sábado, 31 de dezembro de 2022

Coragem!

 Li uma passagem dum autor que fazia algum tempo que não ouvia falar. O mundo singelo tem nos feito esquecer de grandes pensadores e seus legados; legados estes que os de hoje não mais constroem.

Um pensador. O melhor de tudo é que é gente nossa.

Pois, Guimarães Rosa assim definiu a vida. Não somente a dele, mas as nossas:


"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem"


Pois bem: que em 2023 não nos falte... coragem!

Coragem para fazer de 2023 o ano de nossas vidas.

Se a vida é capaz de sempre nos propiciar um novo recomeço, que saibamos aproveitar dessa nova oportunidade que surge.

Muita coragem.

Um feliz 2023!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Mari e as luzes de natal

 Passei e entender com o passar do tempo que o aniversário da Mariana, minha doce esposa, era bem mais do que a data representa ou mesmo em face da sua relação com o natal. Ora, como já bem disse aqui, além de ser na véspera da véspera de natal, o popular hoje, arrima-se o fato de que a Mari é apaixonada pelo natal e sua simbologia. Penso que a nossa morada se destaca além do condomínio em que vivemos, mas também no que se refere à rua, quiçá o bairro. Está sempre bem enfeitada à época do ano.

E o que se destacam ainda mais são as luzes. Mariana gosta muito das luzes e da luz de natal. Passou isso pro Bernardo que teve que enfeitar a casa da Bisa.

Veja-se que neste ano, a sempre esperada campanha publicitária do Grupo Zaffari, coisa nossa aqui mas que se destaca no país inteiro, fala das luzes de natal.

Lembrei logo da Mariana:



O natal é das luzes, da iluminação, da família e do amor. 


É o que importa. Estar imbuído do verdadeiro sentimento de natal. Com Jesus, com Papai Noel, com presentes, enfim; e o mais importante, permitam-me reprisar: em família sempre!



Parabéns, Mariana!
Felicidade, saúde e sucesso sempre! Bernardo, Rocky, Mel e Eu te amamos!

Um Feliz Natal a todos vocês, repleto de amor, esperança e união!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Há uma década (dezembro)

 Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já em 2020, mas acabou ficando para 2021. Fez sucesso e seguirá em 2022. Assim, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.



Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.


Se bandiamo:


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Haverá o amanhã? (Sexta-Feira, 21/12/2012)

Enquanto vocês lêem este texto que vos escrevo, é possível que cataclismas possam estar acontecendo, ou em aquecimento, para - enfim - dar cabo a este mundéu em que vivemos até então. Posso dizer que a humanidade aproveitou bem este tempo por aqui, escrevemos a nossa história, aproveitamos a vida: nascemos, crescemos, amamos, criamos, inventamos, destruímos e morremos. O tempo pode até ter parecido ser curto, mas acreditem, não foi. Há sim, quem soube aproveitar cada segundo daquilo que lhe foi proporcionado e viveu: intensamente. Os demais, em que pese possam achar que pouco aproveitaram, na verdade, não souberam enxergar que aquilo que a vida lhe proporcionou deveria ter servido de fonte para o alcance do sucesso e, se esse não foi alcançado, foi por sua total falta de competência. É, o mundo vai acabar, certo? Lógico que não! Apenas fiz uma breve brincadeira acerca dos fatos, quer dizer, das supostas previsões do povo Maia que, objetivamente, não, previram fim do mundo.
Mas nem todo mundo pensa assim. Por isso, volto um pouco no tempo e relembro um texto aqui escrito, ainda em março deste ano corrente:

