segunda-feira, 6 de junho de 2011

Por diante

De poncho emalado por diante. Assim, no último sábado segui no rumo da cidade mais bela, e fria, da nossa serra gaúcha. Após um breve sumiço, tava na hora de dar as caras lá pelas bandas da querida São Chico, rever os parentes e patrícios, além de prestigiar mais uma edição da Festa do Pinhão. Independente da minha aprovação ou não, de eu ter gostado ou não da nova estrutura da festa, é meu dever ir para lá prestigiá-la. Afinal, se eu não defender o que é meu quem defenderá? Mas antes da festa, gostaria de desculpar-me pela breve ausência. De pronto, gostaria de alongar as minhas desculpas, pois neste mês estarei um pouco onipresente aqui no blog do Campeiro. Em virtude de uns compromissos já assumidos com uma certa data, terei de ausentar-me de algumas atividades tidas como essenciais. Estarei menos por aqui, mas pretendo estar toda as semanas, entretanto. A partir de julho, retomam-se as postagens semanais com a prosa, a charla, a poesia e a prestação de serviço já característica deste blog.
Creio ter escolhido bem o final de semana para ir visitar São Chico. Deu certamente para dar um experimentada no inverno que chega em poucos dias. Posso afirmar com certeza absoluta que a madrugada de sábado para domingo foi gelada, literalmente. Da mesma fora, contudo, compensadora por um domingo bonito de sol. Céu de brigadeiro. Na parte da tarde desloquei-me até as dependências da antiga Gaúcha Madeira, para quem não sabe, na década de 1970 e 1980 uma das principais potências do ramo em nosso estado. Se por um lado os pavilhões deram mais aconchego aos visitantes, perdeu-se o espaço físico privilegiado do Parque Davenir Peixoto Gomes. De qualquer forma, independente do meu gosto ou não, cabe a municipalidade definir de uma vez por todas o local definitivo da festa. Assim, pode-se começar a investir já este ano para a próxima edição. Encerra-se a correria, a pressa e as coisas feitas no “laço”. Definida a estrutura da festa, pode-se começar a pensar em vôos mais altos, de acordo, com o nome que o evento já conquistou em toda a comunidade gaúcha.
Já preparava-me para deixar os pavilhões da festa e, por conseqüência, São Chico, quando resolvi assistir o show do Tchê Barbaridade. Não sei porque, mas bateu uma nostalgia momentânea e eu acabei esperando. Independente da forma de apresentação, devo salientar que pude vê-los vestindo bombacha novamente. E mais, a primeira parte do show na verdade não foi um show e sim, um fandango a moda antiga. Os grandes sucessos do Tchê Barbaridade num trancão de baile. De dar gosto. A segunda metade quando começou eu fui embora. De qualquer forma, eu sei que o Tchê Barbaridade jamais voltará a ser como era, contudo, viu-se que dá para evoluir sem renegar as origens. O que não se pode é perder os fundamentos, os valores e a identidade. Na minha identidade consta o nome do Rio Grande, o de São Chico e o de Campeiro. Assim vivo bem e continuarei sempre vivendo. Com orgulho e fundamento. Com fé e esperança. De poncho emalado por diante, no causo de invernia.

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Abraço e boa semana a todos

Um comentário:

Angela Castilhos Teixeira disse...

Pois eu lembro dos tempos em que o Tchê Barbaridade tocava nos bailes do Lajeado Grande. Eram bailes em quantia, bons de dançar, agradáveis de ouvir. Hoje, a simples menção do nome do grupo me lembra maxixe e uma troca de identidade. E como preservo a minha a ferro e pelegaço, não me largo mais em festas com esse grupo. Tanto que não fui no show deles, e agora lendo teve uma primeira parte interessante, tive 50% de arrependimento.