sábado, 30 de novembro de 2019

Se foi novembro

Talvez o mês de novembro seja um dos tantos incompreendidos, afinal, a maioria das pessoas em verdade esperam é dezembro, natal, festas de final de ano... enfim. Da minha parte, não tenho nada contra e, apesar de ter mudado de opinião, ainda acho que questões natalinas deveria ficar restritas a dezembro.

Mas, passada os dia das crianças, o comércio viu a necessidade de antecipar o natal. Em Gramado, Canela e demais cidades que tem a cultura das "luzes", tudo tem começado mesmo em novembro.

Fica uma questão da "identidade" para tal, mas, convenhamos, quem se importa com isso não é verdade?

Só que se foi novembro. E a partir de manhã, sem qualquer percalço, tudo é natal, festas de fim de ano e por aí vai. Então, que seja!

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Hoje tem alguns fandangos pela região. 

Nos dois próximos finais de semana outros eventos virão, afinal, encerramento dos CTG's que, de regra, voltarão somente em março.

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Confesso que com o passar do tempo tenho sido mais receptivo com as festas de final de ano. E mais ansioso com a chegada do recesso forense. Hahahaha

Bom domingo a todos!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Dia do músico

Hoje é o Dia do Músico... 

E ainda que minha carreira esteja "suspensa", como as vezes brinco quando me perguntam sobre ela, o certo é que eu tenho um orgulho enorme de já ter subido no palco tantas vezes e dividido este com tanta gente de qualidade indiscutível.

Tanto por isso é que ainda reluto em dizer que me "aposentei", eis que ainda, vez ou outra, haverei de arriscar o talento alheio para salvar o que eu não sei se eu tenho. 

Hahahaha.

Trago, pois, minha última apresentação oficial, onde estive ao lado de grandes músicos, os quais homenageio em nome do meu grande amigo e compadre Cirilo Barcelos, um dos maiores que já vi tocar.


Quanto honra eu trago neste dia de hoje.

Parabéns a todos os amigos músicos!

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Festa dos Músicos

A noite gaúcha da Lomba Grande, hoje, promete ser histórica, pois reunirá grandes nomes da nossa música gaúcha num evento de confraternização promovido pelos mesmos, com baile d'Os Monarcas ao término da grande noite.

Churrascada, tiro de laço e muita música promete embalar todo o dia nas dependências da Sociedade Gaúcha. Presenças confirmadas:

- Os Monarcas;
- João Luiz Corrêa;
- Grupo Rodeio;
- Grupo Cordiona;
- Tchê Guri;
- Os 4 Gaudérios;
- Os Mateadores;
- Volnei Gomes e grupo;
- Gaúcho Pachola;
- William Hengen (Os Serranos);
- Banda Passarela.

E muito mais...

Dúvida de que a noite vai ser uma das maiores da história da Lomba Grande?

Pois, então, te toca pra lá.

Abraço a todos.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

República

Vez ou outra procuro ler o que já escrevi por aqui, quer para saber se melhorei ou piorei enquanto pseudo articulista; ou mesmo para saber o que já aconteceu e, pasmem, muitas vezes passados alguns anos.

Amanhã comemora-se a Proclamação da República brasileira, sobre a qual assim escrevi há 06 anos:

"República das bananas

Na linguagem do futebol, quando um time está mal todos dizem que bom é o jogador que está de fora. Com a devida vênia, transporto tal circunstância ao nosso país. Hoje, 15 de novembro, comemora-se do dia da proclamação da República do Brasil; em verdade o dia tem valido muito mais pelo feriado do que pelo motivo propriamente dito. Nisso, alguém há de levantar o questionamento: e se tivéssemos mantido a monarquia, seria melhor?

Pouco se vê, nos nossos dias atuais, acerca da monarquia. O maior exemplo é o do Reino Unido (Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Canadá e Nova Zelândia – esqueci de algum?), onde a Rainha Elizabete II segue na ativa. Contudo, a monarquia tem ganhado destaque muito mais por casamentos ou natalidade, do que pelo desenvolvimento do regime. É um regime que caminha para extinção. Mas é pior que a república?

