. Com Jesus, com Papai Noel, com presentes, enfim; e o mais importante, permitam-me reprisar: em família sempre!
O importante estar ver o Bê feliz e estar junto com ele:





Parabéns, Mariana! Felicidade, saúde e sucesso sempre! Bernardo, Rocky, Mel e Eu te amamos!

Um Feliz Natal a todos vocês, repleto de amor, esperança e união!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

A vida ensina!

 Você pode gostar ou não desta ou daquela empresa; desta ou daquela atriz; desta ou daquela criança; mas, eis uma boa oportunidade de, num final de ano, repensar todos os seus conceitos.

A vida ensina e ensina muito!

Sim, é um peça de publicidade do Banco Itaú. Não, não sou cliente do Itaú. Mas e daí? Talvez eu seja a partir desta peça de publicidade que, nada mais faz que nos abrir os olhos para tanta e tanta coisa:



Parabéns à Fernanda Montenegro; à menina Alice; ao Itaú.

Que a vida siga nos ensinando!


Bom final de semana a todos.

domingo, 12 de dezembro de 2021

Defumando ausências: uma década!

 Há uma década o grande e imortal José Cláudio Machado partia dessa para demonstrar seu talento e 'cantar galponeiro' em outra querência. Desde então, defumamos sua ausência relembrando os tantos clássicos imortalizados na sua voz.

O Zé era Rei. Seja Rei do canto ou, até mesmo da agua benta, como diziam os amigos, mas era Rei. A sensibilidade do Zé Cláudio para entonar seu canto era tamanha, que ouso dizer e a gauchada em peso vai concordar comigo: foi o maior. Zé Cláudio era sim um Rei. Falar de Zé Cláudio traz sempre emoção que toma consta de forma tamanha... Falar sobre José Cláudio Machado, que imortalizou em sua voz canções antológicas: “Pêlos”, “Pedro Guará”, “Milonga Abaixo de Mau Tempo”. Isso para sintetizar. O legado do Zé Cláudio, contudo, é analítico. O seu canto ganhou a imensidão do mundo, ultrapassou fronteiras e conquistou os pagos da nossa querência, O Zé era Rei, sim senhor. O Zé sempre  fará uma falta incalculável. Calou-se a voz que reverenciava o Rio Grande, mas não o seu canto.

A música do Zé segue o caminho, continua a difundir as coisas da nossa terra e os confins do nosso rincão. A voz do Zé Cláudio jamais se calará! Agora, neste momento ao fechar os olhos, parece que vejo e ouço o Zé interpretando brilhantemente alguma canção. Defumando Ausências, quem sabe? Não. Milonga Abaixo de Mau Tempo! 

Ambas, possivelmente...

Passados dez anos do seu falecimento, a fama de Zé Cláudio se dá por seu legado, pelo seu canto e por sua voz. Se ele não está mais presente entre nós, está sua alma, história e canto. E como cantava o Zé.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

O Bê formou!

Pouco menos de 4 anos separam estas imagens, que representam o primeiro e o último dia do Bernardo na Escola Imaculado Coração de Maria. De lá para cá, como se percebe, o jovem rapaz cresceu bastante, perdeu seus cachos por vontade própria e ganhou uma máscara como adereço, afinal, educação e respeito para com o próximo se aprende desde sempre. O Imaculado só reforçou isso ainda mais.





Pois bem.




Infelizmente, o Imaculado encerra neste final de ano sua longa história com o ensino fundamental, culpa da crise que atinge também a educação, mas, principalmente, cruel destino num país que, a rigor, nunca valorizou a educação como bandeira do seu progresso. Enfim, não mais adianta agora falar nisso.

Ao certo é que o Bê foi muito feliz na “minha escola”, coisa que ele frisa sempre que passa defronte e possivelmente seguirá chamando assim. Cresceu como pessoa e ser humano, aprendeu bastante e, obviamente, está bem triste com esta despedida. Assim como nós, os pais, também estamos; bem como, agradecemos a todo o Imaculado e as pessoas que cuidaram do nosso filho tão bem durante este belo tempo.

Ao Bê novas aventuras e histórias virão; e que ao Imaculado o destino possa, quem sabe um dia, colocar-lhe no rumo da sua festejada história novamente.

Pouco menos de 4 anos separam estas imagens, que representam o primeiro e o último dia do Bernardo na Escola Imaculado. Mas parece que foi uma vida toda...

O Bernardo se formou:


Parabéns, Bê! Que muitos novos dias felizes surjam na tua vida e que tu também seja feliz na nova escola.

Te Amamos!

Mãe e Pai.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Das reflexões

 O último mês do ano é sempre propício a reflexões. Eu já fiz muitas delas por aqui, muitas vezes falando de particularidades da minha vida pessoal e o mais incrível, que possa parecer, é que a maioria das coisas que já sugeri e preguei eu não pus em prática para eu mesmo. 

O principal de tudo é saber viver. A vida é curta e a rigor deveríamos aproveitar ela como se cada dia fosse o último. 

Mas acontece que ninguém faz isso. Eu não faço isso, ao menos.

Vejamos, não consigo tirar umas férias de verdade há quase uma década. Tenho lá meus perrengues para chegar a tanto, mas a verdade é que muito disse é culpa minha e das minhas desculpas para não gozar dum descanso verdadeiro.

Só que tem tantos outros exemplos.

No meu caso virei refém da minha profissão. Alguns tantos o são. Outros são reféns do sucesso ou da ânsia por ele; essa necessidade da sociedade atual de ter status e ter mais que o vizinho. Aparecer e fazer transparecer a glória. Outros são reféns da própria pressão familiar pelo sucesso, comparações em ambiente interno e, algumas vezes, para seguir determinado legado. Ontem mesmo assistia uma série em que o neto, um médico de talento e futuro, era pressionado pela avó a abandonar a medicina para tomar as rédeas dos negócios da família. Isso acontece muito, sejamos honestos.

Tudo que eu disse acima acontece muito, Comigo ou com qualquer um de nós.

Mas, ainda assim, a vida segue sendo curta e deveríamos aproveitar cada dia como se fosse o último.

Ou entendemos isso, ou será tarde demais. Pois um dia realmente será o último.

Ou eu entendo isso, ou será tarde demais. Pois um dia realmente será o último.

Da vida e suas reflexões, umas parecem muito mais conselhos que todos deveríamos seguir. Mas aí vai de cada uma saber o que pretende para si próprio: viver ou sobreviver?

