terça-feira, 24 de outubro de 2017

O dom da desconstrução

Dias atrás voltava da serra gaúcha ouvindo uma rádio da Capital e nela um dos entrevistados era Luiz Philippe de Orleans e Bragança que, para quem não sabe, é herdeiro da família real brasileira, caso a monarquia tivesse seguido por aqui.

Abordava o lançamento de seu livro "Por que o Brasil é um País Atrasado? O que fazer para entrarmos de vez no século XXI". O título, convenhamos, é bastante sugestivo e instigante. Mas, independente da qualidade da sua obra, confesso para todos que achei sua visão de país bastante lúcida, em que pese o sinal do rádio tenha desaparecido por vezes.

É importante discutir nossos problemas de forma mais ampla e racional.

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Por falar em rádio, ouvia hoje pela manhã, novamente no rádio, uma entrevista com o historiador Sérgio da Costa Franco, que abordava a história de Júlio de Castilhos que, embora muitas pessoas não saibam, tem uma importância muitíssimo maior que a de dar nome para ruas em quase todo o Rio Grande do Sul.

Falou de sua atuação diante da Constituição de 1891, quando militou pela maior autonomia dos Estados, com o propósito de confederação, onde as riquezas geradas pelos estados seriam suas por direito, restando à União apenas um residual.

Pois bem, passado mais de um século, seguimos discutindo a mesma coisa.

E há quem diga que evoluímos como nação.

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Pois até sobre o trabalho escravo surgiu assunto estes dias. Para piorar, obviamente.
Impressionante como nossa classe política tem o dom de desconstruir.

Impressionante.

Não tem como este país dar certo.

E me paro por aqui. 

Boa semana a todos. 

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