sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Carnaval hoje em dia

Por muito tempo bradei contra o carnaval, inclusive por aqui. Fui criticado e bastante. Depois, não tanto em função destas críticas, mas em razão duma nova percepção de realidade, entendi que devia respeitar o gosto alheio, assim como gostaria quem respeitassem o meu.


Meu jeitão bem bagual.


Enfim, cada qual com seus gostos e preferências. Inclusive, a rigor nem lembro das razões do meu preconceito. De qualquer sorte, todo preconceito é burro.


Até gostaria de dizer que pretendo descansar nesse carnaval, mas vou é trabalhar, isso sim.


De qualquer sorte, acho tudo meio parado. Sei lá, parece que as pessoas já não se empolgam mais como outrora.


Não consegui confirmar se o tradicional carnaval de São Chico terá edição em 2025.

Pra gauchada nem um bailezito (aqui pela região). Acho que dava público se tivesse, mas eu não digo mais nada.


Hoje é só isso mesmo. Isso e torcer por Fernanda Torres e "Ainda Estou Aqui" na cerimônia chata do Oscar. É o Brasil.


Bom carnaval ou descanso a todos.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Vamos aceitar até quando?

 Embora há anos eu venha evitando falar aqui de questões que envolvam a política, como um todo, sobre o preço dos alimentos (por vezes combustíveis e coisas necessárias ao cotidiano de todo mundo) e também sobre a qualidade dos mesmos.

Há algum tempo que a renda média do brasileiro vem definhando com o preço de algumas coisas que são comuns. Vejamos uma pizza, por exemplo: ao menos por aqui, onde moro, abaixo de R$ 60,00 não se acha mais. Valor que cresceu, na média, uns 50% ao analisar uma história recente. Há quem não dê mais bola ou já tenha se acostumado. Não é o meu caso. Tenho relutado muito em comer pizza ultimamente, ainda mais depois que me sopraram os custos em detrimento do lucro. 

Enfim, esse é outro assunto para outro dia.

Chocolate hoje em dia parece isopor com sabor de chocolate. O mesmo vale para bolachas de todo o gênero. Entre outros tantos produtos decadentes que nos oferecem por aí.

A inflação em cima dos alimentos está altíssima, imposto sob imposto, e o brasileiro segue acomodado. Nestas horas, não tem direita e esquerda, mas sim, cordeirinhos.

Agora é o ovo que já está custando R$ 2 ou até mais a unidade. Não vai muito era R$ 0,50. Antes o café que não para de subir de preço, sendo que tomamos qualquer coisa menos o verdadeiro café que o Brasil produz com pompa e exporta pro mundo inteiro, nos deixando as sobras e "algumas coisitas mais"

Vamos aceitar até quando este monte de porcaria que nos empurram a preço de ouro?

Repiso-me:

Vamos aceitar até quando?


Boa semana a todos.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Perdendo sempre

 No verão de 2010, há 15 anos - portanto, eu fui a trabalho para o litoral e coube a mim trilhar por Balneários que fazem muito sucesso para os moradores e veranistas da Capital, mas não é tão comum a quem vive na Região Metropolitana. Cruzei, na oportunidade, por Pinhal, Quintal, Palmares e na volta passando por Cidreira - essa bem mais pluralizada e com gente que chega de tudo que é lugar.

O tempo vai passando e eu a cada ano que passa vou menos ainda para o litoral.

Falando em tempo, com o passar dele passei a ser menos restritivo no tocante às músicas que rodam no carro, até porque Mariana sempre teve seus gostos e o Bernardo tá crescendo e construindo os seus próprios. A mim, não resta o tiranismo. Das tantas boas músicas que a Mariana selecionou para tocar vez ou outra no carro, uma de chama justamente "Pinhal", do músico Duca Leindecker e sucesso da Banda Cidadão Quem.

É uma composição que me chama a atenção, pois conta a história de muita gente - inclusive da Mariana - que cresceu nos verões no litoral, construindo amizades duradouras em ciclos anuais de três meses e, certo dia, ficou "grande demais" pra tudo aquilo. E a coisa foi se perdendo: as amizades, o interesse por aquele lugar, quiçá, a conectividade com o mar.

Isso não vale só pro litoral. Muitos que conheci por São Chico e foram amigos de todas horas, um belo verão ou mesmo final de semana, simplesmente não apareceram mais. O tempo passou e eu me acostumei.

A gente se acostuma com as perdas e, tanto por isso, de certo só perde. A cada escolha é uma perda e com isso vivemos a perder sempre.

Vivemos perdendo sempre.

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Falando em Balneário Pinhal, amanhã (22) tem Grupo Matizes nesta praia com tanta história.


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Antes disso, hoje (21), tem show do Adriano Vidal no CTG Estância do Hortêncio, em São José do Hortêncio.


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Na próxima segunda-feira (24), tem Brilha Som na UClub em Novo Hamburgo.


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Novidades de agenda, voltamos.

Abraço e bom final de semana.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Brevíssima

 Quanto mais o tempo passa, perde-se um pedaço do romantismo de outrora. Texto meloso num início de semana? Não, apenas um relato daquilo que não paro de ver por aí. O romantismo por si só não transforma ninguém em mais ou menos meloso. E neste caso, o romantismo fala daquilo que por anos estiveram a nossa volta, como um ritual, e agora esta perdido ou sumindo pela modernidade que aí encontra-se.

 Alguma coisa sempre é mais importante para um do que para os outros, porém, num contexto geral, o conjunto inteiro acaba por marcar uma época, um tempo geralmente bom que não mais voltará. Coisas do dia-a-dia que no passar das horas é imperceptível e pouco interessante, amanhã pode transformar-se em algo que marcou nossas mentes e que resgata os bons adventos da lembrança. Boas lembranças persistem eternamente em nossas mentes trazendo, porque não, a tona impreterivelmente a saudade. 

E a saudade, "a saudade é uma estrada longa que começa e não tem mais fim".

Se perder parte do romantismo de outrora, da vivência simples dos nossos pais e avós é o preço para o advento da modernidade, então estamos tendo um prejuízo incalculável. Não há como taxar as perdas trazidas por tudo isso. Já se foram os bailes de antigamente, os tempos de bigorna, das festas boas de interior. Vivia-se com muito menos, mais simples e objetivo. Crianças se divertiam com bola, peão, carrinho de lomba e bodoque (a popular “funda”). E hoje? Celular e as patifarias que vem dele.

Quanta nostalgia! 

Se foi o romantismo da vida , perdeu-se este em alguma encruzilhada por aí. E a velha carta? Quem hoje em dia manda uma carta para alguém? Tem gente que não sabe mais nem escrever, tamanha a facilidade oriunda do computador, e-mail e whatsapp e redes sociais. “Antigas cartas guardadas, que o tempo amarelou. São lembranças do passado que no meu peito ficou”

Palavras cantadas pelos Irmãos Bertussi que mostram o quão era a vida naquele tempo. 

De um tempo que dá saudade. 

De um tempo, que eu nem conheci...

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O que mais assusta no que escrevi acima, é que parte do texto é de fevereiro de 2010. E mais de uma década depois, a vida ficou ainda mais rasa e breve. 

Brevíssima, aliás.

Boa semana a todos.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Loucuragem

 Foi-se o tempo que eu em fevereiro tirava férias. Já naquela época só dava a gauchada nas praias, as nossas aqui e também as de Santa Catarina.

Tempo em que as aulas da criançada começava só em março. Agora por todo o Rio Grande já começou.

E com isso, o litoral vai mingando e as ruas vão enxendo nas cidades cada vez antes do tempo.

Ou que deveria ser o tempo.

Engraçado é que a vida corrida, agitada e cada vez mais breve, não necessariamente ficou melhor. Aproveitamos menos e estamos cada vez mais pobres.

Do que serve a loucuragem, então? 

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Em Cazuza Ferreira tem Festa Campeira e, amanhã no CTG Adão Castilhos tem um  grande fandango animado pelo grupo Manotaço.

Nova oportunidade de ouvir a voz marcante e inconfundível do grande Paulo Fogaça.


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Aqui pela volta os fandangos ainda restam tímidos e são raras as movimentações em CTG's.

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A movimentação de 'troca-troca' nas bandas de bailão está acentuada neste início de 2025. 
Espero que não traga consequências negativas para as bandas e para o pujante mercado do setor.

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Ao que parece, não prosperou o projeto do cantor Zé Leandro com o Grupo Chamarra.

É pena, perde a música fandangueira.

Sucesso a todos nos novos caminhos que surgirão pela frente.

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Será no dia 12 de março o já tradicional festejo de aniversário da amiga Colunista e fomentadora da cultura gaúcha Zelita Marina.

Novamente, na Sociedade Atiradores de Lomba Grande em Novo Hamburgo.

Diversas atrações já confirmadas.

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Depois de um breve recesso, o Canal You Tchê no YouTube está de volta com suas entrevistas semanais. Um novo estúdio e a boa charla de sempre.

Sucesso, Daniel Vargas!


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Infelizmente, ontem faleceu o Sadi Goulart - o Sadi Sonorizações, vítima daquela doença desgraçada que me nego a citar o nome.

Um dos últimos fandangos que toquei pelo Grupo Som do Pampa foi sonorizado por ele, sempre parceiro. 

Um peleador a serviço da música e dos fandangos.

Que descanse em paz. Sentimentos à família.

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Novidades de agenda, voltamos.

Abraço a todos.


sábado, 8 de fevereiro de 2025

Mistérios de fevereiro

 O mês de fevereiro é sempre misterioso. Há quem diga que sem o carnaval nos seus domínios, passa batido e ninguém vê.

Não costuma levar público aos CTG's.

E em tempos de volta às aulas cada vez mais cedo, tem tirado do litoral aqueles que buscam, ainda que por alguns dias, o melhor do viver.

Seria um mero mês de passagem e que não tem nada para acontecer?

Não sei.

Só sei que se o ano começa, de fato, somente em março desta vez, ainda temos alguns dias para, apenas, sobreviver.

A coisa vai mesmo mudar após passarmos por fevereiro?

É ver pra crer!

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Mas aí surgem notícias que mostram que fevereiro pode ser, para além de 'mês de passagem', um mês de oportunidades.

Depois de uma década, o Clube Status, em São Leopoldo, reabre suas portas no próximo dia 12 (quarta-feira.

E em grande estilo, ao som de Rainha Musical.

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Fevereiro, como qualquer mês, traz o misterioso fato de que, quem faz o bom ou ruim de sua própria vida somos nós mesmos.

Tudo é simples na vida. Somos nós que complicamos, enfim.


Abraço e bom final de semana a todos.