Se decida, segure a mão de Deus, e vá!


Boa semana a todos.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Mais uma vez: o sopro da vida!

A vida é um sopro. Não muito ainda usei essa afirmação como título de uma postagem. Aí, enfim, quando acontece uma tragédia que atinge uma grande coletividade, paramos para pensar no quão é bom estar vivo e que precisamos, a partir do baque, viver e aproveitar a mesma, afinal, pode vivemos o hoje e pode sequer haver o amanhã.

A vida é um sopro. Falei disso a menos de um mês e agora mais uma vez.




Depois de muita luta, Tiaraju nos deixou hoje. Foi descansar. Ainda estou bastante incrédulo, já que tudo foi tão rápido e, a rigor, sequer se sabe ao certo o que aconteceu.

Mas dizem os espíritas que viemos com prazo de validade, embora não saibamos quando ele termina.

Com pesar comunico o falecimento do meu primo Tiaraju de Lima e Silva. Convivemos muito pouco, é verdade. Mas sempre foi para comigo um ser afável. De grunge somente a sua cantoria, que eu bem grosso pouco ou nada compreendia. Mas afora aquele seu mundo, um grande cara.

Tio João, seu pai e uma figura uma sensacional, nos deixou a pouco. Agora mais essa.

Meus sentimento à sua mãe, Tia Elsa. Aos irmãos Dinair e Renato e à toda a família bastante enlutada.

Se a vida é um sopro, precisamos aproveitar cada dia como se o último fosse.

Valeu Tiaraju! Tu serás sempre muito bem lembrado.
Descansa em paz!

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Ajuda ao Tiaraju!

 É na hora da fumaça que os parceiros se "acoieram"!

Venho aqui pedir aos amigos e leitoras uma ajuda a um parente que tá precisando de doação de sangue:



Agradeço, desde já, a colaboração e solidariedade de todos.

Boa semana.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

GAROTOS DE OURO VENDIDO: fim de uma era!

 


Há quase 50 anos, na cidade de Cruz Alta, surgiu um projeto que pouco tempo depois iria revolucionar a música fandangueira do sul do país: Os Garotos de Ouro. Fruto do talento dos Irmãos Machado (Airton, Amilton, Delonir e Ivonir), o grupo virou destaque no cenário musical ao apresentar ao público uma nova maneira de tocar baile, com balanço, irreverência e qualidade. Enfim, os adjetivos são inúmeros.

Com o passar do tempo, e já somente "Garotos de Ouro", Delonir e Amilton (já falecido) deixaram a banda, que por muitos anos na sequência (e com destaque) teve a sua frente Ivonir e Airton. Por volta de 2004, Ivonir Machado deixou os Garotos de Ouro para seguir carreira solo, junto com sua banda "Novos Garotos". Desde então e até o mês de setembro deste ano, quando faleceu num trágico acidente envolvendo o ônibus dos Garotos de Ouro, a propriedade, condução administrativa e musical foi do gaiteiro e cantor Airton Machado.

Neste quase meio século, os Garotos de Ouro nos brindou com inúmeros sucessos, como: Não Chora China Véia; Bailezito; Ânsia de Baile; Bailanta do Fundão; Garoto Brasileiro; Coração de Potro; Festança dos Medeiros; Linda Flor; Marca de Raiz; O Socadão; Vanerão do Nego Nereu; e duas marcas eternas, das mais belas do cancioneiro gaúcho: Obrigado, Patrão Velho e Peão Farrapo:




Além dos Irmãos Machado, outros tantos grandes músicos passaram pelo elenco dos Garotos de Ouro: Juliano Trindade, o "Bonitinho"; Airton Cabral, o Paulista; Gerson Fogaça, Flávio Alves, Xandy Corrêa, Fábio Fisch, João Maciel, Luiz Cláudio, Markynhos Ulyan, Sandro Coelho, Amaro Peres, Roberson Paquito, Victor Pedroso e tantos outros.

Com o falecimento de Airton, a família entendeu por vender a marca GAROTOS DE OURO (não há informações sobre estrutura e direitos sobre as músicas estarem também no negócio) ao grupo Rocha Sul, de Sangão/SC, atuante no ramo da construção civil.

Nos resta torcer para que os novos donos sigam valorizando a marca Garotos de Ouro e, também e principalmente, agradecer aos Irmãos Machado pela significativa contribuição que deram à música e a cultura gaúcha nestes 50 anos de serviços prestados ao povo do Rio Grande e do Brasil.

Sucesso sempre ao velho e bom Garotos de Ouro!

Bom final de semana a todos.


* EM TEMPO: Comentários nessa publicação contestam algumas informações nela contida. Infelizmente não são assinados, mas vou dar o crédito e apontar os contrapontos. Primeiro, Ivonir Machado teria saído da banda em 2004 (e não 2006 como informado), o que já foi corrigido no corpo do texto. Segundo, que a banda não foi vendida e estaria na administração da filha (do Airton?). Terceiro, que atualmente está sediada no município de Urubici, em Santa Catarina.

Feito o registro, este espaço está à disposição para esclarecimentos e correções das informações, em sendo o caso, confirmadas as mesmas.

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Dia do Músico!

Hoje é DIA DO MÚSICO, daquele profissional que leva alegria, emoção e paz para todas as pessoas, afinal, quem não gosta de música, não é verdade?

Hoje é DIA DO MÚSICO, daquele que faz dessa profissão um meio honesto de vida e, ainda assim, sempre tem que ouvir: tu é músico e mais o quê?

Hoje é dia daquele que veio ao mundo para contagiar e somente levar felicidade.

E dos tantos dias que passei em cima do palco, eis uma imagem duma época que o sorriso rolava fácil, quando era ladeado por grandes músicos e tudo era divertimento:





Aos Nobres Colegas desta abençoada profissão, ainda que de minha parte a carreira esteja suspensa, um FELIZ DIA DO MÚSICO!

E boa semana a todos.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Na Lomba: Os Monarcas!

 Tem algumas relações que o tempo faz questão de azeitar de forma que parece que fazem parte do cotidiano. Exemplo disso é Os Monarcas tocando na Noite Gaúcha da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande.

Sempre sinônimo de casa cheia com Os Monarcas, hoje essa relação histórica de certa forma recomeça.

Lembrando que não há venda de ingressos no local, as compras devem ser antecipadas pelos canais da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, respeitando as regras de distanciamento e, principalmente, tem que comprovar a vacinação em duas doses.