O regime republicano, em tese, é mais democrático que a monarquia. Na república, o povo tem direito, pelo voto, a escolher o seus representantes. Isso não é capaz, porém, de garantir um governo do povo, para o povo e pelo povo. O nosso país, infelizmente, é um exemplo disso. Escolher os nossos representantes não tem contribuído muito com o desenvolvimento do país, haja vista que a corrupção e o ineficiente serviço público não estão sendo combatidos por aqueles que elegemos. Aliás, pelo contrário.

Por força da Constituição de 1988, em 1992 (salvo engano) fora realizado um plebiscito onde nós brasileiros pudemos escolher pela mantença da república ou a volta da monarquia. Mantivemos o regime mais democrático, diante da escolha direta de representantes o que, aparentemente, mostrou ser a melhor escolha.

O problema é que, a cada dia que passa, a nossa república da maiores exemplos que aqui é a “república das bananas”. Não se pode afirmar que se fossemos regidos por um Rei (e um 1º Ministro) estaríamos em melhor situação. O problema mesmo está em nós mesmos e na dificuldade de, enfim, tornarmo-nos um país sério. Ainda privilegia-se o futebol, carnaval e outras futilidades, em detrimento do melhor serviço público, da menor carga de impostos e do combate à corrupção.

Logo, não há regime que resista. Brasil, “República das Bananas”? Pois é. É necessário uma discussão aprofundada acerca do nosso futuro e aonde vamos parar. Ouço (e vejo) os presidenciáveis falando disso e criticando aquilo. Para mim, são todos muito fracos para aquilo que o país precisa. Já não se tem mais um Getúlio Vargas, um Jango, um Juscelino e um Brizolla. Falta candidato com espírito Caudilho, com fibra e coragem para governar sem se arreganhar para o congresso nacional. Aliás, por falar nisso, precisamos de regime bicameral? Pois é.

Afinal, quem poderá nos defender?"       

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E para mim, nada mudou.

Bom feriado a todos.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Chasque e agenda

O fandangos ainda andam meio minguados, devem melhorar em dezembro com o os bailes de encerramentos das entidades tradicionalista, que devem voltar lá por março, se Deus quiser.

Mas uma gaita e outra acaba roncando por aí.

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Amanhã no Restaurante Dom Capone (ao lado Sociedade Atiradores) em Novo Hamburgo, tem jantar baile do Rodrigo Lucena e seus alunos.

Os ingressos já estão esgotados, mas de repente dá uma tenteada por lá vivente que, para o baile, talvez tu consiga uma melhor sorte.

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Também amanhã tem baile no CTG Estância da Liberdade, em Novo Hamburgo, com animação do Lincon Ramos e Grupo.

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Hoje tem Os Quentucho (Rodrigo Pires e Bebeto) fazendo um show no posto Petrovin, em Novo Hamburgo.

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Na próxima terça-feira na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande tem Quarteto Coração de Potro.

Dia 19/11, grande baile com Os Monarcas.

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E devagarito se bamo moçada.

Bom final de semana todos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Rodeio e xixão

Não é de hoje que eu falo por aqui que baile de Rodeio virou terra de ninguém. Que tem banda que só coloca pilcha para fazer de conta e o repertório é na base do xixão.

Também não é de hoje que falo por aqui daquela entrevista do mestre Gildinho, d'Os Monarcas, sobre o finado Tchê Music de que "o sol é para todos".

E é mesmo. 

A critica eu direciono aos organizadores dos Rodeios (nem todos, obviamente) que preferem vender a tradição pela suposta "facilidade" de vender o baile para o "público jovem". Mas, sempre pode piorar um pouco. No rodeio de São Chico, evento tradicional da serra gaúcha, não só é xixão (mais uma vez) como agora tem banda junto (sim, populares bandinhas de bailão). Durmam com essa, caso possível seja.

Meu conterrâneo, patrício, compositor, desenhista, cartunista, enfim, multi artista Léo Ribeiro, não deixou por menos. Do BLOG DO LÉO RIBEIRO:

"TIREI MEU TIME... (01/11/2019)

Os leitores que acompanham nossas postagens devem ter estranhado o título da matéria de ontem, PARA NÃO DIZER BOBAGEM vou silenciar na poesia.

É aquele velho ditado o silêncio é a melhor resposta.