"Minha doce e amada São Francisco de Paula, aonde nasci a pouco menos de um quarto de século atrás, esta no noticiário nacional. Não por causa de suas belezas naturais, a saber – infindas, mas pelo seu prefeito, Dr. Décio Antônio Colla, que nos últimos dias tem dado inúmeras entrevistas acerca de um possível “fim do mundo”. Segundo o prefeito, em breve tsunamis irão atingir a costa do nosso litoral, ocasionando o fim das nossas praias em virtude de ondas de mais de 120 de altura. Ademais, Colla incita os moradores da cidade a passarem a estocar comida, água e outras utilidades capazes de “garantir” a nossa sobrevivência por algum tempo. Bueno, depois de uma breve explanação dos fatos, sinceramente, não sei bem o que dizer. Mas vamos lá...
Primeiramente, nunca dei muita atenção a este tipo de história, de que o mundo ia acabar e tudo mais. Mesmo esta profecia do povo Maia não me chama muito a atenção. Isso, porque o que se diz mesmo é que o calendário Maia, por um motivo desconhecido, acaba, mas não que o mundo vá tomar o mesmo destino. No entanto, passei a pensar um pouco nisso depois que ouvi a “Profecia do Pampa” (como estão tratando o tema na internet). Conheço pessoalmente o Dr. Colla, já estive na sua casa e participei (ainda que pouco) das suas duas últimas campanhas a prefeito. Colla sempre se mostrou uma pessoa ponderada, com foco no desenvolvimento da cidade e do povo. Afora algumas manifestações de cunho religioso/espiritual, nunca vi o mesmo se posicionando de uma forma “trágica” como esta. O mesmo chega a cogitar que um ‘médium’ deixou Araranguá/SC migrando à São Chico, fins de fugir da catástrofe, e que outras pessoas estavam tomando o mesmo destino.
Quem me acompanha semanalmente por aqui, sabe que sou bastante cético quanto estas bobagens que surgem por aí. Todavia, neste caso específico, passei a pensar nas palavras do prefeito assim que as li no Correio do Povo. Agora, tomou proporções nacionais através do noticiário televisivo. A nossa imaginação vai além quando lembramos das últimas catástrofes naturais que atingiram tanto oriente, quanto ocidente. Depois, se coadunam a realidade local, quando ruas de Novo Hamburgo alagaram de forma repentina, ruas onde isso nunca ocorreu, ou então em Porto Alegre onde isso ainda persiste neste momento. Com toda uma vida ainda pela frente, tendo a pensar que isso tudo não passa de uma baboseira para autopromoção, como li em um comentário de um site. Mas e se for verdade? Afinal, será mesmo o fim dos tempos?

Só o tempo é capaz de nos dar a resposta." ( Fim dos tempos? - 14/03/2012)


Denota-se que hoje, a mercê desta fatídica data, nos vemos finalmente às vistas daquilo que afinal poderia decretar o fim da humanidade. Mas afinal, o que nos leva a imaginar que de fato tudo isso terá um fim? Não sei! Só sei que, por via das dúvidas, este texto foi escrito ainda na quinta-feira, 20, de modo a garantir que, pelo menos, um último texto seria escrito. Mas porque se eu não acredito? Dizem que o prevenido morreu de velho... ou não? Hehehehehe. Vai que o mundo acabe mesmo. Então, aí não haverá o amanhã...

Abraço e um bom final de semana a todos.


PS.: Se este for o último texto mesmo, quero que saibam que foi um prazer estar aqui juntamente com vocês, durante todo este tempo (hahahahahaha).

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Confesso-lhes que já não mais me recordo qual era o fenômeno apocalíptico prometido para aquela oportunidade. Contudo, muito além dum evento específico, as vezes me questiono se estamos evoluindo enquanto raça humana ou se dirigindo ao fim. Talvez a coisa esteja acontecendo aos poucos e sem cerimônia.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Lucena e a Tropa

 O grande gaiteiro, cantor, compositor e (pra sorte minha) amigo Rodrigo Lucena é um dos tantos ilustres filhos de São Francisco de Paula, berço abençoado de grandes músicos a serviço da música e da cultura gaúcha. Além do mais é professor de acordeon e pelas suas aulas passaram nomes que já despontam e ainda despontarão em prol desse sagrado instrumento que detém particular relação com este Estado.

