terça-feira, 24 de julho de 2018

Causos de Fandango II

Sei que deveria usar minha nostalgia a serviço deste blogue, relembrando mais fatos acerca das vivências que eu tive pelo Rio Grande afora, tocando baile. E acreditem, foram muitas as histórias que se criaram e creio que eu já possa contar por aqui.

Então, vamos para mais uma:

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O geadão

Era o mês de julho de 2009, mais perto de agosto, e tinha um baile para tocar em Estância Velha, nas antigas dependências do CTG Gaudérios da Saudade. Naquela época, o CTG possuía um galpão acanhado (se comparado com o atual), numa ruazinha transversal à lateral da BR 116. Era uma bela noite de inverno, fria, como se imagina, mas com um bom público. Aliás, não sei se não era um popular baile da linguiça.

Faziam poucos dias que eu tinha comprado o meu primeiro carro zero km. Um Celta preto, todo embonecado, e já estava preocupado como pagaria as prestações. Não lembro se já tínhamos o ônibus naquele tempo, mas eu quase todos os bailes que toquei fui com meu carro. Estacionei próximo à entrada do CTG, na rua mesmo, e fomos ao baile. 

Antes, contudo, enquanto passávamos o som, tive o primeiro dissabor com meus sócios. Dali para frente foram muitos outros, culminando na minha saída em 2011. Pensávamos bastante diferente acerca da administração do grupo e, principalmente, montagem de repertório. Mas, estes detalhes são dum passado que não vale a pena recordar.

Baile véio pegado, na metade, pessoal começando indo embora porque o frio cada vez apertava mais, e lá por 4h da madrugada saio na rua e meu carro, novinho, estava branco de geada. Que loucura. E que aflição! Não é incomum gear na região dos vales, mas são poucas as experiências mesmo ao longo do inverno. Então, era aquela uma madrugada gelada, branca e rara.

Foi só a primeira das ruins que o Celtinha tomou. Veio coisa muito pior dali para frente.

Importante é que foi um bom baile e me bateu uma saudade dos bons tempos de fandango que já vivi.

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Boa semana a todos.

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