terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O Brasil tem que acabar.

Este que vos escreve têm procurado, ao longo da história deste blogue, divorciar-se de assuntos ligados à política diante da impropriedade do tema para com este espaço. Aqui, busca-se manter (da melhor forma possível) viva a tradição gaúcha, através da charla, poesia e da nossa música, é claro. Ao menos nas palavras deste. Tanto que se agregou o talento e a perspicácia do amigo Rodrigo de Bem Nunes que, com maestria, trilha o caminho da crônica política, como poucos. Todavia, não padece este que agora vos escreve de parcimônia. Tampouco sou um alijado dos problemas que a nossa sociedade enfrenta diariamente, a medida que, hoje, entendo ser necessário traçar algumas palavras acerca dos recentes acontecimentos que permeiam nosso país e que atingem, diretamente, a população. Eu, inclusive.

Pois já não se sabe o montante do desfalque que deram na Petrobrás que, até bem pouco, era sinônimo de sucesso do Brasil para o mundo. Atrelado a isso, a crise econômica que nos bate a porta há algum tempo, mas, devido a boa maquiagem governamental, era escondida fins de garantir mais um mandato para o governo que há mais de doze anos figura no poder, agora mostra sua aterrorizante face. Sou um amante da democracia, não nego. Tanto por isso, entendo que nenhuma democracia pura, na sua essência, consegue resistir a ausência de alternância no poder. Por pior que sejam os partidos políticos, e eles são ruins mesmo, sem exceção, a diversidade (ainda que subjetiva) é imperiosa para o bom andamento de uma democracia. Não se vê no Brasil, contudo, tal condição.

Ademais, o partido que está no governo, ao chegar até ele, resolveu gozar plenamente das benesses do poder a medida que, deitado em berço esplêndido, esquecera de suas origens e agora ataca aqueles que dão (ou davam) nome à causa: os trabalhadores. Não raro me refiro aqui que a classe média e dos assalariados são os que carregam o país nas costas. Não são os ricos (que não estão nem aí, justamente por serem ricos) ou os mais pobres (que são beneficiados por auxílios sociais - o que não se está criticando, repisa-se) que fazem a roda girar e tocam o país adiante. Pois são estes, os trabalhadores, que para tapar o rombo das contas públicas, afinal são 39 ministérios sugando, agora têm de pagar R$ 3,50 por um litro de gasolina, além dos aumentos de energia que estão sendo anunciados.

Pois os trabalhadores brasileiros não têm direito ao lazer, ainda que a lei lhes assegure, haja vista que o aumento de taxas e impostos acarretam na necessidade de cortes, para que se possa continuar vivendo. Ora, se gasto mais para me locomover e mais para me alimentar, além de condições básicas, como água, luz e gás de cozinha, onde mais haveria de fechar a torneira? Poderia ampliar a discussão em cima da recente mudança previdenciária que já fez sangrar o coração do trabalhador. Se ainda tivéssemos bons serviços públicos, como saúde, educação e etc... Mas nem isso!   

Afinal, ainda existe esperança para este país?

Pois o nosso glorioso Coronel Roberto Nascimento, que ganhou status de super herói brasileiro a partir da franquia "Tropa de Elite", em uma das últimas cenas do segundo filme diz que a PM do Rio de Janeiro tinha que acabar. Muito em função da corrupção da corporação. Hoje, embora pareça um derrotado e descrente no país, ouso afirmar que o BRASIL TEM QUE ACABAR. Lamento ter de dizer isto, mas é a pura e simples verdade. De onde não se espera nada, nada virá mesmo. Você imagina que uma nova classe política pode surgir a tempo de salvar nosso país? Se a resposta for sim, você é um sonhador; e embora sonhar seja bom, acorde!, pois isso não é um sonho e sim um pesadelo.

Quando imaginei que deixaria de ser um cético e passaria a otimista, descobri que, em verdade, e desde sempre, sou um pessimista. Logo, o Brasil tem que acabar!

Boa semana a todos.

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