segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Um dia a casa cai

Depois da participação “brilhante” dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Londres, creio que as coisas voltem a normalidade ou a promiscuidade de sempre. Não sem antes, é claro, lembrar que muito antes de bons técnicos, temos que contratar psicólogos, afinal, ninguém entregou tanto na terra da Rainha como nós, fiasco total. Como todos bem sabem, estamos em ano eleitoral e se a campanha ainda não começou, assim o fará a partir de agora. Semana que vem começa o horário eleitoral no rádio e televisão e, com ele, um enriquecimento cultural, social e político, até porque os nossos candidatos são pessoas de trato refinado, com um conhecimento bastante vasto do que é preciso para, “finalmente”, corrigir todos os problemas que assolam a nossa vidinha, aqui pelo município. No resto do Brasil, segue a roubalheira e a safadeza. De fato, vivemos no país do bananão, mas, e sempre tem um mas em tudo, um dia a casa cai, e que tombo!

Todos podem observar, aqueles que me acompanham semanalmente, que pouco uso a palavra “promiscuidade” embora tenha bastante vontade e com relevante frequência. Mas não a utilizo em respeito as pessoas de bem que por aqui vivem, aquelas que trabalham pelo desenvolvimento do país sem pedir nada em troca. Com mais frequência uso a palavra “hipócrita”. É uma palavra triste e sorrateira, que não deveria ser qualidade de nenhum povo, ou defeito, mas é a nossa realidade, infelizmente. Senhores, as vezes acho que o Brasil vive na época da Roma Antiga, quando aqueles governantes utilizavam-se da tática do “pão e circo”, ludibriando o povo com comida e festa em troca do silêncio para os desmandos e a destruição silenciosa do Estado. Sim, a meu ver pelo menos, o nosso estado está sendo destruído aos poucos, de modo que quando o povo acordar, viveremos em trincheiras furadas de bala. A culpa não é desse governo ou do anterior, muito menos o que veio antes. A culpa é nossa mesmo que desde o fim da ditadura tratou de esquecer a diferença de liberdade e libertinagem, palavras que hoje se fazem uma só em prol dos interesses de uma minoria.

Confesso-lhes que este texto escrevo pensando em manda-lo à algum jornal de boa circulação, para que em uma daquelas colunas de opinião eu possa expandir os meus temores e a realidade que, de fato, estamos enfrentando. Mas aí chego a conclusão que apanharei de tudo quanto é lado. No fim das contas, as pessoas neste país não estão muito preparadas para ler, ouvir e ver a verdade. Para que ver uma criança passando fome se posso conviver em meio da fartura, ainda que esta não seja minha? Acreditem, é muito mais fácil viver a felicidade dos outros que admitir a nossa fraqueza em lidar com nossos receios, temores e covardias. Sim, somos covardes. Entregamos o nosso poder na mão de lacaios, com respeito a exceção minoritária, que pouco se preocupam com algo além dos seus umbigos. Estão vendo porque não mando este texto pra um jornal? A verdade dói senhoras e senhores, e como dói. Muito melhor é maquiar a situação e viver sonhando com um mundo de conto de fadas, tal qual a boa séria americana Once Upon a Time. Mas um dia a casa cai, infelizmente, e o tombo, bom, o tombo vai ser de proporções capitais. O que quer dizer? Não sei. Talvez nada. Quem sabe sou eu que vivo no lado errado da história. Que pessimismo!



Abraço e boa semana a todos.

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