terça-feira, 9 de agosto de 2016

O ouro da Rafaela

Não estou acompanhando os Jogos Olímpicos e também não assisti a cerimônia inaugural. Nunca me cativei, mas, ontem, após algumas manifestações nas redes sociais, acompanhei pela internet uma das provas olímpicas, justamente a que coroou Rafaela Silva como medalha de ouro. O primeiro ouro para o Brasil? Não, o ouro de Rafaela que é representante do judô brasileiro.

Passei a pensar assim quando soube que há quatro anos, em Londres, após perder uma luta e ser desclassificada, Rafaela foi hostilizada e vítima de um preconceito nefasto, nojento e doente. Pois ela, e só ela, resolveu dar a volta por cima e agora se sagrou campeã. Não foi o brasil que estendeu a mão para a moça.

Uma moça pobre ganhar uma medalha nos jogos olímpicos demonstra o que eu sempre disse: que a educação é o cavalo de batalha de qualquer nação que se julga séria. E dentro do contexto da educação vem o esporte. A inclusão é feita pelo esporte e pela educação. Quer transformar o Brasil numa pátria decente? Eduque o povo! Simples!

Mas se educar o povo como alguns vão conseguir virar políticos nesse país? Pois é...

Parabéns à Rafaela, mulher, pobre, negra e, o principalmente, de fibra e coragem. medalha merecida. Ela é tua e de mais ninguém.

***

Vamos parar com a síndrome de vira-lata. Não, o importante não é competir. O importante é ganhar. Vamos parar com este chororô. Se perdeu não tem que virar semi heroi, mas sim, levantar a cabeça se resignar e daqui há 4 anos ganhar. E pronto.

Como fez a Rafaela.

Boa semana a todos.

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