sexta-feira, 13 de julho de 2018

Tempos difíceis

Não dá para fazer da vida uma rede social, tais quais as que existem por aí, mas admito que por vezes elas são de interessante valor. As idas e vindas das coisas do tradicionalismo gaúcho consigo tomar conhecimento, muitas vezes, pelas páginas de determinados artistas ou percussores do tradicionalismo.

E o que tenho visto tem me deixado preocupado.

Sei que estou me repetindo, mas dias atrás referi aqui sobre o encontro que tive com o Patrão de um dos CTG's de Sapiranga, outrora onde toquei grandes fandangos, e que já está recorrendo a duplas para otimizar custos.

Pois, do que tenho visto, os grupos da região que ainda se seguram o fazem animando fandangos fora da região, principalmente na região da serra, onde as cidades parecem sofrer menos com os adventos do desgoverno que há muito assola este país. Bailes pela volta estão minguados. A própria Sociedade Gaúcha de Lomba Grande já teve seus melhores dias, ainda que grandes nomes somente lá.

Quando comecei a vida fandangueira também eram tempos difíceis, cachês minguados, mas sempre teve lugar para tocar. Recordo-me que o velho Alma de Campo fez mais de 40 apresentações em um ano. Já hoje em dia tem grupo que não toca uma vez por mês; CTG que faz um evento por ano.

Além do mais, principalmente em Novo Hamburgo, notei que há o grupo da moda. Só eles são contratados o que, convenhamos, não é bom para ninguém. Logo, as pessoas vão enjoar e as patronagens também, enfim.

Tempos difíceis para os grupos de fandango. Bastante, por sinal. Assunto pertinente para uma sexta-feira 13. Que coisa!

Bom final de semana a todos.

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