Que saudade de um baile graúdo d'Os Monarcas na Lomba Grande!

E é hoje!

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Lembrando que no próximo mês, dia 14/12, o fechamento na Lomba Grande será com o Grupo Rodeio.

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Aos pouquitos os bailes aqui no Rio Grande estão se criando.

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Notícia triste para o universo das bandas do RS: Morreu Reny de Oliveira, em decorrência de covid, aos 67 anos.

Reny fez história integrando os reis do baile - Os Atuais, em duas oportunidades.

Reny era o compositor de dois dos maiores sucessos da banda: "Barco do Amor" e "Fim de Semana".

Também fundou as bandas "Hello" e "Barco do Amor", que lhe acompanhava até ser hospitalizado.

Nosso pesar à família, amigos e colegas músicos.

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O grande gaiteiro Rodrigo Lucena, meu amigo pra minha imensa sorte, tem um canal no YouTube e lá criou um projeto espetacular chamado "Memórias do Vinil", onde repassa sua escola musical através de discos que marcaram a história da nossa música gaúcha.

Pra coroar, ao final ainda interpreta uma das marcas do disco, sempre de maneira irretocável.

Acompanhem que vale a muito a pena.

Abraço e sucesso meu caro Rodrigo Lucena, gaiteiro de São Chico!

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Por ora, vamos esperando as agendas para divulgar por aqui. 

Fraterno abraço a todos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Há uma década (novembro)

Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já no ano passado, mas me passei um pouco e acabou ficando para 2021. Pois de agora em diante, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.

Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.

Se bandiamo:


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Novembro:
 
 
Casa de praia (15/11/2011)

Neste exato momento vos escrevo de Rainha do Mar, ou Rainha Beach, como carinhosamente apelidei. Nunca fui muito fã de casa na praia e muito menos de Rainha do Mar. Aí com o começo do meu relacionamento com a doce Mariana, passei a frequentar seguidamente esta praia pertencente ao município de Xangri-lá, no nosso litoral norte. Confesso-lhes que gostei e desde então viemos para cá sempre que é possível. Claro, que a contar pelos últimos dias esperava belos dias de praia com muito sol e calor. Ledo engano! A manga curta se mantém em meu corpo pelo costume com o frio de São Chico. Os transeuntes, contudo, não tem a mesma sorte. Por falar em sorte, ainda que a chuva esteja se fazendo parceira não posso reclamar num todo: a idéia de vir para a praia era para descansar e isso temos feito com maestria e paciência (risos). No mais a vida segue ao tranquito, à espera daquela correria característica os finais de ano. E que correria meus caros e minhas caras, que correria.

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No domingo à tardinha e início da noite estivemos dando uma volta por Tramandaí. Bom, se até ali eu estava duvidando de que milhares de pessoas haviam deixados seus lares a caminho do litoral, essa duvida se dissipou no momento em que chegava próximo a ponte que faz divisa com Imbé. Trânsito parado quatro quadras antes de chegar em Tramandaí. Gosto bastante de Tramandaí. Sempre gostei, aliás. Ainda que seja uma praia mega movimentada em alta temporada, alguma coisa – que eu não sei dizer qual é, me encanta em Tramandaí. Mas enfim, foi um passeio diferente. Um bom passeio, como sempre.

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Ao meu ver, o mar tem fins terapêuticos. O cheiro do mar, assim como o cheiro dos verdes campos da serra, tem o poder de fazer viajarmos sem sair dali, da beira da praia. Um breve sentimento de poder nos toma conta. É um prazer momentâneo que nos dá um força incondicional, não tenham dúvidas. Assim como ainda terei minha fazenda lá em São Chico, terei minha casa na praia. É um dos desejos que eu tenho e vou concretizar, não tenha dúvidas. Mas por enquanto vou me contentando em vir de vez em quando. E como aqui estou vou encurtando as palavras, afinal, tenho eu dar uma caminhada na beira da praia. Respirar um ar bem puro. E viajar...

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As idas hoje em dia à Rainha do Mar são bem escassas. Sequer tive lá neste corrente ano. Mas ainda guardo boas lembranças e encantamento de Rainha BeachJá Tramandaí, então, beira a meia década (ou mais) que não frequento.

Quem sabe uma hora se apruma uma nova visita a ambas, não é verdade?

Já o cheiro do mar, bom, esse continua me fazendo falta...

Hoje tem Grupo Manotaço, no canal Santo Fole. Começa as 20h.

Bom feriado e boa semana a todos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Voltou porque é bom

 Nas apresentações de conjuntos nos canais do Santo Fole, hoje um dos maiores fomentadores da música gaúcha, além de ter muita diversão falando das coisas do tradicionalismo, provavelmente a apresentação do grupo musical Cordiona foi a mais assistido, com mais de 50 mil visualizações.

Não à toa que é o primeiro conjunto a repetir a dose.

Sim, hoje tem Grupo Cordiona, ao vivo, no Canal do Santo Fole. A partir das 20h.

Já voltou porque é bom.

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Fazendo um correção de datas, aviso aos amigos fandangueiros que a próxima Terça Gaúcha da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande será no dia 16, na outra terça-feira. A animação está confirmadíssima: Os Monarcas.

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Nas redes sociais dos Garotos de Ouro anunciado convite para cerimônia em homenagem a Airton Machado, a ser realizada na sua terra natal, Cruz Alta:

A Família Machado convida a população cruzaltense fãs e amigos dos Garotos de Ouro para uma cerimônia em homenagem ao Saudoso Airton Machado a ser realizada dia 18 de novembro de 2021 na quinta-feira às 17:00 horas no cemitério Jardim do sossego. Desde já nosso agradecimento a todos.

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Sobre a polêmica levantada na semana passada, em meio a Finados, acerca de um grupo gaúcho que estaria pedindo R$ 35 mil para tocar um fandango no interior do Rio Grande, não vou me aprofundar.

Primeiro que não sei quem é, e tampouco se é verdadeira a história. Depois, que todos sabem o que penso sobre isso, há anos escrevo sobre a temática por aqui. Por fim, se pediu R$ 35 mil é porque tem culhão: pode e merece.

Vamos para próxima bronca. Qual será?

