segunda-feira, 26 de abril de 2021

O Biriva não morreu

 Poucos artistas ficaram marcados por tamanha irreverência, aliado ao talento ímpar, como do cantor de Horizontina, o grande Rui Biriva. Não ficava gente parada em seus shows e sua história musical está aí, gravada na história para que todos possam ver e ouvir ainda hoje.

Recordo-me dum show (o único) que assisti pessoalmente dele numa Festa do Pinhão em São Chico; anos depois adquiri um DVD gravado ao vivo em alguma festa também (acredito que na cidade de Portão/RS), o qual guardo como relíquia para, de quando em vez, assistir e ouvir a sua sonoridade musical e todo o resto que sempre proporcionou.

Toco nesse assunto pois, ontem, dia 25 de abril, completou-se 10 anos de sua morte. E parece que foi ontem. Uma década se passou e uma pessoa como o Biriva segue fazendo falta. O que eu escrevi na oportunidade triste de ter de noticiar seu falecimento:


"O Biriva não morreu (publicado em 25/04/2011)

Acordou mais triste o Rio Grande hoje. Não só a comunidade artística da nossa música regional, mas o Rio Grande como um todo. Morreu o Rui da Silva Leonhardt. Se foi o Rui Biriva. A tristeza em questão não afeta somente a perda dum dos expoentes da nossa musica nativista, mas sim de um ser humano íntegro, respeitável e acima de tudo sempre muito bem humorado. Uma figura ímpar que dedicou sua vida a levar a todos que apreciam a boa música o seu talento, maestria e a sua irreverência.

É, sinceramente, com profundo pesar que escrevo estas poucas linhas no dia de hoje. Lastimo realmente a perda deste grande músico chamado Rui Biriva. Os palcos do Rio Grande estarão mais tristes apatir de hoje, não só pela sua ausência como também por sua alegria e talento. Se vai a figura do Rui Biriva, mas permanesce intacto na história da cultura musical tradicionalista e popular deste nosso estado e no coração de cada gaúcho e gaúcha desta querência, o legado construído por este grandioso e saudoso cantor. E é por isso, senhoras e senhores que sou enfático: o Biriva não morreu e, aliás, não morrerá jamais.

Nossas condolências a família, amigos e ao Rio Grande.


***

Castelhana, Santa Helena da Serra, Pé na Estrada, Tchê Loco, Rebanho de Agonias, Canção do Amigo... Músicas que cantarolamos ainda hoje em dia e assim faremos para sempre, pois são poesias melodiosas eternas.

Por isso, me repito apesar dos 10 anos passados:

O Biriva não morreu. Não morrerá jamais!

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