Além fronteira

Não há fronteira para a cultura gaúcha. Nunca houve, aliás. Prova disso é o comentário feito pelo  gaiteiro e leitor deste espaço, o amigo Edivaldo Giaretta, que algum tempo vem se manifestando por aqui e agora deixamos mais transparente a sua origem. 

Permitam-me reproduzir seu último comentário:

"Obrigado por citar meu sobrenome, me chamo Edivaldo Giaretta, Toco gaita e sou fã acidulo da musica gaúcha, moro em Bituruna-PR, acompanho o seu trabalho no blog.

Sou de origem Italiana de Bento Gonçalves, que desbravaram o estado do Paraná e a Região de Bituruna lá por 193.... 

Parabéns.

Um Abraço!"

Assim como a família Giaretta, ali da região de Bento, de pessoas afoitas ao trabalho e ao desenvolvimento, quantas outras desbravaram o próprio Rio Grande, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e por aí vai?

Falem o que quiserem do nosso povo gaúcho, só não digam que não arregaçamos as mangas para fomentar este país de sul a norte.

Pois hoje em dia, é através da nossa música que os gaúchos além fronteira conseguem reviver a nossa tradição. Diria até que estes gaúchos valorizam bem mais nossa cultura que nós mesmos que aqui no Rio Grande vivemos. Para se ter uma ideia, basta olhar a agenda dos principais grupos de fandango e verão que a maioria deles toca muito mais do Rio Grande pra cima do que no próprio pago gaúcho.

Para se exemplificar, o grupo Cordiona (Porca Véia) está no estado de Roraima, neste final de semana. Já Roger Morais e grupo Pátria Gaúcha, aqui da região, estão no Pará. Não podemos esquecer que o Tchê Guri gravou um dvd em Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, cujo CTG detém a marca de ser o maior do mundo.

Compreendem o que representa a nossa tradição?

Pois, então, que tratamos de não mais lembrar do que é nosso às vésperas da Semana Farroupilha. E viva os gaúchos de todo o Brasil!

Amigo Giaretta, sinta-se sempre em casa por aqui. Puxe o banco e vá sentando que o mate está (quase) sempre quente.

Forte abraço e obrigado pela parceria.

Bom final de semana a todos.