Boa semana a todos.

sábado, 6 de novembro de 2021

O sopro da vida

 A vida é um sopro. Não muito ainda usei essa afirmação como título de uma postagem. Aí, enfim, quando acontece uma tragédia que atinge uma grande coletividade, paramos para pensar no quão é bom estar vivo e que precisamos, a partir do baque, viver e aproveitar a mesma, afinal, pode vivemos o hoje e pode sequer haver o amanhã.

A vida é um sopro.

Neste contexto me resta lamentar o falecimento da compositora Marília Mendonça. Mesmo não sendo uma artista voltada ao que mais gosto e ouço, obviamente que eu conhecia seu trabalho e também o sucesso que galgou nos últimos anos. Morreu num acidente de avião, indo fazer show, aos 26 anos, com um filho de menos de 2 lhe esperando em casa. Triste e lamentável.

O sopro da vida prega mais uma peça.

Sentimentos aos familiares, amigos, colegas e a sua legião de fãs.

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Novamente me passei e não comentei aqui que o cantor Gustavo Netto, que em agosto deixou os Garotos de Ouro, agora integra o elenco do Grupo Matizes.

Por falar em Matizes, ontem o grupo apresentou seu novo ônibus.

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Escrevo-lhes dos campos dobrados de São Francisco de Paula. Por aqui, apesar de novembro, frio e chuvisqueiro.

Isto é São Chico!

Bom final de semana a todos.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Érico, os 50 e finados

 Li dia desses que fez 50 anos da publicação do último romance do grande e imortal Érico Veríssimo. Já falei por aqui, mais de uma vez, da admiração que tenho pelo magistral escritor nascido em Cruz Alta e  falecido há quase 46 anos.

Seu último livro foi Incidente em Antares, que fala justamente dos mortos que voltam, ou seja os personagens eram mortos-vivos, cujo desenvolver da história traz críticas políticas, sociais e também culturais. Enfim um retrato da sociedade brasileira, eis que uma obra de realismo fantástico para escancarar as mentiras de uma sociedade hipócrita e injusta.

Virou minissérie global em 1994.

Aliás, falando em Érico Veríssimo, na sua obra mais famosa, a saga "O Tempo e o Vento", já trazia o escritor essa relação com finados, principalmente no núcleo da personagem 'Ana Terra' e depois da sua neta 'Bibiana'.

Enfim, falo isso no dia de hoje, finados, sempre lembrando na questão do vento de finados que muito já fiz referência por aqui. O vento de finados está sempre presente, mesmo quando achamos que não notamos ele. Talvez, seja a forma dos nossos entes queridos mostrarem que de alguma forma ainda estão presentes nas nossas vidas.

Cada um acredita no que julga importante, cumpre-me deixar bem claro aqui.

No México, cultua-se o dia de 'los muertos'. O filme "Viva: a vida é uma festa" é um belo exemplo disso e recomendo, mesmo sendo uma animação.

Cada qual com suas crenças e pensamentos.

Sob o vento de finados, brindo os meus que já se foram e deixam saudade; também o grande Érico Verísismo que, mesmo depois de 50 anos, ainda é um dos melhores da história.

Bom feriado a todos.  

sábado, 30 de outubro de 2021

Chasque do fim de outubro

 Chegamos ao final de mais um mês, com a tentativa da humanidade, como um todo, em fazer a vida parecer mais normal a cada novo dia. E a "tentiada" é livre como diz o gaudério, mas sempre com muita responsabilidade, afinal, a pandemia não acabou.

Tampouco a vacina, embora seja de suma importância que seja feita por todos, é cheque em branco para que a uma ideia ilusória de normalidade passe a figurar na cabeça das pessoas.

Mas algumas coisas tem que voltar a acontecer, reconheço, pois a roda precisa girar.

Com cuidado sempre, repiso.

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A pandemia trouxe também oportunidade para muitos "problemas". Vejamos que CTG's e Casas de Baile que remavam para manter programações tradicionais, tem chance clara agora de mudar a rotina, amparados na pandemia como motivo.

Muito local tradicional vai diminuir o ritmo. O que era toda semana passará a ser semana sim, semana não; outros uma vez por mês e por aí vai.

Enfim, não critico. Em CTG, por exemplo, a maioria trabalha "no amor à camiseta" e as novas gerações não estão mais "comprando a briga". As pessoas envelhecem e cansam de lutar por uma causa muitas vezes ingrata, já que nem tudo é perfeito em lugar, inclusive no tradicionalismo. 

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O mesmo vale para bandas e grupos. Já comentei aqui muitos que já estavam aos tropeços simplesmente vão sair de cena, sem muito alarde.

Grupos e bandas tradicionais, com história na música gaúcha e com grandes sucessos gravados. Inclusive, um grande grupo da serra gaúcha, conforme me foi soprado.

Vamos torcer que não aconteça, pois perde muito a música e nossa cultura.

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Acabei me passando e não anunciei aqui o novo guitarrista do grupo Cordiona: Moisés Souza, o Moisézinho. Multi-instrumentista, o rapaz tem uma carreira deste guri e vai acrescentar bastante talento ao grupo musical Cordiona.

Lembrando que o grande Amaro Peres se aposentou dos palcos.

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Passou, também, e não deixei aqui registrado meu lamento pelo falecimento, no último dia 12, de Paulo Morais. Reconhecido empresário do meio musical gaúcho, Morais trabalhou com Os Mateadores, Chiquito e Bordoneio, grupo Rodeio dentre outros. O conheci pessoalmente enquanto empresário do grupo Rodeio. Paulo Morais, que teve um infarto fulminante, recentemente trabalhava com o grupo Som do Sul e o grande nome do momento, o cantor Baitaca.

Nossos sentimentos aos familiares, amigos e colegas músicos.

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Se findou outubro.

Abraço e bom final de semana a todos. 


terça-feira, 26 de outubro de 2021

Há uma década (outubro)

 Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já no ano passado, mas me passei um pouco e acabou ficando para 2021. Pois de agora em diante, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.


Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.

