terça-feira, 18 de abril de 2017

Programa de índio

Amanhã é dia do índio. Muitas pessoas, a bem da verdade, sequer sabem ou lembram disso. Vou além: muitas pessoas sequer sabem ou lembram que os índios existem. A verdade nua e crua é sempre dura mesmo. Engraçado é que nos dias de hoje, ao menos aqui no Rio Grande, lembramos dos índios corriqueiramente sem nos darmos conta disso. Um evento tortuoso ou ilógico, por aqui chamamos de programa de índio ou indiada.

Parece comum, embora é bem pejorativo, convenhamos.

A verdade é que o modo de vida dos índios, ilógico ou não para nós, faz parte de uma cultura de séculos. Querer mudar isso é afrontoso, ainda que os próprios índios tenham mudado seus hábitos para se adaptar a realidade atual.

Dias atrás cruzei com certa frequência pelo viaduto da rodoviária ali em Sapiranga. Uma comunidade de índios tinha se acampado ali. As crianças pediam alguma coisa numa sinaleira próxima; as mulheres usavam um bebedouro na praça do outro lado da rua para lavar roupas e quem sabe até dar banho nos seus filhos pequenos. Ficaram ali talvez 1 mês, ou mais.

Foi triste de ver.

Para que existe a Funai, aliás? Não falo aqui no poder público para retirar esta pobre gente (sim, índio também é gente!) debaixo do viaduto, mas sim para amparar e dar condições de que permanecem ligados a suas origens.

Mas esperar alguma coisa do poder público nesse país é muita ilusão, não acreditam.

Que não façamos mais programas "de índio". São nossos programas, toscos ou não.

Amanhã também é dia de Santo Expedito. Muito já me ajudou e continuo na fé, embora atualmente não tenha requisitado dos seus serviços, pois imagino que tenha gente precisando mais do que eu.

Abraço a todos.

PS.: Descobri hoje (quinta, 20) que esta publicação não estava aparecendo. A ideia de publicar pelo celular, obviamente, pareceu não dar certo. Quem disse que a tecnologia sempre facilita? Minhas sinceras desculpas a todos, pela ausência!

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