Digo isto após ver a programação do Rodeio Interestadual de São Francisco de Paula, minha terra, e os grupos musicais que animarão os bailes promovidos pelo nosso tradicional CTG Rodeio Serrano, entidade onde dei os primeiros passos rumo a vivência e a preservação dos costumes rio-grandenses.

Por certo os promotores (o próprio CTG) alegarão que estas "bandas" (Furacão, Primeira Dama, Bochincho e Cavaleiros da Vaneira) trazem os jovens para dentro da sociedade e movimentam o caixa já combalido. Pode ser, mas faltou o bom senso de, ao menos, mesclar os grupos musicais.

Na minha opinião estão atirando a toalha e reconhecendo que a tradição perdeu o embate para o modismo.

Imagino o quanto é cansativo participar de uma patronagem ante as dificuldades encontradas e calculo, mais ainda, enfrentar as críticas como esta (criticar é fácil) pois só vemos os defeitos e não o que tem de bom a ser elogiado, mas quem está na chuva, mesmo que voluntariamente, há que se molhar.

Nisto tudo, uma coisa é certa e outra provável:
a) Vai sobrar mulher de bombacha e peão de chapéu na cabeça maxixando pela sala.
b) Os Irmãos Bertussi devem estar se virando na cova".


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A galope se vão caindo os butiás do bolso.

Digo aqui o que comentei lá: Nunca precisei tocar xixão para manter uma sala cheia em baile de rodeio.

Mais, não digo.

sábado, 2 de novembro de 2019

Finados e o vento

Faz algum tempo que não publicava justamente no dia de finados. O dia "de los muertos". A cultura latina parece não ter a mesma amplitude por aqui, enfim. Mas neste ano para minha família e a mim, tem. Finados que tem um rito sempre muito parecido, desta vez, parece ganhar alguns contornos mais reais. Ainda trás uma coincidência (infeliz, diria até), pois marca o primeiro mês de falecimento da Vovó.

Enfim.

Gosto de algo que escrevi e já até requentei neste espaço. Seguirei fazendo enquanto encontrar no meu escrito a simbologia dessa data. Coincidência ou não a publicação original entrou no top 5 das mais acessadas no mês passado e está hoje em primeiro lugar. Sinal que merece minha boa vontade para com ela.


"O vento de Finados" (02/11/2016)


Cresci com a ideia de que finados é sempre um dia de fortes ventos. De quando lembro, dirigindo-me à Cazuza Ferreira, onde lá se encontravam os entes que já partiram, um dia bonito de sol, daqueles com o céu chamado de brigadeiro, e vento. Um vento implacável.

Seria a manifestação dos mortos de que por ali estavam?

Não sou muito adepto a questões que ultrapassam a realidade concreta. Não duvido da vida abstrata, respeito, só que não penso muito nisso.

Nunca mais fui à Cazuza no dia de finados. Nunca fui no cemitério de São Chico em dia de finados, ainda que lá esteja repousando o querido Vô Netto.

A bem da verdade não sou apegado a crenças e religiões. Tenho as minhas, é claro, mas são tão particulares que não se apegam as que por aí estão e são reconhecidas. Já fui diferente, como talvez o seja ali na frente. O barato da vida está justamente em não criar muitos estigmas. Certo? Não sei, mas foi o que me veio a cabeça neste momento. Cada um deve falar por si e viver da mesma fora, talvez.

Agora, no que tange ao vento de finados, este parece que tem sempre. Semana passada alguns dias pareciam finados: bonitos e ventosos. O grande e imortal Érico Veríssimo falou do vento de finados em alguma das obras da saga "O Tempo e o Vento". Ninguém como ele retratava passagens do tipo com tamanha precisão e comedimento, ao mesmo tempo. Um Mestre!

Me encanta a vida do interior e suas particularidades. Não consigo, pois, pensar em viver isso mais de perto. A ideia de sociedade subjetiva que existe em Novo Hamburgo e cidades de maior porte me instiga bem mais. Tento sair daqui, mas sempre retorno.

Seria um carma? É carma o vendaval de finados?

Não gosto de vento, logo, não gosto de finados. Simples assim. A razão? Não sei."

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Sigo sem gostar de vento e, pois, de finados. Menos ainda neste fatídico 2019.

Mais, não digo!