segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Salgaram nosso churrasco

É impressionante! Entra governo, sai governo, e se usa do dinheiro público como se quer, ao bel prazer, sustentando máquinas (políticas) infladas e de qualidade duvidosa; e quem paga a conta é sempre o povo. Tempos atrás disse que bom no Brasil, era ser pobre ou rico. O pobre, tem o governo federal como seu aliado, através do bolsa família e outros programas sociais. O rico, bom, é rico mesmo e pouco está se lixando para o valor que o computador mostrará ao término das compras efetuadas em um supermercado qualquer; ou a marca final na bomba de combustível, no tocante ao valor. Devo ser muito pateta mesmo. Só pode!

Fui faceiro, no final do sábado, comprar uma carne para um churrasco de domingo. Já imaginava um bom vazio ou até mesmo uma alcatra, já que havia desistido de encarar o salsichão, meio caro duns tempos para cá. Na semana anterior, ou pouco mais, havia pago cerca de R$ 26,90 na alcatra e uns R$ 5 a menos no vazio. Aí, quando me aportei no açougue do mercadinho fui surpreendido por um tamanho susto; quem estava do meu lado viu que algo me embasbacou. Pasmem! A alcatra estava custando R$ 31,90. Sim. É isso mesmo, perguntei-me... Não quis acreditar. Muito pior o vazio, que pulou para R$ 29,90. Não pude e nem quis acreditar, repiso. Tudo isso em uma semana?

Cheguei a conclusão, com essa, que realmente ser da classe média nesse país é um fardo difícil de se carregar. Tudo é absurdamente caro. Comida, vestuário, combustível, aluguel e assim por diante. O trabalho é apenas para se viver. As sanguessugas do governo vão tirando o líquido vermelho que corre em nossas veias gota por gota. Ainda teve a coragem, o novo Ministro da Fazenda, de dizer que antigas contribuições tendem a aumentar. A energia elétrica aumentou, ainda que o serviço prestado pela AES Sul, pelo menos, seja o pior possível, pois, basta uma nuvem mais carregada no céu, para a energia se dissipar e levar horas para retornar. Um deboche para com o consumidor.

Que saudade do Chapolin Colorado. E agora, quem irá nos defender?

No fim das contas, não desisti do churrasco mas fiquei bem tentado. Daqui para frente, já que viver sem a mais tradicional iguaria do gaúcho é impossível, o negócio é racionar. Fazer de vez em quando, em datas especiais. Com estes preços, sequer o sal grosso haverei de ter de comprar, pois a carne já sai salgada do açougue.

Só não sei quanto tempo iremos aguentar a tudo isso, sem dizer uma só palavra de revide. É bom ser gaúcho, mas olha, custa caro por aqui viver.

Boa semana a todos.

Abraço. 

Nenhum comentário: