sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Co's bofe azedo

Quem falou, tem falado ou falará comigo nestes dias que nos rodeiam, logo percebeu, percebe ou perceberá que ando com uma cara de muito poucos amigos. Não vai muito e já estou distribuindo de relho em quem já vem meio atravessado. Sou uma pessoa difícil, admito, mas vivo bem com a minha dificuldade. Já os demais à minha volta? Bem, por eles eu não posso responder. Mas garanto que muito pior que me aturar, é ter-me como uma pessoa indiferente.
Por isso, já que estou com os “bofe azedo” mesmo, vou descer-lhe mango em algumas coisas que estão atravessadas na minha garganta há algum tempo. Posso até me arrepender na segunda-feira, mas como eu sou um gaudério acostumado com a peleia, assumo os riscos e as conseqüências dos meus atos.
A cada dia que passa, tenho me certificado com mais força, que a maioria dos meus amigos me abandonou. Tirando um, ou, dois no máximo, os outros ( de um total de seis que considero amigos de verdade) não estão nem aí para mim. Sempre tratei minhas amizades, principalmente com estes, prioritariamente. Sou o mais leal dos amigos, aquele para todas as horas, sem nunca cobrar nada em troca. Contudo, chega uma hora que sou eu que precisa da lealdade, do companheirismo e da “amizade” destes meus amigos, e onde eles estão? Não sei.
Mando e-mails para eles, até mensagem de celular e nem resposta recebo. Quando recebo, a figura mais importante do corpo contextual da mesma é um NÃO. NÃO posso, NÃO dá, NÃO sei o que, NÃO sei o que lá. Sinceramente, é humilhante isso daí. Dizem que não podemos viver sem amigos, mas não adianta tê-los e eles não terem a gente. Mas, segue o barco. Nem sei porque me queixo, já estou acostumado mesmo. Também não vou dar nomes a ninguém. Quem ler o texto, e pelo que eu saiba todos lêem, saberá se está incluído nisso ou não.
Mudando de assunto, profissionalmente também não estou dos mais felizes. Sei, tem muitos aí desempregados querendo trabalhar onde eu trabalho e ganhar o que eu ganho. Sei que não deveria me queixar, no entanto, não estou feliz. Conheço minhas virtudes e minhas fraquezas, e no fiel da balança, acho que mereço mais. Outra coisa que preciso, urgentemente, é de férias. Cheguei ao meu limite e a coisa ta piorando. A Unisinos então... Não agüento mais nem olhar para aquilo lá.
Tenho outras coisa pára reclamar, mas não vou transformar isso aqui em choradeira nem em muro de lamentações. Também, por favor, não considerem este texto como desabafo, porque não é um desabafo. É apenas uma forma que encontrei de explicitar o que estou pensando hoje. Não necessariamente estarei pensando o mesmo amanhã, portanto, não me venham com a frescura de que isto é desabafo. Outra coisa, não pedirei desculpas ao fim do texto por te ofendido a um, ou a outro. Se você se sentiu assim, reflita bem o porquê e pense como eu estou me sentindo. Se ainda assim achar que eu te tratei mal, bom, daí não posso fazer nada. Cada um é livre pra fazer e pensar o que quiser.

Este texto foi escrito pelo Bruno Costa, que agradece o espaço gentilmente cedido pelo Campeiro, que não tem nada haver com o conteúdo “disso”.


Um abraço.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Entendo o que tu sentes, principalmente estando num dia de bofes azedos, meu caro. Demorei muito tempo para entender e aceitar que as pessoas têm suas vidas e nem sempre estão disponíveis para estarem por perto. Algumas, inclusive, quase nunca.
Porém, minha concepção de amigo é aquela que diz que, por mais que passem dias, anos e meses sem qualquer tipo de contato, a cumplicidade que ocorre a cada encontro é como se tivéssemos nos visto ontem.
Portanto, procuro extrair o que de melhor há em cada um, porque se for fazer isso com as ausências e desleixos, bem, daí distorce a amizade, e não é pra isso que ela existe.
Tens todo o direito de azedar bofes, mas, infelizmente, isso muda menos o quadro do que uma postura otimista e um sorriso no rosto.

Te acalma aí, vivente!

Grande abraço!