sexta-feira, 29 de maio de 2009

Coisas de momento

Tem dias que o corpo da gente tira pra ficar rebelde e aí ninguém pode com ele. Uma dor malina acometeu minhas costas de tal maneira na quarta-feira última que me obriguei a tomar uma injeção na quinta-feira para que eu pudesse pelo menos tolerar a dor. Vejam só, em que mundo vivemos! Tive que apelar para uma injeção. Realmente ando na capa da gaita mesmo (hehehe). Mas, o assunto de hoje não trata das dores do meu dia-a-dia e sim, bem, ainda não cheguei a um consenso quanto ao assunto de hoje, sendo assim, mantenho-me escrevendo a esmo. Estes dias estava correndo os olhos por algum jornal, ou página de internet e deparei-me com um nome pouco comum na atualidade: Elói. Inevitavelmente logo retornei ao passado relembrando os tempos em que morava em São Chico. Lá conheço um ou dois com o nome de Elói. Mas não é só este nome que está se extinguindo com os adventos da moda. Outros tantos vem perdendo espaço para as coisas de momento. Aliás, se pensar bem, temos esquecido de muitas coisas do passado em virtude destas “coisas de momento”. Este é um processo natural da evolução? Quem sabe.
São Francisco de Paula, uma cidade no topo da serra gaúcha, de gente simples, é conhecida não só por sua beleza e simplicidade, como também por ser uma cidade onde a maioria de seus habitantes tem algum apelido. A curiosidade é tamanha, que já ouve rede de televisão nacional e regional fazendo matérias sobre o fato, lá em São Chico. Não sei de quem partiu esta história de apelidos, mas sei que tinha um senhor lá, já falecido, que era especialista em encontrar apelidos no rosto e jeito dos outros. Que barbaridade! Sei também que o meu apelido não é natural de São Chico, e sim destas minhas andanças por este Rio Grande afora. Confesso que não lembro nem quando, onde e como começou esta história de me chamarem de Campeiro, o fato é que eu gostei e hoje já incorporei no meu dia-a-dia. No entanto, a maioria das pessoas detesta ser chamada por apelido, e, aí é que a coisa pega mesmo. Quanto mais raiva, mais as pessoas chamam o contrariado para irritá-lo. Que coisa!
Voltando aos nomes que não vemos mais com tanta freqüência, faço uma breve busca pelos meus pensamento e encontro alguns. No masculino: Osmar, Enor, Eneu, Afonso, Armando, Romeu, Arnaldo, Agnaldo, Jerônimo, Juvenal, Bento, Érico e mais uns quantos. No feminino: Marieta, Rosane, Edília, Neusa, Rita, Noeli, Norma, Gláucia, Nair, Odete, Elsa, Sônia e mais uma carreira. Veja bem, não to aqui pra defender estes nomes. Eu, por exemplo, se viesse a ter um filho ou filha não colocaria nenhum destes nomes citados acima na criança. Não é por estarem fora de moda e sim por gosto pessoal mesmo. Aliás, tem se pautado muito na moda como fonte e alicerce de desenvolvimento e esquecido que o que realmente vale é o juízo de valor e a formação de caráter. Esquecemos de tanta coisa com o passar do desenvolvimento da humanidade, coisas que realmente são importantes, tudo por conta da moda ou do que supostamente “pensa” o restante da sociedade. Lembro-me dos tempos de colégio, que ninguém se atrevia a ir pilchado por achar que os outros iam caçoar. Até que um dia, em virtude dum teatro sobre um conto de Simões Lopes Neto, fui pilchado até os dentes. Naquele dia ninguém me caçoou, pelo contrário, eu enxergava no semblante dos demais alunos uma imagem de respeito e admiração por me ver vestido de tal forma. Esquecem-se muitos, que nunca alguém esquece ou debocha da sua própria origem.
Portanto, mais uma vez eu encerro uma semana aqui neste blog, tentando lembrar a todos de que o simples basta pra todo mundo. O que o outro pensa de mim é indiferente quando eu realmente sei que aquilo que faço é o mais importante pra minha vida. Não se esqueça que muitos erros que você comete podem ser evitados se você parar de acreditar na televisão e na visão distorcida de conceito da vida social. Não se esqueça que a vida é sua e que se você mesmo não encontrar o seu verdadeiro caminho, ninguém irá fazer isso por você. E que as coisas de momento um dia acabam e no fim o que resta é a conseqüência dos seus atos. E um ato mal feito, lhe acompanha até o fim dos seus dias.

Informo neste momento a novidade que lhes prometi.
Já está no ar o novo sítio do GRUPO FANDANGUEIRO:
_
*(também a esquerda de sua tela no link Favoritos)
_

Acesse, conheça um pouco de nós e nos acompanhe por estes bailes pelo Rio Grande.

_
Um abraço e bom final de semana a todos.

Nenhum comentário: