sábado, 3 de novembro de 2018

Novembro

Mais uma vez passou Finados e eu não publiquei. Mas hoje resolvi vir aqui e percebi que um texto escrito há dois anos, fazendo referência ao tema, foi o mais acessado nominalmente na última semana. Falei sobre "O vento de Finados" (02/11/2016). Resgato, um trecho:

"Cresci com a ideia de que finados é sempre um dia de fortes ventos. De quando lembro, dirigindo-me à Cazuza Ferreira, onde lá se encontravam os entes que já partiram, um dia bonito de sol, daqueles com o céu chamado de brigadeiro, e vento. Um vento implacável.
Seria a manifestação dos mortos de que por ali estavam?

Não sou muito adepto a questões que ultrapassam a realidade concreta. Não duvido da vida abstrata, respeito, só que não penso muito nisso.

Nunca mais fui à Cazuza no dia de finados. Nunca fui no cemitério de São Chico em dia de finados, ainda que lá esteja repousando o querido Vô Netto.

A bem da verdade não sou apegado a crenças e religiões. Tenho as minhas, é claro, mas são tão particulares que não se apegam as que por aí estão e são reconhecidas. Já fui diferente, como talvez o seja ali na frente. O barato da vida está justamente em não criar muitos estigmas. Certo? Não sei, mas foi o que me veio a cabeça neste momento. Cada um deve falar por si e viver da mesma fora, talvez.

Agora, no que tange ao vento de finados, este parece que tem sempre. Semana passada alguns dias pareciam finados: bonitos e ventosos. O grande e imortal Érico Veríssimo falou do vento de finados em alguma das obras da saga "O Tempo e o Vento". Ninguém como ele retratava passagens do tipo com tamanha precisão e comedimento, ao mesmo tempo. Um Mestre!

Me encanta a vida do interior e suas particularidades. Não consigo, pois, pensar em viver isso mais de perto. A ideia de sociedade subjetiva que existe em Novo Hamburgo e cidades de maior porte me instiga bem mais. Tento sair daqui, mas sempre retorno.

Seria um carma? É carma o vendaval de finados?

Não gosto de vento, logo, não gosto de finados. Simples assim. A razão? Não sei."

***

Semana cheia para a música gaúcha.

O grupo Portal Gaúcho apresentou seu novo sócio e vocalista: Victor Pedroso. Apenas resta saber quando assume.

Para o seu lugar, nos Garotos de Ouro, ainda não há manifestação oficial da banda.

Já hoje, poucos minutos atrás, meu amigo e grande gaiteiro Alan Moreira, anunciou que não faz mais parte do grupo Campeirismo, o grupo do João Luiz Corrêa. Eu também aguardo maiores detalhes, para saber os reais motivos.

***

Enquanto isso, lá fora, segue um dia nublado e pouco convidativo a sair de casa.

Chegou novembro.

Bom final de semana a todos.

* publicação nº 995

Um comentário:

JARETTA disse...

O Victor Pedroso pelo tipo não é e não gosta de musica gaúcha autentica, só Tchê Music que tenho nojo, e o Alan pelo tipo não da certo em lugar nenhum!