Escreveu um legado fandangueiro, sendo integrante de grupos com história, como Os Mirins, Os Tiranos, Surungaço, Origens e Tchê Moçada, dentre outros.

Na primeira prateleira dos artistas consagrados do nosso gauchismo, Lucena é autor de clássicos tal qual "Cá No Fim do Mundo", já regravada por tantos e tantos grupos, e na sua voz temos alguns sucessos que marcaram e marcam época. Como não falar, por exemplo, de "Zaino dos Cinco Salsos" com Os Mirins, além de ser voz original de "Cantando o Rio Grande" e o mega sucesso "Gaúchos do Litoral", estes com Os Tiranos.

Antes de se dedicar somente às aulas de gaita, o professor Rodrigo Lucena foi integrante do grupo Tchê Moçada, um timaço de músicos da região que despertava a admiração de todos nós que militávamos na arte fandangueira naquele momento.

Pois, da mente privilegiada do Márcio Rosa, gaiteiro e dono dos grupos Tchê Moçada, Tertúlia Gaúcha e outros, surgiu a ideia do projeto "Tropa Véia", que visa juntar antigos integrantes destes grupos, para uma reunião fandangueira, com muita música e história em cima do palco mais uma vez.

E chegou o momento de vermos e ouvirmos Rodrigo Lucena com esta turma boa, para também poder dançar e matar a saudade de um repertório que é a pura essência da música fandangueira que este Rio Grande já produziu:


Eu não tenho dúvidas de que todos os caminhos nos levam à Sapiranga. E que este será um daqueles momentos memoráveis que somente a música pode proporcionar.

Sucesso sempre Rodrigo Lucena e tomara que esta história de "matar a saudade do palco" aconteça mais vezes.


Abraço ao Lucena, ao Márcio e aos amigos do sempre marcante Tchê Moçada.

Um bom baile a todos e um belo final de semana. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Campeando Vanera

 O disco Campeirismo 12 é mais um brinde de João Luiz Corrêa à música fandangueira gaúcha. Um dos maiores empreendedores do gauchismo, João Luiz inova trazendo produtos da mais variada gama em suas redes sociais, fixando sua marca com galhardia, mas não deixa para trás uma tradição que por muito tempo moveu a renovação da música nativa e fandangueira: o disco.

E em tempos de modernidade em que sequer os carros tem mais rádio para tocar um bom CD de música gaúcha de verdade, louvável a coragem e a dedicação de João Luiz Corrêa em seguir firme, sem jamais renegar suas origens.

O disco Campeirismo 12 tem quinze músicas inéditas, percorrendo os ritmos baileiros que compõe um bom fandango gaúcho.

Destaque para a música "Campeando Vanera", que abre o disco e é a marca de trabalho do álbum.

É daqueles discos que não pode faltar no rancho daquele que aprecia o que tem de melhor na nossa cultura baileira.



Sucesso ao João Luiz Corrêa e ao grupo Campeirismo.

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E é com o próprio João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo que a Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, em Novo Hamburgo, encerra com chave de ouro seu ano de retomada das atividades.

É hoje a super terça gaúcha que, como de costume, começa com aquela bóia de fundamento na janta e segue com o fandango.

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Por falar em disco novo na praça, aqui também a minha reverência a uma dupla com talento e qualidade que muito empresta cultura e música boa à nossa tradição: Paquito & Jóia.

No Olhar da Alma é uma bela composição que já está disponível também nas plataformas digitais.



Destaque também, para este vos escreve, a marca "Chimarroneando".

A sensibilidade da música de qualidade de Paquito & Jóia está impressa neste novo disco.

Sucesso!

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Em breve nova marca de Volnei Gomes & grupo Cantando o Rio Grande.

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No projeto "Tropa Véia", no próximo sábado sobe ao palco o grande Rodrigo Lucena juntamente com integrantes do Tchê Moçada.

Será na sociedade 30 de Novembro, em Sapiranga.

Imperdível!

