segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ainda das dúvidas

A certa altura da vida, mesmo não tendo vivido tudo o que se pode, algumas coisas deixam de ser pertinentes na nossa realidade e outras se tornam pertinentes. Por exemplo, vejamos o meu caso: até bem pouco tempo, eu não só não me importava em passar longos tempos sozinho, como gostava da situação também. Hoje, no entanto, a solidão têm me deixado desanimado, desiludido, triste, sei lá. Há casos em que estamos sozinhos mesmo tendo alguém do nosso lado, seja esta pessoa quem for. No texto do início da semana passada como todos viram, a dúvida pairava sobre minha cabeça e sob diversos aspectos. Neste exato momento, esta situação está de volta (ou ainda não foi embora) e cá estou eu aqui tentando achar respostas com perguntas. A probabilidade de isso não dar certo, e de vocês começarem a se irritar comigo é grande, eu sei, estou ciente, porém, é como se existisse um ima dentro dos meus pensamentos atraindo apenas as incertezas e nunca as certezas. Mas porque será que isso acontece? Acontece com todos? Dúvidas. Talvez isso aconteça comigo a tempo, o que mudou, é que antes eu sabia que podia resolver meus problemas sozinhos e agora, já não tenho mais esta garantia.
Na edição do jornal Zero Hora da última quinta-feira dia doze, na contracapa do Segundo Caderno, havia uma frase da apresentadora, atriz e modelo gaúcha Fernanda Lima (não, eu ainda não enlouqueci) que dizia, por cima, que ela nunca tinha falado sobre sexo com seus pais (durante a adolescência), mas que, por eles terem-lhe dado amor ela tivera capacidade de adquirir uma auto estima suficiente para falar do assunto com outras pessoas( relacionando ao programa sobre sexo que a mesma apresenta). Aí vocês deve estar perguntando: o que eu tenho a ver com isso? Calma, respondo: nada! Utilizei-me deste fato apenas para ilustrar o contexto da coisa: o amor. Segundo a Fernanda Lima, foi o amor dos seus pais por ela que fez com que ela superasse barreiras morais entre outras. Afinal, o amor é capaz de tudo? Um grande amor é capaz de dar um novo e derradeiro sentido a nossa vida? Pergunto porque eu não sei. Meu ceticismo não permite que eu tenha uma opinião fechada sobre o assunto. Ahh, as dúvidas...
Quanto a auto estima, eu acho que de repente esta é mesmo importante. Relembramos agora do mega sucesso “O Segredo”. Eu não o li, mas dizem que seu conteúdo gira em torno da auto estima mesclada um pouco a fé talvez: se eu creio que uma coisa boa vai acontecer comigo ela acaba acontecendo. Mas se não acontecer? Bom, se não acontecer, acaba ficando esta auto estima toda servindo como uma espécie de válvula de escape para os problemas pertinentes em nossa vida. A contradição nisso tudo, é que se a a auto estima e a fé não resolverem, ainda há o problema de como será resolvido o problema que, pasmem, segue firme. Depois desta linha alguém deve estar me chamando de pessimista extremo. Não, não sou pessimista, sou realista. Otimismo? Claro que tenho, porém, não sei até aonde ele funciona. Estão vendo, vire e mexe e eu acabo no meio de uma dúvida. E que cabeça duvidosa esta minha
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Abraço e uma boa semana a todos

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