sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A sombra e a escuridão

Tem dias que o silêncio toma conta da alma da gente. Às vezes, por dias. Um sentimento de angústia e de impotência transforma a nossa vida, nos tornando incapazes de fazer qualquer coisa. Nem o que já estamos acostumados a realizar. É nessas horas que a raiva e a indiguinação também aparecem. Ficamos brabos com tudo à volta, e até com nós mesmos. Passada a raiva vem a tristeza e a solidão. Isso é um realismo claro, que, em primeira pessoa, minha vida está indo para um buraco que eu não consigo sair.
O dia depois do ontem, ainda é de sentimentos adversos. As idéias ainda não parecem claras na nossa mente, mas mesmo assim esquecemos momentaneamente o insucesso e tratamos de tentar buscar novamente uma saída para o, sucesso. Nem sempre conseguimos. Apenas vivemos um dia melhor que o anterior. Nada de muito bom, nem nada de muito ruim.
O segundo dia depois do ontem, segue nas mesmas diretrizes que o dia anterior ao hoje. Mascaramos as adversidades, tentamos viver bem, achando que está tudo bem. Mas, como a vida continua e os acontecimentos seguem presentes, na noite do terceiro dia, o silêncio toma conta da nossa alma novamente. Aí bate também o desespero, pois afinal, que rumo daremos para nossa vida? O que faremos para encontrar o ponto de equilíbrio entre o muito ruim e o muito bom? Ninguém sabe!
O quarto dia é uma segunda-feira. Acabou o final de semana. É hora de voltar a rotina novamente. Uma rotina que não queremos, mas precisamos. O sentimento agora é de cansaço, de vontade de não fazer nada, de que ninguém entre por aquela porta. O elo gerador de toda esta situação deprimida, novamente nos chama e temos que de um jeito ou de outro achar uma resposta, encontrar uma saída. Será que isso terá um fim? Não sei, quem sabe a terça-feira tenha a resposta.
A terça-feira começa nebulosa. Metereológicamente falando, para esclarecer. Quando as coisas parecem que continuarão da mesma forma, uma sobrevida parece que surge. As coisas começam a ganhar forma e resultado. As preocupações persistem, evidentemente, mas por um novo angulo. Parece que desta vez, enxergamos uma luz no fim do túnel, longe, mas alcançável. Inegavelmente que tudo no nosso contexto de vida muda, e toda a simploriedade carnal do dia-a-dia está de volta. A quarta-feira não é diferente. Esperanças se renovam e os sonhos voltam a confundir-se com imaginação e realidade. Quem sabe eles um dia se tornam realidade. Quem sabe.
A quita-feira segue no mesmo ritmo dos dias anteriores, porém, mais tranqüila. Algumas surpresas, contudo, surgem inesperadas. Uma boa, abre uma nova possibilidade de horizonte, outra nem tanto. Fatos do mundo exterior, afinal, cada um tem o seu problema e tem gente muito pior que a gente. O negócio é continuar vivendo, pois como diz o cantor e compositor da fronteira, Leonel Gomez, “não há mal que sempre dure, nem há bem que nunca acabe.”
Portanto, caros amigos, amigas e leitores deste blog, vivemos na difícil tarefa de encontra o equilíbrio na nossa vida. Tarefa esta, que nem sempre é fácil.

Abraço a todos, e um bom final de semana.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Segue na peleia, primo velho, que tu é macanudo de São Chico e não se entrega pra qualquer barranco.
E, se precisar, sabe que tem um taura aqui que zela pelo teu bem-estar.

Grande abraço, te cuida!