segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Parlamentarismo Gaúcho

De início, gostaria de alertar que neste mês agora de agosto, conforme já referido na última postagem, estou no aguardo ansioso da paternidade. Assim, está sujeito minha frequência, excepcionalmente, ser menor ou mais breve, por aqui. Sei que todos entenderão...

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Basicamente, para quem não aprendeu ou não lembra, a diferença entre parlamentarismo e presidencialismo se dá na figura do chefe de estado e de Governo. No primeiro, são pessoas distintas, sendo a figura do Primeiro Ministro o Chefe de Governo, enquanto o Rei ou mesmo Presidente faz a figura do Chefe de estado; no presidencialismo, todavia, uma mesma pessoa é titular dos dois cargos que, na verdade - por óbvio, é um só. Exemplo de Parlamentarismo é o Reino Unido; exemplo de Presidencialismo é o novo país do nosso Colaborador Rodrigo, Estados Unidos da América. Claro que o regime no Brasil também é presidencialista, mas, no momento atual, creio não ser o nosso país um bom exemplo para nada.

As diferenças, vão além, é claro, mas para o que necessito abordar esta singela informação acima referida já basta. Vamos ao que interessa:

Na última sexta-feira, ainda mês de julho, o governo do Estado do Rio Grande do Sul anunciou o parcelamento dos salários funcionalismo público estadual. A crise é feia e tensa. Todavia, isso não me comove. Sacrificar o funcionalismo não trará nenhum benefício ao estado, mas, pelo contrário, afinal é a população que sofrerá as consequências da greve geral que se anuncia. Pasmem, até agentes de segurança estão prometendo parar... Nos restará o Batman e talvez o Chapolin, aptos a nos defender. Será que estão disponíveis?

O que mais me assusta, porém, é a atuação (ou a falta "de") do governador atual, Sr. José Ivo Sartori. Primeiro que, a meu ver, parece seu nome ser massa de manobra do seu partido, o PMDB, que precisava de um candidato a governador. Talvez Sartori não quisesse o encargo; talvez sequer tenha sonhado da possibilidade de ser eleito pela esmagadora população gaúcha. A verdade é que, olhando para o Gringo, como muitos chamam, parece que ele ainda está sonhando (ou tendo pesadelo) com esta história de ser governador.

Por quê digo isso? Ora, não era para o governador em pessoa anunciar o parcelamento dos salário? Comunicado horas depois por youtube? O estado fervilhando e passa o final de semana em Curitiba? Olha, ou tu acorda deste teu sonho/ pesadelo, Sr. Governador, e vai tratar de chefiar este estado, ou volta lá para tua Caxias e teus parreirais. Aqui no Rio Grande, é com coragem que se enfrentam as mazelas e problemas...

Mas aí, enfim, chego no contexto do título desta postagem. Não me surpreende que o governador esteja ausente, afinal, nada me tira da cabeça que quem manda mesmo e governa este estado, chama-se Giovani Feltes, oficialmente, atual secretário da fazenda estadual e bem conhecido no vale dos sinos, eis que duas vezes prefeito de Campo Bom já neste século. Curto e grosso, acho que o governo gaúcho é parlamentarista:

José Ivo Sartori, chefe de Estado;

Giovani Feltes, chefe de Governo.

Muitos, de certo, não irão concordar. Talvez até comentários raivosos surjam por aqui. Mas, tanto faz. Sou um democrata e falo o que bem entendo, afinal, não nasci para ser conduzido por ninguém. Sei o que quero, para onde vou e onde irei chegar. Por fim, óbvio, por amor ao debate, espero cometários também inteligentes, para discutir o tema, caso seja de alguma utilidade isso para você.

No mais, até mais.

Forte abraço.



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