segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O que vem pela frente

Encerrou-se, ontem, mais uma eleição pós retomada democrática do nosso país. Mas será que, neste caso, termina quando acaba mesmo?
Não sei.

O que sei (ou assim penso) é que os problemas do país são latentes e que não há como esperar, na figura de uma pessoa apenas, que tudo irá se resolver do dia pra noite, num piscar de olhos ou estalar de dedos.

Temos que ainda se penará muito ainda.

Falo de todos nós, enquanto sociedade.

Não farei juízo de valor acerca do resultado, propriamente dito, porque não me cabe. Já disse que o assunto política não mais terá tanto destaque por aqui.

Vida que segue.

Sucesso e sorte aos vencedores.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Ponto Final

Há pouco mais de três anos escrevi o texto abaixo, que dizia respeito a uma passagem da minha vida que se encerrava de fato, mas não de direito, é bem verdade. Pois hoje, enfim, deteve o seu ponto final.

Na vida, não se pode começar uma nova página de história sem que a anterior receba um ponto final. Não adianta, é assim que funciona. Embora eu até tenha tentado... E sugerido!

Mas agora não tem mais volta. É irretratável e irrevogável.

"Uma nova página da vida - 19/10/2015

Chega um dia que, enfim, resolvemos seguir em frente e deixamos algumas coisas para trás. A vida é caminhar para novos rumos, por novos caminhos. Chega uma hora que devemos por um ponto final em uma das nossas páginas, começando uma nova história:

"A vida, ao fim e ao cabo, é um exercício de começar tudo de novo a cada novo dia que surge. O que passou e foi bom vira recordação, o restante aprendizado para os dias que vem ou, simplesmente, algo que surgiu e não vale a pena carregar mais consigo.

Nunca fui muito de fincar raízes em algum lugar; penso que a vida é um tanto quanto curta para ficarmos nos apegando a detalhes que, embora importantes, quase sempre não trazem a felicidade tão almejada. Bons amigos já muito me chamaram de louco e inconsequente por primeiro fazer para depois pensar. Pois minha vida começou a ficar mais triste quando, justamente, passei a pensar e, com isso, desistir de fazer.

Das páginas da vida que vamos escrevendo ao longo da nossa curta trajetória, hoje coloco ponto final em mais uma. Como recordação, tão somente, levarei aqueles que de alguma forma foram importantes nestes últimos anos e merecem minha consideração. O restante fica naquela porta do que passou e não vale a pena carregar comigo. Simples assim. A vida é bem simples, somos nós que complicamos. Como bom gaudério que sou, acredito na simplicidade como algo norteador.

Os que levarei comigo em bom pensamento sabem quem são e não hesitarão em me procurar. Pois haverão de me encontrar! Saibam, contudo, que esta página que hoje leva um ponto final será folhada para a seguinte e eu não mais retrocederei ou olharei para trás.

Não importa o que as pessoas pensam. Se você acredita que vale a pena lute por isso. Há dias sou chamado de louco. Pois é esta estranha loucura que me faz livre para buscar a tal felicidade. Diz a colombiana Gloria Hurtado “no podemos estar en el presente añorando el passado”.concordo quando diz que “ninguém pode estar ao mesmo tempo... no presente e no passado.”


No mais, quem sabe a gente se encontra, pelas esquinas da vida... O que acontece a partir de agora? Uma nova página passo a escrever, pois sou senhor do meu destino, embora prisioneiro das minhas escolhas. Espero, portanto, ter sabedoria no apuramento das palavras..."

***

Com um peso a menos nas costas, vou para um final de semana em paz.

Façam o mesmo.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Latifúndio...

... improdutivo!

É o que temos para o momento: um latifúndio improdutivo.

As redes sociais, gostemos ou não, hoje são uma das principais fontes de informação do mundo moderno. E por lá, só se vê discussão barata no assunto política, destilação de ódio e outros impropérios, como se o político, efetivamente, tivesse preocupado senão somente com ele.

E com isso, a cada dia que passa, a julgar que falarei de política tão somente o necessário, por aqui, tenho menos assunto para abordar. Até mesmo no gauchismo, já que tem CTG que agora só faz evento para ganhar dinheiro, mesmo que não seja referente à nossa tradição.

A bem da verdade é que a vida social está ficando insuportavelmente chata, ultimamente. E isso avacalha com a boa vontade de qualquer um, convenhamos.

Mas tentarei voltar na próxima sexta-feira, com alguma notícia ou outra.

***

Nesta semana Os Monarcas embarcam para mais uma turnê nos Estados Unidos. Não é para qualquer um, convenhamos.

Aliás, o grupo de Erechim lançou o disco "Identidade Monarca", cd duplo, que ainda não tive o privilégio de comprar e ouvir. Mas farei, sem dúvidas.

Já me disseram que é possivelmente o melhor lançamento do ano.

Boa semana a todos. 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Embocadura à política

O Brasil, no último domingo, vivenciou mais um episódio democrático em sua história, amparado pela nossa Constituição Federal que, na sexta-feira - dia 05, completou 30 anos de vida. Não sem, vez ou outro, sofrer ameças de sumir por algum ralo, ao bel prazer de quem sonha em comandar o país fazendo de conta que sob égide de uma democracia.

Pois em nível de eleição presidencial, vamos ao segundo turno com o país quase que dividido ao meio, por ideias antagônicas e perspectivas diferente para o país. Há também uma aversão muito acentuada contra um lado, por culpa dele mesmo. Ora, quem planta vento quase sempre o que colhe é tempestade. Mas, do outro lado, as divergências também se apresentam, justamente sob a suposta ideia de que o risco à democracia é latente e aos direitos constituídos a duras penas pelo ideal de liberdade política e social. Comunga a tudo isso, se é que é possível, uma histeria quase generalizadas, com cada qual falando isso ou aquilo, como se o mundo (ao menos para o Brasil) fosse acabar ao final do segundo turno, que pelo que ouvi dizer será no dia 28, agora de outubro.

E o que eu penso sobre tudo isso?

Bom, vou chegar lá, mas não sem antes recuperar um pouco da minha realidade para com a política.

A relação que tenho com a política vem desde o ventre da minha mãe, afinal, enquanto ela aguardava meu nascimento meu pai coordenava campanha política. Óbvio que meu engajamento para com ela não podia cair muito longe do pé, tendo se aflorado no ano de 1998, quando passei a entender melhor o que tudo significava e a formar minhas convicções, inclusive, partidárias.

E por aí foi, ao longo do tempo de escola, se consolidando o meu interesse para com a política, que teve seu ápice nos últimos dois anos de colégio, quando enfrentei o peso das urnas numa disputa pelo grêmio estudantil. Com a chegada à faculdade, a bem da verdade pensei, a expectativa era de que minha relação com a política ganhasse novos contornos e que eu fosse, afinal, adentrar no mundo partidário.

Mas isso não aconteceu; pelo contrário. Aliás, cumpre referir aqui que nunca fui filiado a partido algum. E chego, hoje, um tanto quanto feliz por isso.

Como dizia, na faculdade, ao invés de adentrar em definitivo para a política, e aí se insurge a partidária, acabei por fazer o contrário: deixei adormecer o meu gosto particular por ela. E isso fez eu perder a embocadura para a coisa, inclusive para falar.

Essa dificuldade eu já havia notando ao longo dos tempos, se acentuando nessa eleição de agora que é a mais acirrada dos últimos tempos. Nota-se que o voto para Presidente e Governador decidi já defronte à urna. Para deputado, um voto foi na opção menos perniciosa e o outro por um compromisso moral que tinha para com um candidato, e eu não esqueço dessas coisas. Para o Senado votei pela perspectiva de renovação, e talvez tenha sido os votos menos difíceis de decisão.

Perdi a embocadura para tratar de política. É a mais pura verdade.

Tanto o é, que já ao longo da apuração acabei por fazer um comentário infeliz a um amigo, desnecessário, enfim. E a realidade é tão latente que, somente ontem, um dia após o fato, compreendi o que eu realmente queria dizer. Já tarde, todavia, afinal, algumas coisas ditas só o tempo pode conduzir ao esquecimento, ainda que minha intenção não tenha sido apontar esse ou aquele, senão eu mesmo, falar da minha perspectiva...enfim. Tampouco quis ofender ele ou qualquer pessoa que fosse.

Mas, a verdade, é que perdi a embocadura para tratar de política.

E, com isso, entendo que não detenho condições de opinar sobre o segundo turno para as eleições presidenciais e estaduais. E, portanto, não o farei. 

Evitarei, a partir de agora, tratar do tema. Ao menos com argumento de autoridade. E se for insistido, vou educadamente pedir desculpas revelando que preciso seguir minha vida, o que sempre fiz sem depender da política e, por isso, vou me abster de qualquer comentário.

E é bem melhor assim, pois, de tudo o que mais importa na minha vida, a política hoje em dia não faz mais parte.

Boa sorte ao Rio Grande e ao Brasil.

Abraço a todos.