Semana passada entrei em um shopping de Novo Hamburgo, para poder comprar um terno. Não era para mim, mas sim para o Arthur, meu irmão, que na próxima quinta-feira se forma no ensino médio (antigo segundo grau). Decidiram ele e os colegas, que deveriam se formar de terno: pode isso Arnaldo? Mas, enfim, deixa a gurizada ser feliz e a minha mãe chorar as pitangas por ter de gastar com um traje para o rapaz.
Chamou-me a atenção, contudo, que movimento de pessoas não faltava em nenhuma das lojas. Daí ficam reclamando que não há dinheiro, que isso e aquilo, mas lá esta o povo no comércio fazendo a alegria dos comerciantes e, talvez, se enterrando em dívidas.
Mas é natal, afinal. Que seja eu mais condescendente, afinal.
***
A formatura do Arthur será na próxima quinta-feita, 22. Estes dias, num não tão raro momento de nostalgia e, porque não, de saudade, me veio a cabeça o seu primeiro dia de aula. Era um toquinho de gente, não maior que o Bernardo, vestindo o uniforme da escola. A bermuda quase parecia uma calça. O sorriso no rosto era contagiante.
Fecho os olhos e lembro daquela cena. Claro que com nostalgia e muita saudade, não serei hipócrita de dizer o contrário. Pois já se passaram 15 anos e tantas coisas aconteceram, tantas coisas nós passamos e aquele que era o meu bebe, hoje, é quase um homem feito. Que loucura esta vida.
Por isso que curto e muito estes dias de criança moleca do meu biscoito, o Bê, pois tenho certeza de que daqui um tempo, e ele passará rápido, me pegarei a lembrar de momentos como o do Arthur e seu primeiro dia de aula. Nesse dia, saberei que estou ainda mais velho e que a saudade, afinal, é um dos sentimentos mais fortes que existe.
E assim se vai a vida. E assim a vida se vai.
Em frente.
Boa semana a todos.
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