terça-feira, 2 de novembro de 2021

Érico, os 50 e finados

 Li dia desses que fez 50 anos da publicação do último romance do grande e imortal Érico Veríssimo. Já falei por aqui, mais de uma vez, da admiração que tenho pelo magistral escritor nascido em Cruz Alta e  falecido há quase 46 anos.

Seu último livro foi Incidente em Antares, que fala justamente dos mortos que voltam, ou seja os personagens eram mortos-vivos, cujo desenvolver da história traz críticas políticas, sociais e também culturais. Enfim um retrato da sociedade brasileira, eis que uma obra de realismo fantástico para escancarar as mentiras de uma sociedade hipócrita e injusta.

Virou minissérie global em 1994.

Aliás, falando em Érico Veríssimo, na sua obra mais famosa, a saga "O Tempo e o Vento", já trazia o escritor essa relação com finados, principalmente no núcleo da personagem 'Ana Terra' e depois da sua neta 'Bibiana'.

Enfim, falo isso no dia de hoje, finados, sempre lembrando na questão do vento de finados que muito já fiz referência por aqui. O vento de finados está sempre presente, mesmo quando achamos que não notamos ele. Talvez, seja a forma dos nossos entes queridos mostrarem que de alguma forma ainda estão presentes nas nossas vidas.

Cada um acredita no que julga importante, cumpre-me deixar bem claro aqui.

No México, cultua-se o dia de 'los muertos'. O filme "Viva: a vida é uma festa" é um belo exemplo disso e recomendo, mesmo sendo uma animação.

Cada qual com suas crenças e pensamentos.

Sob o vento de finados, brindo os meus que já se foram e deixam saudade; também o grande Érico Verísismo que, mesmo depois de 50 anos, ainda é um dos melhores da história.

Bom feriado a todos.  

Nenhum comentário: