sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Vamos ao Ronco

Há cerca de doze anos uma parceria musical se alinhava para buscar classificar uma música no Ronco do Bugio. Por isso é que agora muito me envaidece a notícia que "MARCAS DO TEMPO", composição minha em parceria com meu grande amigo, irmão e compadre CIRILO BARCELOS estará na 27ª edição do Ronco do Bugio, em São Francisco de Paula.

Ao longo dos anos buscamos, cada qual, novos horizontes, mas aquele ímpeto de voltar ao palco do CTG Rodeio Serrano para cantar com a nossa gente, no Ronco, nunca morreu. Com o tempo amadurecemos o trabalho para o fim de chegar neste momento.

Dia 14 de setembro estaremos no palco do Ronco do Bugio para defender "Marcas do Tempo". Com o animo de doze anos atrás, mas alguns cabelos brancos já entregando a idade.

O gosto pela tradição e o cultivar do ritmo mais autêntico do Rio Grande permanecem irretocáveis e o peso da história de quase três décadas de festival recaem sobre os nossos ombros. E que assim seja num pontear de violão e num roncar da baixaria da gaita.



BUGIOS CLASSIFICADOS

Fase Local - Sexta-feira - 14 de setembro - 19h30


1. GAITEIRO SERRANO
Letra: Gonzaga Manique
Melodia: Gonzaga Manique

2. GURIA SERRANA
Letra: Jorge Pinalli
Melodia: Jorge F Pinalli

3. LAMENTO DO BUGIO
Letra: Laura Reis Machado
Melodia: Mateus Reis Machado/Diego Buchebuan


4. MARCAS DO TEMPO
Letra: Bruno Costa
Melodia: Bruno Costa/Cirilo Barcellos


5. QUERÊNCIA ABENÇOADA
Letra: Jardel Borba
Melodia: Jardel Borba

6. REPONTANDO A TRADIÇÃO
Letra: Valdir de Oliveira
Melodia: Valdir de Oliveira

7. RONCA ALTO, BUGIO!
Letra: Paulo Ricardo Costa /Luis Fernando da Silva.
Melodia: Luis Fernando da Silva/Jardel Borba/Rogério Damasceno.

8. SERRANO PACHOLA
Letra: Eriam Fogaça/Emílio Fogaça
Melodia: Eriam Fogaça/Emilio Fogaça


Fase Geral – Sábado - 15 de setembro - 19h30


1. A ALMA DA GAITA
Letra: Silvio Carvalho
Melodia: Vani Vieira/Henrique Bagesteiro Fan

2. CANDINHO, DE HERÓI A BANDIDO
Letra: Ivo Ladislau/Mário Tressoldi/Chico Saga
Melodia: Mário Tressoldi/Chico Saga

3. DE CORPO MOLE
Letra: Arabí Rodrigues/José Luiz dos Santos
Melodia: Rodrigo Pires

4. ESPORAS CASTELHANAS
Letra: José Melo/Cristiano Medeiros/Adriano Medeiros.
Melodia: Alex Moraes/Fábio Antunes/Daniel silva.

5. O CANCIONEIRO PARTIU
Letra: Paulo Trentin
Melodia: Lucas Ferreira

6. O GAITEIRO É O MAESTRO CAMPEIRO
Letra: Érlon Péricles
Melodia: Érlon Péricles

7. OS BUGIOS DE SÃO CHICO
Letra: Émerson Martins
Melodia: Jairo Martins/Émerson Martins

8. ONDE RONCAM BUGIOS
Letra: José Claro
Melodia: José Claro/Gabriel Claro

9. QUEM NÃO GOSTA DE BUGIO
Letra: Marco Antônio Soares
Melodia: Cicero Fontoura

10. SUA LEMBRANÇA AO CLAREAR MADRUGADAS!
Letra: Daniel Silva
Melodia: Jones Andrei Vieira

***

Contamos com o apoio de São Chico!

Bom final de semana a todos.
Forte abraço.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Paixão Côrtes, uma lenda!



O Rio Grande perdeu hoje uma das suas maiores legendas da história gaúcha: João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes. Historiador, folclorista, compositor, cantor. Enfim, perdeu o Brasil um ícone de sua cultura, que ia muito além de ter servido de modelo à estátua do Laçador.

Dizia sempre que "a cidade vai mal quando o campo vai mal". Uma verdade que poucos reconhecem.

No dia que completou 80 anos, participamos juntos de um programa de rádio em Novo Hamburgo, ele por telefone. Detinha uma sensibilidade e uma lucidez para com os assuntos referentes à tradição impressionante. 

Ficamos aqui órfãos de sua figura representativa, mas os seus serviços prestados ao nosso povo serão eternos.

Obrigado!

Nosso sentimento e solidariedade aos familiares e amigos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Feliz Aniversário, Bernardo!

Hoje é o dia mais importante do ano, como bem definiu a Mamãe. 

Hoje é o aniversário do BERNARDO, o BÊ (o "Binado" como ele se apresenta).

Há 3 anos o moço dos sorrisos mais lindos nos deu sentido à vida e nos fez, enfim, descobrir o verdadeiro significado de felicidade.

Parabéns, meu amado BERNARDO. Que tu sigas feliz, alegre e nunca perca esse sorriso que nos encanta a cada novo dia.

Nós Te Amamos!

Mamãe e Papai.





Tu és a razão do nosso viver!

Bom final de semana a todos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Enfim, começou...

Falo-lhes do movimento gaudério em torno do mês farroupilha. Digo isso por acompanhar a agenda de grupos, CTG's, salões e a imprensa vinculada, que já vem mostrando que os fandangos estão começando a pegar preço.

E óbvio que isso é importante e interessante. Mas, me desanima o fato de que a maioria dos grupo tem agenda cheia nesse período e depois vive minguando atrás de uma data ou outra, para poder angariar uns trocos.

O mesmo vale para os CTG's, que não cumprem o seu papel cultural como outrora, e não digo só em bailes, mas em invernadas artísticas e outros eventos que visem promover a tradição e também a história da entidade. Enfim, cada um sabe o que pode e o que precisa fazer.

E que novos e melhores dias possam surgir para todos.

***

Mês que vem teremos Ronco do Bugio, em São Chico. Ao menos os festivais seguem, aos poucos, recuperando seus tempos de outrora.

***

E por hoje o que não era muito se acabou.

Que tenhamos todos um ótimo final de semana.

Abraço!

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Eleição do quem sabe

O título desta postagem seria, a bem da verdade "caça votos" a despeito do período eleitoral que se avizinha, nos próximos dias, e que ficará em evidência até novembro, a julgar o segundo turno. Mas, por alguma razão, acredito que até os candidatos estão meio que constrangidos em pedir voto, a ponto de aparecer propaganda só com número, nome e slogan. Podem apostar.

Então, talvez o termo "eleição do quem sabe" se aproxima mais do que veremos. Quem sabe se fizer isso, aquilo melhora. Ou, talvez, quem sabe se eu prometer aquilo o povo me odeia menos. É pouquíssimo amor e muito ódio. Mas muito. O povo brasileiro está com ódio da nossa classe política e, respinga na própria, o que nunca é bom.

Vejam bem que até a eleição municipal passada, as convenções eram no final de junho, começando a campanha dias depois, sendo que a esta altura já havia horário eleitoral pago (ahh, você acredita mesmo que é de graça?) para importunar a vida da gente.

E cá estamos em meados de agosto, sem que a rigor, tenhamos uma movimentação eleitoreira mais eloquente. Pois com a falta de grana, seria um favor para o país que a eleição não tomasse mais do que um mês do precioso tempo da gente.

Mas...

Ouso dizer que daqui há um mês a coisa começa a criar barulho, a ponto do povo escutar. Se vai ter grito ou sussurro ao final, bom, daí quem viver verá.

Ou não.

Boa semana a todos!

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Pra não dizer que não falei...

... de política!! Apesar de cada vez mais timidamente, a verdade é que a política brasileira (ou o que deveria ser) vive. Respira por aparelhos, já teve seus maiores dias de glória, mas ainda permite com que nós, os cidadãos, possamos participar ativamente das decisões do país a partir daqueles que elegemos para nos representar.

Logo, não há outra realidade senão esta: somos nós, eleitores, os principais responsáveis pelo que acontece hoje. Fomos nós que colocamos os que lá estão e relegamos a responsabilidade de cuidado do galinheiro às raposas.

 Não gostar e, principalmente, não falar de política têm seu preço. Como bem diz o adágio popular, não existe almoço grátis! 

Precisamos entender isso.

Assim como é necessário para de acreditar em conte de fadas e na ilusória ideia de que existe um Salvador da Pátria. Por aqui, somente uma vez: Sassá Mutema. E era um personagem de ficção.

Falarei mais de política, provavelmente.

