terça-feira, 22 de agosto de 2017

Sinal dos tempos

Não era nem seis da manhã quando eu alcancei a praça de pedágio em Santo Antônio da Patrulha, dirigindo-me ao litoral (não, não fui fazer turismo, tampouco cheguei perto do mar). Parei e saquei uma nota de R$ 50,00. A única que tinha, para pagar o pedágio de R$ 5,20; eu forneci duas moedas de R$ 0,10 centavos, para ajudar, achando que tivesse fazendo grande coisa.

A atendente na cabina sequer me deu bom dia quando viu que eu tinha uma de 50. De pronto, com uma cara emburrada, perguntou se eu não tinha nada menor. Pois não tinha. Ficou brava e contrariada, balbuciando alguma coisa que não entendi enquanto pegava o meu troco. Sim, ela tinha troco para os meus R$ 50; nem foi tão difícil assim.

Vejamos, eu só tinha uma nota de R$ 50,00. Mas se tivesse outra menor e quisesse pagar com a minha de R$ 50,00, qual o problema? Também não entendi a reação da moça. O dinheiro é dela, por acaso? Será penalizada por receber uma nota mais alta? A obrigação de fornecer (e providenciar) o troco dos motoristas que ali passam é dela?

Isso é sinal dos tempos. As pessoas se julgam no direito de julgar as outras, querendo ser redundante mesmo. Com que direito? Não sei. Foi uma coisa pequena? Claro. Porque estou tratando disso? Para mostrar que é assim que começa a intolerância.

Somos uma pátria de intolerantes. 

Mas não para tudo. Fossemos por completo, já haveria outro país chamado Brasil. Ou não?

***

No resto do mundo não é muito diferente. Meu amigo Rodrigo de Bem Nunes, outrora colaborador festejado deste blogue, escreveu na sua coluna dia desses sobre uma ideia de erradicação da Síndrome de Down na Islândia.

E pensar que as vezes a gente acha que já viu absurdos que chega!

Tirem suas próprias conclusões. Vou lhes fornecer o link:


Seria o sinal do FIM dos tempos?

Boa semana a todos.

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