sexta-feira, 24 de junho de 2011

O circo

Hoje estou trabalhando normalmente. É um dia tão normal, que até prova na faculdade eu tenho. Lembro que na época de colégio contava os feriados já no início de cada ano. Destacava principalmente os que caiam em terças e quintas-feira, afinal, as chances de estes serem estendidos e virarem feriadões era grande. Também era grande as chances de, nestas ocasiões, eu pegar o ônibus rumando a serra. Bons tempos. Hoje, a coisa está um pouco diferente. Já dou mais valor para os feriados isolados, ou seja, únicos e sem extensão. Ou seja, mudam-se as responsabilidades da vida e também cada conceito acerca das situações do dia-a-dia. Não vou dizer que não seria bom um feriadão, mas, creio ser melhor ainda se ele vir lá pelos idos de outubro, ou então novembro. O corpo já bem mais cansado que agora, saberá aproveitar bem mais estas horas extras de descanso. Coisas da vida. No mais, neste exato momento preparo-me para mais um teste de habilidades acerca das matérias que tenho estudado a cada semestre nestes últimos anos. Não acabou ainda. Talvez demore mais um pouco. Mas vai chegar certamente.
Por falar nisso, nossos nobres integrantes do Congresso Nacional estavam esta semana em “recesso branco”, que quer dizer na teoria que até há pauta, mas na prática... Justificativa? Além do Corpus Christi, a necessidade dos parlamentares, principalmente oriundos do nordeste, prestigiarem os festejos juninos de sua região, tão importantes para o desenvolvimento cultural brasileiro. Senhoras e senhores, não pensem aqui que eu estou agindo de forma preconceituosa contra o nordeste, mas alguma vez você ouviu falar que o Congresso entrou em recesso branco em virtude da nossa semana farroupilha? Você leitora e você leitor, por acaso foi dispensado do seu serviço alguma vez para comemorar o seu aniversário? Claro que não. Mas Deputados e Senadores podem, isso e tudo mais. No grande circo que é a nação, só não tem direito a maioria: os palhaços.
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Para viver momentos de nostalgia nesta sexta-feira, faço um breve exercício de memória. Afinal, quanto tempo faz que não vou ao circo? Confesso que não consegui lembrar-me. De qualquer forma, com o passar do tempo e o andejar da referida globalização, encanta-se pelos adventos da tecnologia e as facilidades da internet e há um esquecimento tácito as verdadeiras coisas boas da vida, aquelas coisas de outrora, da simplicidade. Lembro-me do circo, das velhas festas da Várzea, das férias de inverno e verão em São Chico. O tempo passa e de alguma forma parece que as coisas tem prazo de validade. No meu caso especificadamente, não deixei de ir ao circo em virtude do advento da modernidade, mas sim, porque o circo parece estar sumindo. Outras coisas parecem que vão sumindo, menos a falta de vergonha na cara de alguns. Então que se revertam os valores, e que fique o verdadeiro circo com os verdadeiros palhaços, os artistas da arte circence, e não o circo chamado Brasil sustentado por palhaços que são facilmente confundidos com brasileiros.
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Na próxima semana as postagens devem voltar ao normal
Peço desculpas pelo avantajado da hora.
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Abraço e bom final de semana a todos.

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