terça-feira, 30 de abril de 2019

Perda irreparável

No ano de 2013 estive duas vezes no Rio de Janeiro, sendo que na segunda oportunidade fiz um turismo diferente, tendo ido comer uma feijoada num sábado na quadra da escola de samba Portela, tendo terminado a noite assistindo um show no Vivo Rio.

Um show de Beth Carvalho, a madrinha do samba.

De tudo que vi no meio musical na minha vida, foi certamente um dos maiores espetáculos que assisti na vida.

Todos aqui conhecem minha ligação com a música tradicionalista gaúcha, mas acima de tudo eu sou um apreciador da música verdadeira, dentre eles o samba de raiz.

Por isso, não tenho dúvida que o passamento de Beth Carvalho, hoje, classifico com uma das grandes perdas para a cultura brasileira.

Beth Carvalho é uma entidade da música brasileira e ninguém apagará sua história.

Uma perda irremediável.

Descanse em paz, Beth Carvalho. Que privilégio tive de te ver ao vivo.

Muito obrigado!

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Hoje a noite tem grupo Som do Sul na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. Salvo engano, é a primeira apresentação do grupo em solo gaúcho.

Não tenho dúvida que será noite de casa cheia.

Vamos?

Feliz dia do Trabalho a todos e um bom final de semana.

terça-feira, 23 de abril de 2019

E por aí vai

Demorou bastante, mas descobri (sozinho!) que ser nostálgico não fez bem à minha vida até o momento, afinal, a verdade é que o passado não vai mais voltar e tampouco uma máquina do tempo vai me levar para o tempo pretérito.

Desde então, venho tentando viver o presente e  com perspectiva de futuro. E  por aí sigo, tentando viver a vida de uma forma diferente.

Mas (e sempre tem muitos na nossa vida), ao passo que eu venho buscando viver a atualidade e me contentar (ou não) com a vida de hoje em dia, me deparo com uma realidade que me perturba um pouco (ou muito): a vida ficou efêmera.

Isso significa que a vida hoje em dia é transitória, mutável, temporária, enfim. O que é uma realidade hoje vira algo fútil amanhã; vivemos uma realidade de aparências que pautam, inclusive, as manchetes de jornal. Afinal, que diferença me faz que a fulana que eu nem sei quem é experimentou um vestido para ir numa festa qualquer?

E por aí vai.

E o que me parece que em todos os segmentos a coisa está assim. O poder judiciário muda a todo momento de entendimento; o futebol virou um esporte de alto rendimento, em detrimento à arte que sempre representou, nossos "craques" se destacam mais nas redes sociais que dentro de campo; a televisão está recheada de programas de culinária ou de questões de vida sem muita importância.

E por aí vai. 

E parece que vai sem não mais voltar. 

São novos tempos. Tempos abstratos e subjetivos. Duma vida que é breve e que talvez devesse ser sorvida a cada novo dia como se fosse o único e o último.

Mas (ó ele de novo), a verdade que talvez eu esteja tão somente divagando. Coisas loucas e efêmeras.

E por aí vai.

Abraço a todos.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Coisas da sexta santa

Assim como tenho feito nos últimos anos, estou nesta sexta-feira Santa em São Chico. No tocante ao peixe voltamos, Mariana e eu, às origens e por aqui estamos refletindo um pouco nos rumos da vida. Acho que isso, até em função da última aparição por aqui, é muito interessante num dia como hoje.

Mas a vida vai passando e isso nem sempre é tão simples assim.

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É amanhã o grande lançamento do grupo Som do Sul, recheado de grandes músicos, como muito já referido por aqui.

Será na cidade de Ponta Grossa, Paraná.

Pela volta, vale conferir que no dia 30/04 - véspera de feriado, o grupo estará na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, em Novo Hamburgo.

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Vi a pouco um cartaz e já divulgo.

O baile de aniversário do CTG Rodeio Serrano, em São Chico, será animado por Zezinho e grupo Floreio, no dia 18/05.

Baile de casa cheia.

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Também no CTG Rodeio Serrano, mas no dia 05/05, Volnei Gomes & grupo Cantando o Rio Grande animará uma bailanta, com almoço, em alusão ao aniversário do restaurante estabelecido no local.

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Volnei Gomes, a propósito, que lançou um belo clipe em alusão a sua nova música de trabalho "Entre o campo e o povoado". Só acessar a página do cantor e campeiro e curtir.

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Bom final de semana a todos e Feliz Páscoa.  

segunda-feira, 15 de abril de 2019

A vida é uma só!

Li isso hoje depois que meu primo e amigo Antônio Dutra Jr. compartilhou em rede social. Fez-me pensar nas minhas decisões. Uma, em particular, que não me arrependo. Mas vale para daqui para frente novamente.

Achei por bem compartilhar por aqui:

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A geração que encontrou o sucesso no pedido de demissão - Luciana Ramos Correia* (11/03/2019)



O cenário é mais ou menos esse: amigo formado em comércio exterior que resolveu largar tudo para trabalhar num hostel em Morro de São Paulo, amigo com cargo fantástico em empresa multinacional que resolveu pedir as contas porque descobriu que só quer fazer hamburger, amiga advogada que jogou escritório, carrão e namoro longo pro alto para voltar a ser estudante, solteira e andar de metrô fora do Brasil, amiga executiva de um grande grupo de empresas que ficou radiante por ser mandada embora dizendo “finalmente vou aprender a surfar”.

Você pode me dizer “ah, mas quero ver quanto tempo eles vão aguentar sem ganhar bem, sem pedir dinheiro para os pais.”. Nada disso. A onda é outra. Venderam o carro, dividem apartamento com mais 3 amigos, abriram mão dos luxos, não ligam de viver com dinheiro contadinho. O que eles não podiam mais aguentar era a infelicidade.

Engraçado pensar que o modelo de sucesso da geração dos nossos avós era uma família bem estruturada. Um bom casamento, filhos bem criados, comida na mesa, lençóis limpinhos. Ainda não havia tanta guerra de ego no trabalho, tantas metas inatingíveis de dinheiro. Pessoa bem sucedida era aquela que tinha uma família que deu certo.

E assim nossos avós criaram os nossos pais: esperando que eles cumprissem essa grande meta de sucesso, que era formar uma família sólida. E claro, deu tudo errado. Nossos pais são a geração do divórcio, das famílias reconstruídas (que são lindas, como a minha, mas que não são nada do que nossos avós esperavam). O modelo de sucesso dos nossos avós não coube na vida dos nossos pais. E todo mundo ficou frustrado.

Então nossos pais encontraram outro modelo de sucesso: a carreira. Trabalharam duro, estudaram, abriram negócios, prestaram concurso, suaram a camisa. Nos deram o melhor que puderam. Consideram-se mais ou menos bem sucedidos por isso: há uma carreira sólida? Há imóveis quitados? Há aplicações no banco? Há reconhecimento no meio de trabalho? Pessoa bem sucedida é aquela que deu certo na carreira.

E assim nossos pais nos criaram: nos dando todos os instrumentos para a nossa formação, para garantir que alcancemos o sucesso profissional. Nos ensinaram a estudar, investir, planejar. Deram todas as ferramentas de estudo e nós obedecemos. Estudamos, passamos nos processos seletivos, ocupamos cargos. E agora? O que está acontecendo?

Uma crise nervosa. Executivos que acham que seriam mais felizes se fossem tenistas. Tenistas que acham que seriam mais felizes se fossem bartenders. Bartenders que acham que seriam mais felizes se fossem professores de futevolei.

Percebemos que o sucesso profissional não nos garante a sensação de missão cumprida. Nem sabemos se queremos sentir que a missão está cumprida. Nem sabemos qual é a missão. Nem sabemos se temos uma missão. Quem somos nós?

Nós valorizamos o amor e a família. Mas já estamos tranquilos quanto a isso. Se casar tudo bem, se separar tudo bem, se decidir não ter filhos tudo bem. O que importa é ser feliz. Nossos pais já quebraram essa para a gente, já romperam com essa imposição. Será que agora nós temos que romper com a imposição da carreira?

Não está na hora de aceitarmos que, se alguém quiser ser CEO de multinacional tudo bem, se quiser trabalhar num café tudo bem, se quiser ser professor de matemática tudo bem, se quiser ser um eterno estudante tudo bem, se quiser fazer brigadeiro para festas tudo bem!

Afinal, qual o modelo de sucesso da nossa geração?

Será que vamos continuar nos iludindo achando que nossa geração também consegue medir sucesso por conta bancária? Ou o sucesso, para nós, está naquela pessoa de rosto corado e de escolhas felizes? Será que sucesso é ter dinheiro sobrando e tempo faltando ou dinheiro curto e cerveja gelada? Apartamento fantástico e colesterol alto ou casinha alugada e horta na janela? Sucesso é filho voltando de transporte escolar da melhor escola da cidade ou é filho que você busca na escolinha do bairro e pára para tomar picolé de uva com ele na padaria?

Parece-me que precisamos aceitar que nosso modelo de sucesso é outro. Talvez uma geração carpe diem. Uma geração de hippies urbanos. Caso contrário não teríamos tanta inveja oculta dos amigos loucos que "jogaram" diploma e carreira no "lixo”. Talvez- mera hipótese - os loucos sejamos nós, que jogamos tanto tempo, tanta saúde e tanta vida, todo santo dia, na lata de lixo.

* https://emais.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/a-geracao-que-encontrou-o-sucesso-no-pedido-de-demissao/

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Boa semana a todos.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

É batata!

É de se elogiar atual gestão de São Chico que vem dando ao turismo o destaque que sempre mereceu, mas que, infelizmente, não é prioridade de todo governante. Ora, convenhamos, a vocação turística de São Chico é inconteste e está na hora de profissionalizar toda a procedimentalização em torno do tema.

Também não se pode mais negar que São Chico está virando a "terra da batata". Já é fornecedora do insumo para boa parte do Brasil e inclusive fora dele.

Mas a festa da batata já existe e não se podia copiar.

