terça-feira, 22 de novembro de 2016

O que pensar?

O governo do Rio Grande do Sul apresentou, ontem, uma série de propostas que visam a tentativa de estancar a crise que assola o poder público estadual. Não me ative a buscar maiores detalhes, mas sei que algumas propostas visam a fusão de secretarias, extinção de autarquias e, no frigir dos ovos, há certa referência à privatizações. Algumas bem objetivas e outra, a da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE, em "estudo".

Confesso que nunca fui favorável às privatizações, muito em razão de serem negócios pouco valorizados, ou seja, negócios em que o Estado recebeu menos dinheiro do que valia seu patrimônio. No mais, acho mais interessante o Estado mínimo. Não quer dizer que sou capitalista, extrema direita, nem nada. Explico.

O Estado do Rio Grande do Sul tem a Companhia Riograndense de Mineração - CRM. E? Qual a explicação lógica para o Estado atuar no ramo de mineração? Por acaso isso torna mais barato os serviços utilizados em energia, por exemplo? Opinião minha, obviamente.

A antiga CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações) foi vendida há mais de duas décadas e o salto de qualidade em telefonia (que ainda é bem ruim) é bastante visível. Quanto a CEEE, não sou totalmente contra. Parte da distribuição de energia no estado já está privatizada. Talvez poderia a CEEE seguir como responsável pela geração de Energia, também se transformando numa espécie de agência reguladora para fiscalizar o setor no Rio Grande do Sul.

A bem da verdade o papel do Estado deveria ser de atuação em serviços de necessidade básica, como saúde, educação, segurança, habitação... Mas já se viu que a terceirização em alguns setores, como o de recuperação de estradas, foi nefasto.

Em contrapartida, temos os servidores destas estatais. Serão demitidos? Descartados? Também sou contra a extinção da Fundação Zoobotânica e Fundação Piratini, diretamente ligadas à pesquisa e à cultura. Até o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore vai pro saco. Não acho que seja uma medida inteligente encerrar atividade desses 3 exemplos.

Enfim, tempos difíceis os nossos.

E eu fico aqui sem saber o que realmente pensar.

Não sei o que realmente tem de ser feito, embora concorde que algo deva ser feito.

Redundância? Não sei. E quem sabe de alguma coisa por aqui?

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