Se bandiamo:


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Outubro: 


Recuerdos (24/10/2011)

A insônia, definitivamente, já faz parte da minha vida. As últimas horas do dia não são mais chamativas ao sono. As primeiras “comerciais” da manhã são. Custo a dormir e não tenho ânimo para levantar. Sinal de que? Não sei. Ansiedade, angústia, incertezas? Talvez. Às primeiras horas da tarde também tem feito de mim um refém do cansaço. Lembro-me que no último baile que toquei, o sono já estava pegando em meio ao baile. Sábado, durante o casamento (por sinal, brilhante!), certa momento achei que não conseguiria ficar muito para a festa. Agora, se eu tivesse em casa estava alerta, certamente. Coisas da vida? Não sei. Da insônia talvez.
Mas, e tem sempre um mas em tudo, por vezes essa insônia nos revela grandes surpresas. Vejam só: ontem a noite, esperando o sono bater, quando vi já estava começando o programa Teledomingo, da RBSTV. Bem, fiquei ali pelo sofá, esperando algum indício de sono para então deitar-me quando, para minha surpresa, a chamada do intervalo mostrou figuras conhecidas de uma terra inconfundível: Cazuza Ferreira. Não meus caros e minhas caras, eu não estava sonhando. Era realmente a velha Cazuza Ferreira, terra de meu pai e onde eu residi por breves dois anos. Bela reportagem. Conduzida com maestria pela repórter Shirley Paravizi (que pelo que sei possui origens por lá), mostrou um passado distante no presente. Embora bastante castigada pelo tempo, Cazuza mantém o ontem como em poucos lugares se vê. Falaram até do cinema. Sim, Cazuza teve cinema! Muito embora eu conviva pouco em Cazuza, neste domingo eu entendi a velha máxima que dita que o bom do tempo é recordar. É recordar.
Estes dias no supermercado em São Chico, deparei-me com um chocolate que há anos não via. A marca depois de tirá-lo do mercado, o trouxeste de volta. Por coincidência meu primo estava lá. Foi ele, aliás, que me mostrara o chocolate. Ali naquele instante, num breve momento de nostalgia, lembrei da velha infância, ainda que nem tão velha assim. Alguns dizem que ficar falando que o passado era melhor que o presente é saudosismo. Eu prefiro dizer que é ter saudade. Não vive quem não sente saudade. A saudade vai fomentando a esperança de um tempo que não pára e não volta. Mas mesmo assim dá saudade. Enfim, encontrei algo de bom na insônia: os recuerdos.

Impressionante a maldade de certos teatinos deste mundo. Impressionante!

***

A velha Cazuza Ferreira segue lá e novos recuerdos se criaram, como a casa da Vozinha - de tantas e tantas férias, que não está mais de pé (infelizmente) para contar sua própria história.

Lembrando que hoje volta a Terça Gaúcha da Lomba Grande: com João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo.

Abraço e boa semana a todos.

sábado, 23 de outubro de 2021

Recomeço: Essência e Lomba

 Pois, enfim, chegou o momento do povo da região metropolitana ter de volta os já tão esperados fandangos. Sim, essa região também gosta de um bom fandango e não haveria de fugir à luta deste resgate.

Veja-se como é a vida. O primeiro baile que toquei, profissionalmente, foi no CTG Essência da Tradição, no bairro Canudos em Novo Hamburgo, no dia 13/04/2007 - se a memória não me trai. 

Quis o destino que o primeiro baile na região do Vale dos Sinos, o recomeço dos fandangos por aqui, seja no glorioso CTG Essência da Tradição. É hoje, sábado dia 23/10, com animação de Moisés Oliveira e grupo Vozes do Campo.

É baile de casa cheia (respeitando, obviamente, os requisitos obrigatórios e necessários).

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Já as Terças Gaúchas da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, o evento mais tradicional do Vale dos Sinos, também volta na próxima semana, dia 26/10, com João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo:



Por enquanto, será um evento por mês (novembro com Os Monarcas; dezembro com Grupo Rodeio). Expectativa é de que a partir de 2022 possa se voltar da forma tradicional.

A expectativa é que a vida, enfim, esteja mais próximo do normal em 2022.

Bom final de semana a todos.


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Ciclos

 Já fiz tantas mudanças na minha vida (sim, mudanças - quer de moradia quanto de local de atuação profissional) que criei a ideia própria que ela é feita de ciclos. E se por um lado isso me deu a chance de renovar e começar de novo algumas vezes, por outro dá a sensação de que, a rigor, eu não consigo criar vínculos duradouros. 

Aí surge o tédio; do tédio ao desalento; do desalento à decepção. Pessoal e profissionalmente.

No quesito moradia, por exemplo, não vai muito meu recorde era 9 anos na mesma cidade, isso em São Chico e ainda assim de forma relativa, já que lá mesmo eu troquei de endereço pelo menos duas vezes (morei, inclusive, cerca de um ano na gloriosa Cazuza Ferreira). Então, o local em que me encontro agora já pode ser considerado recorde: no início do próximo mês fecho 7 anos. Na mesma casa e na mesma cidade. Nunca aconteceu antes.

Na questão profissional não foge muito disso, ainda que eu esteja há uma década no meio atual e, o local físico de atuação, não necessariamente implica na minha forma de trabalhar. Mas dentro dos vários nichos da advocacia, admito que estou num momento que beira a encruzilhada: confesso que ando cansado de dar murro em ponto de faca. Em paralelo, começo a questionar algumas decisões tomadas por mim mesmo, lá atrás, e que vejo agora que não foram as ideais. Na advocacia tem muito do sonho que coaduna com a história da vocação. Ambas podem ser apenas miragem de algo que acaba sendo impossível, já que improvável mudar o sistema enraizado.

Isso tudo para dizer que estou um pouco cansado da minha rotina, particularmente em razão de alguns rumos os quais não dependem do meu total controle. Muitas coisas acontecem apesar da minha atuação, ainda que sempre diligente, e fica parecendo que a culpa sempre recai somente nos ombros do advogado.

Enfim, um momento apenas de cansaço que talvez logo passe.

Nesse ciclo (vicioso ou não) que é minha vida que a meu ver precisa de mutação constante, talvez minha principal meta deva ser, oportunamente, conseguir acalentar o meu coração agoniado. Ou é isso ou provavelmente vou viver de forma cigana uma vida toda o que, convenhamos, também não me trará lucro algum, provavelmente.

Por enquanto, todavia, sigo nesse mar de dúvidas e algumas aflições. Como não devo ser especial, isso deve acontecer com muitos que por aqui frequentam, optei por falar. Quem sabe de alguma forma possa ajudar alguém ou mesmo ser ajudado?

Aguardemos.