Foi quando, no ano passado, surgiu o primeiro FESTIVAL DA BATATA, um evento realmente gastronômico com um enfoque mais requintado, voltado para um publico que aprecia o foco do evento, no caso a batata, e não somente a ideia de evento, lato senso. 

Apesar do tempo ruim, foi um sucesso. Tanto que voltou nesse ano.

Será nesse final de semana, na Avenida Júlio de Castilhos, bem no centro, junto à Prefeitura Municipal.

Virão chefes de todo o país. Muitos (e todos ao mesmo tempo) pratos contendo batata.

Um evento muito interessante. Boa dica para o final de semana.

É só subir a serra. É batata!



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Amanhã meu irmão Arthur faz 20 anos de idade. E o tempo segue passando a galope.

Parabéns, Arthur! Felicidade e sucesso sempre.

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Hoje tem Grupo Musical Cordiona no ACTG Portal da Serra, em Dois Irmãos. Certeza de fandango graúdo e pra bailar do início ao fim.

Bom final de semana a todos.


sexta-feira, 5 de abril de 2019

Novo Hamburgo

Há quase 23 anos deixei minha São Chico de Paula e como um guri sonhador cheguei em Novo Hamburgo. Afinal, era uma cidade grande, poxa vida. Tudo diferente. Sentia-me a pessoa mais importante, por morar em Novo Hamburgo, cada vez que voltava pra São Chico.

Hoje, 05 de abril, aniversário da emancipação política de Novo Hamburgo. Feriado municipal, mas não para mim.

Quando cheguei, todavia, NH já não tinha mais a mesma pujança, da Capital Nacional do Calçado, da cidade que mais tinha Ford Galaxie no Brasil, enfim, mas ainda era uma Senhorita, com todos os seus encantos e particularidades

Pois nesses dias fui ao centro da cidade e me bateu uma tristeza. Tá cada vez mais cinza, pior do que eu já tinha referido aqui, e eu quase não reconheço mais a cidade que me acolheu há mais de duas décadas. Ainda quis o destino que passasse pela rua Aloisio de Azevedo, onde morei por primeiro - no prédio não mais rosa da esquina com a Luiz de Camões, e já também não mais reconheço quase a rua, dum asfalto todo remendado (quase toda cidade está assim), cheia de comércio e uma vida abstrata. Novo Hamburgo hoje é a terra de lojas, retaurantes, lancherias, enfim, coisas que são efêmeras na atualidade e não apontam mais algo que possa ficar para a história, enfim, abrem e fecham todos os dias. Penso assim ao menos.

Mas é Novo Hamburgo, afinal, e se não conseguem derrubar (embora muito se é tentado) é porque tem força suficiente para seguir tentando seguir em frente.

Já não moro mais em Nóia. Mas aqui estou quase todos os dias. Minha história por aqui não se apaga. Por isso, sigo sempre procurando aquela velha Novo Hamburgo que aprendi a gostar. Ela deve estar em algum lugar, eu espero.

Parabéns, Novo Hamburgo! Que tu tenha novos, melhores e coloridos dias.

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Bom final de semana a todos.

terça-feira, 2 de abril de 2019

Primeiro de abril

Para não passar por mentiroso, optei por fazer o texto de ontem, hoje. Não que eu tenha alguma vez contado alguma mentira por aqui. No máximo, alguma promessa embrulhona que vem tardando a se cumprir, tal a história da minha volta aos fandangos.

Mas haverá de surgir uma data no horizonte. Tanto que a promessa é do dia dois.

No fim a história do dia da mentira pegou, mas na atualidade tem muito menos força, já que as pessoas parecem estar mais espertas.

Eu enquanto guri, com meu primo Maicon, caí numa bonita uma vez plantada pela Vó Neuza e a história de que a Alzira, que vendia produtos de origem supostamente do Paraguai, estava doando sei lá o que.

Que fase.

Hoje, todavia, sou bobo em outras dimensões e segmentos. 

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Conforme já referido na sexta-feira, última, Os Serranos estreia hoje sua nova formação. Com Paulo Feijó nos vocais; Eurides Jr. na guitarra e Mazinho Coelho na bateria. Além é claro, do Dr. Edson Dutra, o Toco, Daniel Hack, Madruga e o meu amigo William Hengen.

Fandango de casa mais do que cheia.

Será na Super Terça Gaúcha da Sociedade Gaúcha de Lomba Grande, em Novo Hamburgo.

Imperdível!

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Outro baile imperdível ocorrerá dia 12/04, sexta-feira, no ACTG Portal da Serra em Dois Irmãos, com animação do Grupo Musical Cordiona; o grupo do Porca Véia.

Porca Véia que, por sinal, na semana que passou apareceu tocando e cantando com seu grupo em uma live no facebook. Que se recupere plenamente e volte para sua casa, que são os palcos da vida.

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Preocupante estes casos de meningite que estão aflorando por todo o estado. Impressionante que parece que as doenças vão em vem. Que coisa!

Hoje, dia de São Francisco de Paula, que dá nome a minha terra natal. 

#blogdocampeiroONZEANOS

Boa semana a todos.