terça-feira, 12 de abril de 2011

Bom é o que é nosso

Após o massacre de Realengo no Rio de Janeiro, não encontrei muita inspiração capaz de transformar-se em texto para sexta-feira. Por mais que eu tentasse, não tinha como escrever linhas de alegria pré-final de semana, ou qualquer palavra que fosse para tentar encontrar alguma justificativa plausível a ocorrência do fato. O episódio triste que ficará eternizado negativamente na memória de cada cidadão brasileiro não tem explicação. E ponto final. Ontem, segunda-feira, estive na capital de nosso estado dando ensejo a uma nova realidade que vem tomando corpo e faz parte daquela famosa “decisão” a que referi-me pouco antes do término no ano de dois mil e dez. Hoje, já tinha desistido de escrever, mas, aí me bateu um complexo de culpa, afinal, não poderia ficar cinco dias sem colocar nada por aqui. Poderia falar de tradicionalismo mas o tema está reservado para próxima sexta-feira. Vou falar então de futebol. Sei que já falei de futebol estes dias mas vou falar um pouco mais. E por aí que segue... Paulo Roberto Falcão fora apresentado ontem como novo técnico do meu time do coração, o Internacional. Pode parecer demagogia de minha parte, ou sonho de uma noite de verão, mas sinceramente, eu a bastante tempo já esperava isso. No mundo futebolístico de hoje em dia, onde o dinheiro é o carro chefe que leva jogadores e treinadores para onde quer, é de suma importância valorizar aquilo que é nosso e também, aqueles que valorizam a gente. Falcão representa uma época gloriosa do Colorado? Sim. Mas representa também uma figura respeitosa e que parece ter forte conhecimento acerca de futebol, ainda que afastado da beira do gramado há alguns anos. Pode até ser que não dê certo, mas por incrível que pareça, até um pessimista convicto como eu to botando fé nesta escolha. A escolha de Falcão ao meu ver não é uma resposta ao adversário que tem um ídolo seu como treinador. Agora, se tal situação serviu de ponto de partida para que a direção do Internacional tomasse esta medida, ou seja, contratando Falcão, bom aí é de se louvar o fato de a rixa ter ficado de lado pelo menos por um curto espaço de tempo. É preciso valorizar o que é nosso. O que é do Rio Grande. Quem respeita nossa bandeira, bombacha e a camisa de nossos clubes. É preciso comprometimento e idealismo. Chega de futebol comercial, chega de jogador mau caráter, chega de diminuir o que é nosso. Acredite: o bom é o que é nosso.

_ Forte abraço a todos.

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