Enquanto isso, boa semana a todos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

O novo casamento


Um dia muda o conceito de responsabilidade em nossas vidas. Quando crianças temos a responsabilidade, ainda que intrínseca, de aprender com nossos pais e com o resto do mundo a viver, o que é certo e errado. Em suma, um conceito subjetivo de valor. Na adolescência, ainda que haja uma concepção rebelde aliada ao esclarecimento do que na verdade é o mundo real, há uma continuidade no aprendizado dos valores, na formação do caráter e na ideia do que é a vida mesmo. Já adulto, passamos por um momento de transição da rebeldia para a serenidade. Agora a responsabilidade passa a ser social, inclusive. Passar a andar com as próprias pernas é o primeiro passo, com o perdão da redundância. Constituir uma família creio ser o segundo. Dentro deste, há uma subdivisão na qual uma coisa muito temida vira elo fundamental: o casamento.

O casamento que já foi motivo de glamour, caiu em desgraça e hoje, bem, ainda que não tenha a pompa de outrora, vem resgatando o seu espaço. Vejam pelo meu exemplo: até bem pouco eu abominava inclusive a palavra, achava ultrapassado e tudo mais. Hoje, vivo bem casado e muito feliz. O intróito na verdade foi para dar ensejo ao que vim dizer aqui hoje. Hoje vim falar do meu amigo e compadre Duda (Eduardo) e da minha amiga e comadre Camile. Desde o começo da relação de ambos, prevaleceu o amor nesta relação de alguns bons anos. Hoje a Camile e o Duda contraem o sacramento do matrimônio. 

Será a comunhão de um sentimento recíproco. Algo bem pensado, planejado e decidido. Com projeto (achei até que o Duda nunca ia levar este projeto à execução... hahahaha). De vida, principalmente, mas sem esquecer da celebração e é claro, da festa. O casamento é uma dos pontos, pelo menos para a maioria, mais importantes da nossa vida. Por isso, tem que ser comemorado. E o Duda e a Camile comemorarão; juntamente com os familiares e padrinhos, respeitando as condições de agora.

Já cheguei a sequer cogitar pensar na hipótese de casamento. Entretanto, também passei por este processo de amadurecimento a que me referi, de modo que hoje, posso compreender que o casamento é “apenas” uma consequência de uma relação bem vivida ao lado da pessoa que a gente ama. E assim seguimos firmemente a vida por diante, à procura da tal de felicidade que, a meu ver, está mais próxima de nós sempre quando nos dedicamos à construí-la.

Felicidade aos Noivos!


Com grande satisfação estaremos testemunhando e prestigiando este grandioso acontecimento.

Forte abraço a todos e um ótimo final de semana.

terça-feira, 12 de outubro de 2021

O tempo segue voando

Eis uma publicação que esteve por aqui em 2016. Há cinco anos, pois. Bernardo já tem 6 anos e sabe o que quer. Tem sido assim na atualidade, as crianças cada vez mais desenvolvidas. Já nascem adaptadas aos tempos de agora.

Vejam, por exemplo, ele com seu "cabelo maluco" a caminho da escola:




E o tempo segue passando. E sinto que eu estou ficando para trás.


"O tempo passou - 11/10/2016

Vejam bem como são os dias; amanhã, dia 12 de outubro - feriado em razão da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida - popularmente conhecido como o Dia das Crianças. Não irei aqui traçar qualquer crítica a questão pois não é esse o objeto deste texto de hoje. Venho para falar do tempo. Não sobre as condições meteorológicas diárias, mas sobre a rápida passagem dos dias, culminando em mais um ano que já caminha para o seu final.


Passado o dia das crianças, o comércio já vai se preparar para a data mais importante do ano: o natal. Não chegaremos a novembro sem que o vermelho passe a predominar em supermercados, lojas de rua e shoppings. É criado um novo espírito, de esperança e renovação da vida, de novos dias. Sim, isso ocorre a todo ano e nem sempre a mudança efetivamente aparece, mas temos que manter a fé de que bons ventos possam soprar a nosso favor.

Aliado a tudo isso volto a falar do tempo. Como o tempo tem sido implacável e ligeiro, ultimamente. Com o advento do nascimento do Bernardo, parece que todos os dias passam voando. O Bê já vai para o seu segundo natal e parece que nasceu ontem. Ontem. Mas não foi, o tempo passou e eu não percebi direito.

Parece que não se percebe mais o tempo passando. Ou estou errado? Ou só passa para mim?

Nos tempos de escola ou mesmo no início da faculdade, os anos e depois os semestres parece que nunca chegavam ao seu fim. O fim da faculdade, todavia, poderia ter sido mais devagar. Não foi. Passou. O tempo passou.

As novas tecnologias parecem que contribuem para acelerar a vida. As pessoas já não tem mais paciência para esperar nada, querem tudo "para ontem". Estes dias mesmo alguém brincava que era do tempo da internet discada, quando somente após a meia noite podia navegar na rede com um pouco mais de velocidade. Eu sou desse tempo e sou desses que fica furioso cada vez que a internet cai ou se arrasta.

Mas o tempo, este que mais voa do que corre, esta aí mesmo para trazer novos horizontes e novas expectativas. Temos de nos adaptar. É o jeito. É a solução.

Meu medo, contudo, é piscar o olho e não ver as coisas passarem, como se superficial fosse a vida. Se ela é curta tem de ser vivida; do contrário, o tempo passou e parece que nada valeu a pena".


***

Bom feriado e boa semana a todos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Liberados os fandangos

 O que era dito nas trincheiras se confirmou: chegou outubro o e governo do Estado do Rio Grande do Sul, enfim, liberou a volta dos fandangos por estes pagos.

A informação consta, inclusive, no diário oficial do Estado do dia de hoje.

Ainda haverão de ser respeitadas algumas condições, como por exemplo, a comprovação da vacinação e limitações quanto ao número de pessoas, mas o primeiro passo sem dúvida está dado.

Segundo o Blog do Léo Ribeiro, amigo e patrício:


"Quando for mais de 400 pessoas, também será exigida a testagem para trabalhadores e público, conforme a Nota Informativa Cevs/SES n°14/2021. Em todos eles, é vedada a permanência de clientes em pé durante o consumo de alimentos ou bebidas, inclusive em pista de dança, para evitar contaminação. Eventos com mais de 800 pessoas não estão autorizados neste momento.

“Sabemos que as pessoas estão ansiosas por sair, se divertir, encontrar os amigos. Nossos protocolos são eficazes, sim, mas é preciso colaboração de todos. Reforço: a pandemia não acabou. E, se quisermos manter os índices de internações e hospitalizações baixos, temos de manter os cuidados. É fundamental que os protocolos sejam mantidos”, destacou o governador.

