segunda-feira, 1 de junho de 2009

Entre a atitude e a fé

Neste final de semana que passou, morreu a última sobrevivente do naufrágio do navio Titanic, talvez um dos mais famosos da história, devido, inevitavelmente, ao seu fim trágico. À época, a senhora, que faleceu aos noventa e sete anos de idade, tinha apenas nove meses e não se sabe ao certo como conseguiu sobreviver. Trago este assunto à tona, porque certamente muitos estudiosos do assunto já devem ter dito que se fosse nos nossos dias atuais, um acidente de tais proporções não teria o mesmo resultado que se deu há quase um século atrás. Inicialmente todos nós teríamos um reação de concordância com uma visão desta, devido às novas tecnologias que estão aí no mercado, contudo, novos acontecimentos me deixam temeroso quanto a nossa verdadeira realidade. No momento em que escrevo, há um avião da companhia francesa Air France desaparecido no oceano Atlântico. Sim, todos já devem estar cientes do fato, mas mesmo assim eu trago o assunto ao debate neste espaço, pra mostrar a todos que apesar de toda modernidade que está a nossa volta, ainda estamos à mercê de uma catástrofe como essa. Utilizo-me deste termo, pois parece que não há grandes possibilidade do encontro de sobreviventes em tal vôo.
Vejamos que aí brota no ventre do pensamento de cada um de nós aquela velha máxima de que: ninguém está livre de toda ou qualquer tragédia. Esse tipo de acontecimento ocorre de qualquer forma independente da nossa vontade. Claro, muitas vezes acidentes podem sim ser evitados, caso do acidente com o avião da Tam, há quase dois anos em São Paulo, mas neste caso de agora, até que surjam maiores informações, tudo pode ter acontecido, inclusive um fenômeno natural, como uma turbulência, capaz de partir o avião ainda no ar. Aliás, já tratei deste assunto aqui no blog, e muitas pessoas acabam não se dando conta: não pode mais haver um descaso tão grande como estamos tendo com a natureza! No final do ano passado e início deste ano vimos o estado vizinho de Santa Catarina ser castigado pelo excesso de chuvas, agora, o nordeste brasileiro que é conhecido por ter um clima extremamente seco também sofre com as alagações causadas por chuvas intermitentes. Em contrapartida, o noroeste gaúcho não vê um pingo d’água considerável há alguns meses, mesma situação sofrida pela região do Pantanal mato-grossense que é mundialmente conhecido pelos seus banhadais e pasmem, está seco. Os exemplos da força da natureza se seguem e são infindos, mas, mesmo assim, parece que a população não se dá conta disso e continua a transgredir o nosso eco ambiente. Até coisas simples, como colocar o lixo em local adequado não se faz, e vimos nossas ruas abarrotadas de sujeira. Lamentável!
Surge aí mais um motivo para voltarmos ao passado que nos assombra, ou não, afim de que possamos rever conceitos e aprender que o planeta foi feito para que possamos desfrutar de suas coisas boas, e não destruí-lo como se tem feito pela comunidade mundial. Uns com menos intensidade, outros com mais, porém, a destruição é parelha em sentido de que todos agem contra a preservação, de uma forma ou de outra. O que nos resta? Olha, lamentar eu já lamentei muitas vezes e me parece que o resultado prático de tal ação beira ao zero. Creio que cabe a nós todos, de modo geral, tomarmos atitudes em conjunto, como evitar o desperdício constante de água, por exemplo. Ações simples, por menor que sejam, no fim das contas tem um resultado prático satisfatório e que apesar de não contornarem o problema como um todo, amenizam a situação para o momento e nos dão mais um tempo de sobrevida neste mundo que pelo visto, entra no seu trajeto derradeiro. Resta-nos também apelar para a fé, pedindo a Deus que ele nos dê outra chance, e que, caso se confirme que o acidente com o vôo da cia Air France foi de proporções catastróficas, abençoe a alma destas vítimas.

Que a semana siga sem sobressaltos para todos.


Um abraço.

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