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Se foi o Brasil com corda e tudo.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Discografia

 De todas as tecnologias de hoje em dia, a que reproduz música é certamente a que eu mais gosto. Plataformas digitais de onde se pode recordar, reviver, ouvir e reouvir discografias maravilhosas de grupos, bandas, cantores, cantoras. Enfim.

No que compete a música gaúcha, praticamente o universo de discos e cd's gravados dentre os anos de 1980, 1990 e até a primeira década dos anos 2000 estão ali, para que ninguém passe vontade.

E tem trabalhos de envergadura. Parte da história da nossa música felizmente está ali.

Aí chegamos aos dias atuais, em que quase mais ninguém faz e lança disco. As vezes uma música aqui outra acolá, sempre em trabalhos promocionais individuais.

Os discos de quem ainda se aventura a lançar ainda tem tido um percalço de qualidade de repertório. Nossa música regional parece que coloca obstáculo na renovação de nomes, muitas vezes. Autores e compositores.

Em suma, pode ser uma perspectiva somente minha. Ou não.

Mas é pena que as discografias dos nossos artistas não mantém mais a mesma eficácia de antes.

Temos modernos e superficiais. Fazer o quê...

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Na contramão disso tudo, João Luiz Corrêa está lançando o disco "Campeirismo 12".

Falaremos desse trabalho nas próximas postagens por aqui.

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No sábado tem Tchê Garotos na cidade de Jaquirana, fazendo show em alusão ao aniversário do município.

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Também no sábado, no CTG Sentinela da Tradição em Igrejinha, tem baile com Moisés Oliveira & grupo Vozes do Campo.

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No CTG Sentinela do Pago (sábado) tem jantar baile de formatura de curso de danças com o grupo Crioulaço.

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No CTG Domadores do Rincão, em Sapucaia do Sul, tem domingueira com o grupo Manotaço.

Já no lendário 35 CTG, em Porto Alegre, a domingueira é com Os Serranos.

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O gaiteiro Gabriel Pereira está deixando o grupo Os Matadores para tocar projeto pessoal.

Em breve aqui, o novo gaiteiro do grupo de Santiago.

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O encerramento anual da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande é na próxima terça-feira (13). Janta e fandango com animação de João Luiz Corrêa e grupo Campeirismo.

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Notícia triste foi o falecimento repentino, ontem, de João Kadela. Cantor e músico irreverente que por muito tempo levou a sua música de alegria junto ao seu grupo Canil.

Sentimentos aos familiares e amigos.

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40 anos do Xis da Dona Laura, em São Francisco de Paula. Tem tanta história pra contar, inclusive algumas minhas, que merece aqui a minha reverência!

Afora que não tem xis galinha no mundo que consiga superar o da Dona Laura.

Sucesso (ainda mais) e vida longa!


Vos escrevo de São Chico e por aqui, apesar da serra, também padeço do calor furioso.

Abraço e bom final de semana.

sábado, 3 de dezembro de 2022

Tempo de Rodeio

 Não é porque o final do ano se aproxima que a gauchada pensa somente em natal e festa da virada. Por aqui ainda é tempo de rodeio e não faltarão ginetes e amantes do laço para atirarem as cordas e fazerem levantar o poeirão deste Rio Grande. 

Na Balança, em São Chico, tem o 37º Rodeio Estadual, com provas campeiras.

Na parte musical, bailes com Bailaço e JJSV.

E no Vale dos Sinos, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, também na sua 37ª edição, tem o Rodeio Estadual da entidade. Provas artísticas e campeiras.

Bailes com Sina Fandangueira.

É tempo de rodeio.

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No dia 04, no CTG Serigote em Estância Velha, tem domingueira com Os Serranos.

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Para quem gosta de sertanejo das antigas, o cantor Amado Batista faz shows em Morro Reuter e São Leopoldo.

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No Desgarrados da Querência, em Sapiranga, hoje, tem jantar baile com Moisés Oliveira & Vozes do Campo.

O fandango será nas dependências da Sociedade 19 de Julho, no Centro da cidade.

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Chove ou não chove?

Bom final de semana a todos.