PISTA DE DANÇA

Deve ter:

• Observação dos Protocolos Gerais Obrigatórios, como o uso adequado e permanente de máscara e distanciamento interpessoal mínimo de 1 metro.

• Vedada a permanência de clientes em pé durante o consumo de alimentos ou bebidas, inclusive em pista de dança.

• Apresentação de comprovante de vacinação oficial (Conecte SUS) de acordo com calendário de vacinação estadual para público e trabalhadores (Informe Técnico Cevs/SES nº 16/2021).

• Realização do evento e autorização, conforme número de pessoas (trabalhadores e público) presentes ao mesmo tempo:

- até 400 pessoas: sem necessidade de autorização;

- de 401 a 800 pessoas: autorização do município sede, testagem de identificação do antígeno para trabalhadores/colaboradores e público, conforme Nota Informativa Cevs/SES nº 14/2021".


Feliz pelos muitos amigos músicos que fiz nos tempos de palco que agora poderão voltar exercer essa relevante e sagrada profissão.

Ademais, agora, é tentar conseguir adentrar em alguma bombacha para se bolear até um galpão onde há de haver, com o perdão da redundância, uma cordeona roncando.


Bons bailes e bom final de semana a todos.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Vivemos de fama!

 Vez ou outra acompanho o jornalismo de economia aqui do Rio Grande do Sul. Sei que a maioria sequer dá bola para esse tipo de informação, mas deveria. Aliás, o volume das notícias e também o perfil das mesmas, diz muito do que é o Rio Grande do Sul hoje em dia; e o que o futuro reserva para este estado.

De início, obviamente, não posso deixar de reconhecer que o agronegócio ainda é o carro chefe da economia gaúcha; talvez nunca tenha deixado de ser, ainda que o polo metal mecânico tenha representado ou ainda represente uma parcela significativa do Rio Grande industrial. A indústria coureiro calçadista também teve lá sua importância, que parece ser menor hoje em dia.

Mas a verdade é que quando olhamos a região metropolitana, que é onde se concentra a maior densidade populacional, a situação muda drasticamente e, daí, chego onde quero chegar: a rigor, os investimentos no RS são apenas no setor de comércio e serviços. Apenas e tão somente. No últimos tempos, o que mais se vê é expansão de empresas do comércio de alimentos, chegada destas também oriundas de outros estados, principalmente de Santa Catarina. Na prática, é como se os gaúchos hoje em dia trabalhassem só para comer e beber.

Não sou especialista na área, tampouco estudo mais para entender o significado disso, porém não parece muito sugestivo ao futuro do Rio Grande do Sul uma economia baseada em comércio e serviços, que vê a indústria minguar e suas estruturas virarem cobiça dos grandes varejistas. Ontem mesmo, surgiu a notícia de que antiga área de empresa famosa - a Máquinas Condor, na zona norte de Porto Alegre, virará um shopping com cerca de 300 lojas. Aliás, a zona norte de Porto Alegre, que já foi o berço industrial da cidade, há muito vem se reinventando, sendo socorrida pelo comércio e serviços.

Todavia, até aonde comércio e serviços são efetivamente capazes de movimentar a economia quando a indústria, a rigor, vira mera coadjuvante?

Algum tempo atrás, assustei-me com uma notícia que dava conta que, no mesmo período de tempo, o estado de Santa cataria tinha aberto 20x mais empresas que o Rio Grande do Sul. Isso é sintomático e preocupante.

E é aí que chego ao título deste: vivemos de fama!

O Rio Grande do Sul vive da fama de ter a melhor educação do país quando, sucateada a educação (prova disso é que a Escola do meu filho vai fechar as portas no final deste ano - infelizmente), já não detemos números e estatísticas que sequer nos coloquem perto do topo. O Rio Grande do Sul vive da fama de ser o estado mais politizado do país, quando algum tempo não conseguimos eleger governadores progressistas ou que, ao menos, consigam apresentar algo de construtivo sem vender patrimônio, aumentar impostos e privatizar empresas públicas (não estou entrando no mérito de concordância, pois em alguns casos sou favorável e noutros não). O Rio Grande do Sul vive da fama de sociedade civilizada, quando a prática e mesmo a criminalidade talvez não mostre bem isso. E por aí vai.

Enfim, talvez tenhamos de descer do pedestal, entender que de fama não se vive e efetivamente entender que precisamos resgatar a tal virtude que falei na última manifestação por aqui. Afinal, é para frente que se anda e que se deve olhar.

Setembro também é um mês pertinente para dizer disso que ora trago.

E findou setembro. Boa semana a todos.


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Viva a nossa Virtude!

 O levante republicano gaúcho, independente do resultado na nossa Revolução Farrapa, que para mim foi vitorioso, se dera em razão do arrocho submetido pelo Império em desfavor da província, quer no campo político como também no econômico.

Em não detendo outra alternativa, os Gaúchos declararam a revolução e surgiu então a República Riograndense.

Povo de virtude!

Guardadas as devidas proporções, obviamente, vivenciamos agora algo parecido, com o Rio Grande do Sul vivendo tempos sombrios, tendo dinheiro a receber da União e mesmo assim, pedindo esmola para pagar dívidas ou deixar de pagá-las. Não estou com isso isentando a culpa do atual governo do estado ou dos seus anteriores (*tampouco fingindo desconhecer episódios lamentáveis da Revolução Farroupilha que também nos envergonham). 

Mas faz tempo que vivemos tempos de submissão!


Onde anda a virtude dos nossos políticos?


Onde anda a virtude do nosso povo atual?


A Revolução Farroupilha, o nosso 20 de setembro - hoje comemorado com galhardia, deve servir sim de estímulo e de obrigação para que levantemos novamente a bandeira da virtude, da indignação; para que façamos o nosso brio falar mais forte.


Afinal, somos Gaúchos! Nunca estaremos mortos enquanto pelearmos.


Então, que sigamos à peleia!


Viva a Revolução Farroupilha!
Viva o 20 de Setembro!
Viva o Rio Grande!


Viva a nossa virtude!


Publicado originalmente em 20 de setembro de 2017, e muito atual.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Morre Iedo Silva

 Quisera tristemente o destino que, no Dia do Gaiteiro - 15 de setembro, tenhamos perdido um dos grandes expoentes deste sagrado instrumento: Iedo Silva.