Por enquanto, só sei que nada sei. Tem candidato preso, outro santo do pau oco, outro que não sei se é louco ou não, e quase todos que, a bem da verdade, sequer sabem realmente do que o país precisa. Mas, não vamos achar que a coisa a nível estadual é muito diferente. Chegamos ao pernicioso nível que as farinhas são tudo do mesmo saco.

Então, saibamos aguardar para ver. E ver para crer. 

Se é que isso é realmente possível.

Boa semana a todos!

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A vida segue

Exatamente hoje, 03 de agosto, completa-se 22 anos que deixei São Chico no rumo de Novo Hamburgo e dali ainda cruzei por alguns lugares, entre idas e vindas. Menos para São Chico. Apesar de por um breve período ter retomado uma relação mais próximo, em razão de compromissos profissionais, a verdade é que nunca voltei a morar em São Chico. Já sonhei mais com isso e hoje não consigo pensar bem como seria.

Haverá de ocorrer um dia. Mas não agora.

Relembro do que escrevi há dois anos, quando duas décadas se fizeram marca na minha vida.

E o tempo passa e a gente não aprende a aproveitar certos momentos. Ou eu não aprendo, enfim:

***

"ACABRUNHADO, MAS SEGUINDO A VIDA


Me parece que era um belo sábado de sol, há exatos 20 (vinte) anos. Naquele dia subi no ônibus e fiz o caminho definitivo para a minha nova morada: deixava a minha São Francisco de Paula para desbravar outra querência, Novo Hamburgo.

Não posso, contudo, dizer que deixei São Chico triste. Triste lá ficaram os que eu deixei e lamentaram a minha partida. Principalmente os avós. Não, eu não estava triste, afinal, como um guri que era, imaginava uma nova vida e que eu seria muito "mais importante" se eu passasse a referir que morava numa cidade grande e não no meu pequeno berço de origem.

Pouco tempo depois, e garanto que não demorou muito, a saudade de casa, a minha verdadeira, começou a bater. Desde então, passados exatos 20 (vinte) anos, não tem um dia sequer que eu não deixe de lembrar que no dia 3 de agosto de 1996 eu saía de São Chico vindo embora para Novo Hamburgo.

Nostalgia não é uma palavra que eu possa usar com garbo entono neste momento, afinal, em Novo Hamburgo, de fato, fixei minha vida, conheci a minha esposa e foi onde nasceu o meu filho. Devo bastante coisa, portanto, para Novo Hamburgo. Tanto que aqui fixei residência e me estabeleci profissionalmente.

Com o tempo, parei de culpar o mês de agosto pela minha saída de São Chico. Muita coisa boa aconteceu em agosto: o mês da minha formatura, o mês do meu casamento o mês que nasceu o Bernardo, o maior presente que a vida me deu até este momento que vos escrevo. 

Com este mesmo tempo aprendi que a vida é assim mesmo. Um perde e ganha a cada dia que passa. Não se pode, ao fim e ao cabo, querer ser dono de tudo. Perdi uma relação enraizada com São Francisco de Paula, mas ganhei uma família linda, outros tantos amigos e pessoas que me respeitam e me querem bem.

A bem da verdade, nunca deixarei São Chico. Aquilo é parte de mim e sempre será. Quando posso apruma as malas, encilho o pingo (o moderno, aquele com motor e quatro rodas - risos) e boleio a perna para o seio da minha gente. Depois de amanhã mesmo estarei por lá, vendo a gaita serrana gaúcha roncar mais forte. Sou um eleitor de São Chico. Lá votei pela primeira vez e ainda não tomei coragem de mudar. Talvez seja preciso, afinal, minha morada já não é mais São Chico.

São Chico nunca sairá de mim e eu nunca abandonarei São Chico. Com maestria, os Irmãos Bertussi, na magistral obra "São Chico é Terra Boa", definiram:

"Quando estou longe dos pagos, a saudade é de matar
  Eu me sinto acabrunhado, com vontade de voltar.
  O serrano é um homem triste, vivendo em outra terra
  O serrano só morre feliz, morrendo em cima da serra."

Sempre acabrunhado, mas seguindo a vida por diante.

São Chico, que saudade!

Abraço a todos.

Novo Hamburgo, 03 de agosto de 2016."

***

O tempo vai passando e me dou conta de que preciso fazer algumas coisas por aqui, para quando voltar, que seja para ficar.

Mas não agora.

E a vida segue.

Bom final de semana a todos!