sábado, 30 de outubro de 2021

Chasque do fim de outubro

 Chegamos ao final de mais um mês, com a tentativa da humanidade, como um todo, em fazer a vida parecer mais normal a cada novo dia. E a "tentiada" é livre como diz o gaudério, mas sempre com muita responsabilidade, afinal, a pandemia não acabou.

Tampouco a vacina, embora seja de suma importância que seja feita por todos, é cheque em branco para que a uma ideia ilusória de normalidade passe a figurar na cabeça das pessoas.

Mas algumas coisas tem que voltar a acontecer, reconheço, pois a roda precisa girar.

Com cuidado sempre, repiso.

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A pandemia trouxe também oportunidade para muitos "problemas". Vejamos que CTG's e Casas de Baile que remavam para manter programações tradicionais, tem chance clara agora de mudar a rotina, amparados na pandemia como motivo.

Muito local tradicional vai diminuir o ritmo. O que era toda semana passará a ser semana sim, semana não; outros uma vez por mês e por aí vai.

Enfim, não critico. Em CTG, por exemplo, a maioria trabalha "no amor à camiseta" e as novas gerações não estão mais "comprando a briga". As pessoas envelhecem e cansam de lutar por uma causa muitas vezes ingrata, já que nem tudo é perfeito em lugar, inclusive no tradicionalismo. 

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O mesmo vale para bandas e grupos. Já comentei aqui muitos que já estavam aos tropeços simplesmente vão sair de cena, sem muito alarde.

Grupos e bandas tradicionais, com história na música gaúcha e com grandes sucessos gravados. Inclusive, um grande grupo da serra gaúcha, conforme me foi soprado.

Vamos torcer que não aconteça, pois perde muito a música e nossa cultura.

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Acabei me passando e não anunciei aqui o novo guitarrista do grupo Cordiona: Moisés Souza, o Moisézinho. Multi-instrumentista, o rapaz tem uma carreira deste guri e vai acrescentar bastante talento ao grupo musical Cordiona.

Lembrando que o grande Amaro Peres se aposentou dos palcos.

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Passou, também, e não deixei aqui registrado meu lamento pelo falecimento, no último dia 12, de Paulo Morais. Reconhecido empresário do meio musical gaúcho, Morais trabalhou com Os Mateadores, Chiquito e Bordoneio, grupo Rodeio dentre outros. O conheci pessoalmente enquanto empresário do grupo Rodeio. Paulo Morais, que teve um infarto fulminante, recentemente trabalhava com o grupo Som do Sul e o grande nome do momento, o cantor Baitaca.

Nossos sentimentos aos familiares, amigos e colegas músicos.

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Se findou outubro.

Abraço e bom final de semana a todos. 


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