Com 45 anos de serviços prestados a nossa música e tradição, cuja gaita e voz imortalizou sucessos como "Ala-Pucha", "Chiquita", "Me Comparando ao Rio Grande" e "Pampa na Garupa", o grande Iedo não resistiu a essa doença maldita que assolou o mundo, contraída após uma cirurgia realizada a poucos dias.

Fundador do grupo Os Farrapos, que lhe acompanhou por muitos anos, Iedo marcou também sua trajetória acompanhando José Mendes, até pouco tempo antes do acidente que ceifou a vida do famoso cantor.

Em uma semana triste para a música e a nossa tradição, semana farroupilha ainda por cima, se vai mais um esteio da nossa cultura.

Nossos sentimentos aos familiares, amigos, fãs e todo o Rio Grande enlutado.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Morre Airton Machado

 Lamentavelmente, cumpre-nos informar aqui o falecimento de Airton Machado, gaiteiro, cantor e proprietário do grupo Garotos de Ouro.

Airton não resistiu aos ferimentos, após um gravíssimo acidente envolvendo o ônibus do conjunto, na BR 282, em Santa Catarina. Também estava no ônibus sua esposa, mas informações de momento dão conta que somente Airton faleceu.

Natural de Cruz Alta, então Os Garotos de Ouro foi fundado há 45 anos, pelos irmãos Airton, Amilton e Ivonir. Com uma nova proposta musical, bailável e revolucionária, o grupo logo se tornou referência e está na história da música gaúcha como um dos maiores conjuntos musicais de todos os tempos.

Na década de 1990, Amilton deixou o grupo, seguindo com Airton e Ivonir. Depois, por volta do ano de 2006, Ivonir Machado investiu na sua carreira solo, permanecendo com Airton a banda. Por muito tempo somente na administração, Airton passou a voltar aos palcos, vez ou outra, com a retomada da trajetória fandangueira do conjunto. Durante as lives, desde o começo da pandemia, retornou em definitivo.   

Após apresentação em São Joaquim, viajava no ônibus juntamente com sua esposa e  haveria tido problemas nos freios do veículo. Restante dos músicos e produção estariam viajando em veículos próprios.

Airton Machado tinha 62 anos (completaria 63, na próxima quarta-feira - dia 15/09).



Um grande músico, fomentador da nossa cultura gaúcha.


Meus sentimentos à família, amigos e à cultura gaúcha por esta grande perda.


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No sábado, também perdemos o grande poeta e compositor JOÃO PANTALEÃO GONÇALVES LEITE, aos 77 anos.

Pantaleão é compositor de grandes sucessos, como "Bugio da Fronteira", "Sonhando na Vaneira", "Gineteando um Temporal". Venceu o 9º Ronco do Bugio, em 1994, em parceria com Pedro Neves, com a musica "Marca do Pago"; sucesso do grupo Candieiro e recentemente regravada pelo grupo Som do Sul.

Sentimentos à família, amigos e à cultura gaúcha por esta também grande perda.

  

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Há uma década (setembro)

 Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já no ano passado, mas me passei um pouco e acabou ficando para 2021. Pois de agora em diante, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.


Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.

Se bandiamo:


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Setembro: 


Pátria amada? (12/09/2011)

Percebe-se que não dei muito destaque às festividades da independência do Brasil, para não dizer que apenas mencionei. Considerando, entretanto, que mantenho posicionamento favorável acerca da República Rio Grandense e, portanto, acabo tornando-me um indiferente para as coisas do Brasil (no que tange às comemorações, tão somente), até que mencionar já deve ser considerado louvável. Louvável nestas circunstâncias, logicamente, mas não respeitável. Não, meu posicionamento é indigno. Muito embora eu carregue comigo este ideal separatista, sou brasileiro nato e, dessa forma, deveria respeitar o simbolismo da data. O que me conforta é que há coisas piores. Muito piores, aliás. Senão vejamos:
Assistindo o começo de um telejornal noturno, o último da noite, não fora feita menção alguma acerca dos festejos da pátria. Não bastasse isso, ainda se deu um destaque tamanho a “comemoração” do decênio do ataque às torres gêmeas em Nova York, que um dos apresentadores fora enviado para a cidade. De fato, o problema dos outros é o nosso problema. O que é teu é melhor do que é meu. Vocês sabem o que significa o dia da independência para os norte americanos? Pois é. Semelhante o significado do 20 de Setembro para nós gaúchos. Com menos pompa e glamour é claro. É, pelo que se vê copiamos só o que não presta mesmo.

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Preconceito é realmente algo que jamais será abolido pela humanidade. Somos mesquinhos, arrogantes, prepotentes e contumazes. O que ninguém fala, é que muitas vezes o preconceito é recíproco, ou seja, tanto de quem pratica quanto de quem recebe. Ora, quantas vezes você passa por uma situação em que a pessoa que está na sua frente simplesmente não o cumprimenta? Você não fez nada para ela, não está nem aí para ela, mas, por cordialidade, diria um bom dia ou boa tarde talvez. O talvez serviria tanto para um branco, negro, amarelo, pardo, índio enfim. É da opção de cada um. Você não precisa ter vontade de cumprimentar o outro. Vai da intensidade da gentileza pessoal no dia. Mas, e sempre tem um mas em tudo, o diferente (sim, nesta altura do campeonato ele já se considera diferente por conta própria) neste exato momento taxa você como preconceituoso. A partir de então ele se transforma em mártir, perseguido e, quiçá, a caminho da santidade.
Não vou me alongar, até porque é possível que alguns não entendam e, pasmem, me chamem de preconceituoso. Não sem antes afirmar que, na maioria das vezes, o preconceito quem exerce é a sedizente vítima.

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Não sei se na minha história de vida o ano de dois mil e onze está taxado como “de mudança”, mas que as coisas tem dado reviravoltas isso tem. De qualquer forma, estou feliz por ter tido o discernimento necessário para conduzir estas mudanças de forma pacífica. Admito, todavia, que não tem sido fácil. Quando a gente de apega a algumas coisas ($) fica mais difícil. Agora, o final não seria tão mais agradável se as coisas viessem de mão beijada, não acham? Sigo na peleia, como um bom gaúcho. Lutar que, aliás, é a marca do Campeiro.

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Que este dia da independência sirva para, efetivamente, reforçarmos os ideais da democracia; tão cara ao povo brasileiro.

Boa semana a todos.