sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Bunda alheia.

Ontem, por volta de 15h, almoçava num café próximo daqui. Já na metade da minha tardia perfeição uma das atendentes, talvez por uma imagem que tenha visto no televisor que estava ligado, referiu para as duas demais, sendo que uma interagiu:

_ Tu viu que o marido dela ta contracenando com ela?

_ Não, nem sei direito quem é ela.

_ É uma mulher bonita.

_ Não to acompanhando muito esta novela.

_ Eu, se tivesse a bunda dela, andava só de fio dental. Todos os dias!

Momento que uma cliente sentada ao balcão olha e diz: "para Fulana, tem cliente sentado e ouvindo..."

Terminei meu almoço, a própria invejosa da "bunda dela", sem qualquer vergonha, me cobrou. Paguei, saí, voltei ao trabalho.

Tanto fez tanto faz se a bunda era bonita ou não. Não me importa este tipo de comentário, não tenho pudor e não acho que a sociedade precisa ter preconceito, ainda que fosse o dono do café repreenderia minha funcionária, por respeito ao cliente que pode pensar muito diferente; ser pudico. Enfim...

Todavia, saí de lá entendendo um pouco mais o motivo pelo qual o país e o estado estão em ebulição, mas, ainda assim, o povo assiste tudo e não reage. 

Não pode dar certo uma sociedade que se presta a discutir a bunda alheia, mas não discute sobre a política de seu país, estado e cidade ou mesmo que não luta pelos seus direitos e contra aqueles que tentam lhe tirar isso.

O Brasil, ao fim e ao cabo, é o país da bunda alheia...

Pode dar certo? Não!

Bom final de semana a todos.

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