sexta-feira, 16 de abril de 2021

Há uma década... (abril)

Há uma década no Blog do Campeiro é uma seção que deveria ter começado aqui já no ano passado, mas me passei um pouco e acabou ficando para 2021. Pois de agora em diante, uma vez a cada mês, trarei uma publicação do mês que estamos só que há 10 anos atrás.

Vamos ver o que mudou no meu pensamento de lá pra cá, na vida de todos nós, além de curiosidades e lembranças.

Se bandiamo:

Abril:
 
Apaguei a luz e fechei a porta (de 15/04/2011)

Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. Não é um simples até breve, mas sim, um adeus. Apagar da memória o que ficou para trás é impossível, afinal, as boas lembranças ficarão. O que não foi bom o tempo trata de apagar ou quem sabe, atenuar. Mas é preciso ir em frente. Os amigos que ficam permanecerão. Amores talvez? Talvez. Se existirem mesmo vão embora junto. Mas porque ir embora? Não sei. Talvez porque é mais uma página a ser virada na nossa vida. Sim a nossa vida é escrita por páginas, algumas escritas uma única vez, e outras diariamente até que, enfim, chegamos às últimas palavras. As últimas palavras as vezes são fáceis. Outras difíceis. É por isso que eu acho que o certo mesmo é apagar a luz e fechar a porta. Sem alarde, sem despedida, sem emoção. Fica como último momento as boas risadas, o companheirismo e a saudade. Nunca a despedida, o choro ou a desilusão. Chega o dia em que a gente apaga a luz e fecha a porta. Pega o caminho da rua e não olha mais para trás. É assim. Simples. Numa retomada nostálgica da linha do tempo, volto ao mês de março do ano de 2006. Já estava a mais de mês sem fazer nada e preocupado. Aí veio a ligação me convocando para assumir o cargo para qual eu tinha sido aprovado em concurso público quase um ano antes. Ao chegar na capital, descobri que a vaga era para a própria capital. Ora, ainda que eu já vivesse em Novo Hamburgo há algum tempo, pra um filho lá dos campos de São Chico de Paula a capital assusta um pouco. Mas foi só o susto inicial. Hoje amo Porto Alegre e voltarei a morar lá se o destino assim quiser. Passados dois anos, voltei para Novo Hamburgo transferido e desde então, passei a sonha com a possibilidade da mudança de cargo. Fiz novo concurso, passei em 1º lugar e ainda assim, só recebi a convocação quase no último suspiro de validade do processo seletivo. Fui transferido para Taquara. Uma boa no começo, pensei, afinal, voltaria a viver próximo de São Chico. Doce engano, afinal, hoje quase não visito mais a serra. Não me arrependo de nada que fiz, da onde estou, todavia, chega o dia em que a sua vida precisa de um novo rumo. É preciso tomar uma séria decisão. Hoje fecho um ciclo em minha vida. A maioria das pessoas deve me tachar de louco, afinal estou deixando o tão sonhado serviço público. Eu procuro achar que eu estou tomando a decisão de viver, ser feliz. O resultado da minha decisão só o tempo dirá, mas o primeiro passo eu estou dando: correrei o risco. Eu hoje ando devagar, mas já tive pressa. Vou tocar em frente. Bem do meu jeito. Eu hoje vou apagar a luz e fechar a porta. Vou sair pela rua à fora e não vou olhar para trás. Vou buscar a minha felicidade e vou encontrar!
Agradeço a todos os amigos que conquistei e ao apoio incondicional de minha família e de minha amada prenda Mariana.

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De lá para cá outras portas se fecharam, outras ainda precisam ser fechadas, enfim. Fechamos algumas para abrir outras tantas.

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Para começar bem o final de semana, uma excelente notícia: Zezinho (José Claro), do grupo Floreio, ganhou alta do hospital e termina a recuperação em casa, rodeado da sua família e de toque de gaita. Grande Zezinho!

Abraço a todos.

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