terça-feira, 20 de setembro de 2016

Barbaridade! Que orgulho em ser Gaúcho.

Muitas palavras definem a nossa espécie. Sim, não tenho dúvida de que Gaúcho é uma das tantas espécies que existem nesse mundéu. Mas, a que eu mais gosto é: BARBARIDADE! Barbaridade é uma palavra que pode dizer muita coisa e significar outras tantas. Pode ser algo grandioso e espantoso, pasmem não raro as duas coisas ao mesmo tempo.

O dito maior jornal do Rio Grande neste final de semana, mais uma vez, trouxe artigos que tentam por em xeque a nossa história, dando a entender que deveríamos nos envergonhar da Revolução Farroupilha ao invés de vangloriar feitos, na visão dos articulistas, notoriamente duvidosos. Que barbaridade! O mesmo blá-blá-blá todo ano.

Primeiramente, em momento algum, enquanto lia as supostas verdades, cuja hipótese é o que permeia, convenhamos, cheguei a duvidar daquilo que gosto e que entendo por tradição. Não foi lendo estas coisas que cheguei perto de ferir meu orgulho, o orgulho gaúcho. E digo por quê.

Realmente, não vencemos a revolução. Mas, lutamos bravamente contra todo o poder imperial por dez anos, com menos homens e com recursos escassos. Não tivéssemos o respeito do Império, Duque de Caxias não teria sido enviado para cá com a missão de encerrar a discórdia. Não tivéssemos o respeito do Império, em acordo não teria terminada a peleia. Logo, não tem nada e nem ninguém que me prove que a nossa luta era indigna e que a nossa reverência ao 20 de Setembro seja inoportuna.

Até nisso somos sujeitos de sorte. O mês de setembro parece mesmo o mais apropriado para se comemorar uma data de proporção coletiva. Para ajudar, o dia 20 é algo difícil de adjetivar. É forte e único! O que conhecemos por nossa tradição é mais recente, sim, mas também restara construída a partir dos elementos colhidos ao longo de toda nossa história, tendo como evento balizador o 20 de Setembro, dia em que ousamos levantar as armas contra a opressão, ensejando uma revolução que durou uma década. Ninguém luta por 10 anos sem um propósito social e coletivo. Desculpem-me, mas não foram os interesses privados que trouxeram Giuseppe Garibaldi para a América.

Poderia dizer que chamar o gaúcho de um sujeito que andava errante nos pagos platinos é uma barbaridade. Mas, isso é o que menos me incomoda. Não me trás medo carregar a pecha de teatino, dos meus ancestrais. Medo seria ser taxado de cordeiro em meio aos lobos. Nunca me caiu bem a ideia de parcimônia e do aceite puro e simples aos desmandes governamentais.

Hoje é 20 de Setembro. Comemoramos mais um ano a revolução que moldou o caráter desta espécie que conhecemos por gaúcho. Não somos os melhores em tudo, nem somos os perfeitos, mas não tenho dúvida de que se um dia chamados a guerra novamente, seremos os primeiros a levantar as armas para lutar por aquilo que acharmos justo. 

O 20 de Setembro é uma valorosa expressão do que representa o caráter do nosso povo. Enquanto o nosso orgulho permanecer em riste, pouco importa o que pensam meia dúzia de "historiadores". O Gaúcho Mário Quintana, Poeta com letra maiúscula, é Vossa Excelência o definidor do que alguns destes (errantes) artigos representam: "Eles passarão, eu passarinho".

Mas que barbaridade! Como é bom ser gaúcho e que orgulho tenho de dizer isso para quem quer e também para quem não quer ouvir.

A minha história, afinal, meias palavras não são capazes de desconstruir.

E viva o 20 de Setembro! O precursor da liberdade. E como é bom ser livre. E como é moderno ser gaúcho:


#revoluçãofarroupilha 
#20desetembro 
#orgulhoemsergaúcho 
#barbaridadetchê!

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