terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fermento

Nosso (quase) sempre prestativo colaborador, Sr. Rodrigo de Bem Nunes, mandou-me um novo texto na sexta-feira, que seria o responsável por fechar a última semana que passou. Mas daí, cinco minutos depois, pediu para segurar a edição do mesmo, pois acrescentaria alguns novos pontos. Desde então, sigo na espera... Então resolvi traçar algumas linhas próprias, para abrir os caminhos da semana.

Nos últimos dias, tenho assistido a uma batalha entre membros do PT e os anti-PT. Olha, começo a me preocupar com o futuro de nosso país. Os petistas perdem a oportunidade de ficar quietos em grande parte das vezes. Não, o país não está bom. E pasmem, Dilma não pode ser comparada com Jesus Cristo (a que ponto chegamos!). A pior coisa que os petistas fazem é comparar o governo de agora com o de FHC. É melhor em muitos pontos? Claro, sejamos justos. Entretanto, a julgar que o PT está há 12 anos no poder, a comparação não deve ser feita com FHC mas consigo mesmo. Simples. A política do "ataque é a melhor defesa" é algo funesto quando se trata de discutir os problemas dum país continental como o Brasil.

Já você aí que odeia o PT, também não se vanglorie muito usando o FHC a seu favor, pois, seu governo, no geral, foi mediano pra ruim. Começou bem e terminou de qualquer jeito. Aliás, isso é o que acontece desde que implantaram a tal de reeleição. Prefeitos fazem primeiros mandatos trabalhando em "prol" do povo (sqn#) tão somente para garantir mais quatro anos, daí a coisa se arrasta.

Não li um debate razoável, no mínimo, apto a discutir uma política útil para o país. Não li ninguém falando que precisamos valorizar mais os municípios, cujo resultados dos tributos deveria reverter em maior porcentagem; ou então que a educação deve ser o carro chefe da política governamental e assim por diante. Claro, são ideias minhas e de tantos outros pensadores. O problema é que o povo brasileiro não está acostumado a pensar e daí... é o que se vê.

Penso também, por exemplo, que a saúde só vai prestar quando houver a terceirização dos atendimentos. Ou seja, o governo faz uma espécie de plano de saúde público, cujo contribuinte pagar R$ 20 ou R$ 30 por mês e, quando precisa, vai no laboratório, clínica, médico ou hospital de sua confiança, pós ressarcido pela união. Convenhamos, nem será tão difícil fazer algo do gênero. Aposto que ninguém reclamaria de pagar. Já os hospitais públicos mesmo, ficariam para o atendimento das pessoas de baixa renda e que realmente precisam do amparo estatal. Hospitais decentes, por favor, pois ninguém é bicho. Hospital é antônimo de açougue.

Não sei se verei ideias como esta um dia implantadas no Brasil. Não faz bem para a classe corrupta, esta que por aqui se instalou junto com o descobrimento do Brasil, trabalhar em prol da nação. A transparência é ruim para os negócios. Também entendo que esta lei de licitações é berçário da corrupção. Talvez tenha funcionado no início, até descobrirem que era possível meter a mão, tudo dentro da lei. Acaba com esta porcaria e vai sobrar dinheiro no final do mês. Afora que os serviços serão de muitíssima melhor qualidade, a julgar que o  que vai mandar é a lei do mercado, onde empresa falcatrua não vai longe.

É difícil comandar um país? Não. O Brasil então, bem facilzinho. Povo ordeiro, em sua maioria trabalhador e disposto a crescer. Se cresce o João da esquina, crescemos todos nós. O governo é apenas o fermento. Pois então, governo, seja mais fermento e menos faca de fatiar. E assim, talvez, um dia viveremos felizes para sempre, na terra do nunca.

Boa semana a todos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Amigo velho de guerra, muito boas suas observações. O que realmente será que acontece nessa terra chamada Brasil. Quando pegamos registros da nossa história, observamos que muita seriedade nunca se teve com relação aos governantes. O que sempre se viu foi uma ganância pelo poder. Talvez o que aconteceu foi que ainda não estávamos preparados para a tal democracia, ou seja, será que estamos sabendo escolher nossos governantes? Ou quem sabe não ? Já estou começando a pensar que quando não podíamos escolher um presidente era melhor. Aristeu Nunes

Anônimo disse...

Tenho algumas virtudes, entre elas a de dar manutenção. Muitas virtudes me faltam, entre elas a iniciativa. Por isso aplaudo muito a iniciativa. Sem iniciadores, não há mantenedores. O FHC botou o Brasil nos trilhos. E deixou o Brasil nos trilhos, tão nos trilhos que o Lula conseguiu fazer um governo muito bom. Mas depois, tirara o Brasil dos trilhos.

Anônimo disse...

Tenho algumas virtudes, entre elas a de dar manutenção. Muitas virtudes me faltam, entre elas a iniciativa. Por isso aplaudo muito a iniciativa. Sem iniciadores, não há mantenedores. O FHC botou o Brasil nos trilhos. E deixou o Brasil nos trilhos, tão nos trilhos que o Lula conseguiu fazer um governo muito bom. Mas depois, tirara o Brasil dos trilhos.