terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Calabresa com queijo.

Recordar é viver, diz o adágio popular; para alguns, todavia, o saudosismo e a nostalgia são nefastos, a medida que se deixa de viver o presente para reverenciar o passado. Não vislumbro desta forma. Creio ser natural relembrarmos passagens de nossas vidas e que de alguma forma marcaram a nossa história. Eu mesmo, não me canso de pensar em algumas passagens de minha infância. Pois, ontem, diante de alguns acontecimentos, me veio a tona lembranças de alguns verões. Só de pensar já engordo mais alguns quilos, mas vale a pena...

Ontem, arejando a cabeça dando uma volta no centro da cidade de Dois Irmãos, me vi na fila do crepe. Comprei um duplo de calabresa com queijo. Fazia alguns anos que eu não comia um crepe. Isso me faz lembrar que durante meus tempos de guri, não havia alguém que vendesse crepe em São Chico, onde eu sempre passava minhas férias de verão. Mas daí, alguns dias, íamos para a praia, num hotel próximo do mar em Arroio Teixeira. Eu, a vó Frida e minha querida e saudosa bisavó Iva. Durante a semana eramos nós três e no final de semana tinha o reforço dos meus pais. Lá eu me fartava... de crepe. Saindo do hotel em direção contrária ao mar, havia uma barraquinha de crepe virando a esquina. Todas as tardes comia um duplo ou triplo. Me revesava entre coração e queijo e calabresa e queijo. Por isso, ontem, ao me ver na fila do crepe, não titubeei em escolher o sabor. Como não tinha coração, fui de calabresa com queijo mesmo. Duplo.

Por um momento, voltei à minha infância. Espero dar ao meu filho a oportunidade de poder experimentar as coisas boas da vida. E pensar que há mais de 15 (quinze) anos não entro em Arroio Teixeira...

***

Chequei em casa, após o passeio a Dois Irmãos e meu amigo Duda me chamava no "zap zap". Falávamos da expectativa para a noite da virada. Disse ele que vai passar em São Chico mesmo. Já eu, que ainda não sei; que temo uma virada em São Chico, pois pode ensejar um 2016 "mais devagar". Crendice boba. Teve um ano que peguei no sono ainda dia 31 e só acordei no dia 01 já de manhã. Pois aquele ano foi muito bom para mim, bem melhor que seu antecessor. E nada sonolento.

Noutro, com o Duda presente, fizemos muita festa e nos divertimos muito. Uma virada que entrou para a nossa história. O ano que prometia ser de agito acabou sendo pacífico e tranquilo até demais. Portanto, senhoras e senhores, nem tudo é o que parece ser.

Mas a verdade é que não sei o que farei nesta véspera de ano novo. Ando meio devagar. A sociedade está meio devagar, gize-se .

Acho que o negócio é deixar rolar e esperar 2016. Sem muitas expectativas. Com muitas expectativas.

Aguardemos.

Boa semana a todos.

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