sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Me orgulho em ser Gaúcho

Pelo simples fato de não ter aula em quintas-feiras durante este segundo semestre do ano de 2009, ontem eu pude acompanhar parte da edição do Jornal Nacional da rede Globo. Quis o destino que eu visse justamente a parte que fazia uma analogia ao dia da bandeira, a saber, ontem também. Pasmem, eu não me lembrava mais que o dia da bandeira era ontem. Creio que este texto de hoje vem a ser um complemento do texto que escrevi em analogia ao nosso dia da independência, que à época fora entitulado como: “Ordem e Progresso?”. Na mesma matéria do jornal supra citado, houve uma entrevista com o proprietário da fábrica de bandeiras mais antiga do Brasil, e o mesmo mencionou durante a sua fala a palavra civismo. Aí eu me pergunto e estendo a mesma pergunta a todos vocês: o brasileiro sabe cultivar o civismo? De maneira alguma podemos misturar civismo com patriotismo. Uma pessoa que anda na rua com uma camiseta estampando as cores do Brasil já pode ser considerado um patriota, mas não um civista (se escreve assim mesmo?). Digo isso, porque cultivar o civismo é saber cantar o hino nacional de cor e salteado, saber o dia da independência e o que isto quer dizer, saber qual o dia da proclamação da República (a saber, foi dia 15, no último domingo) e, entre outras, saber que a bandeira é um dos símbolos nacionais garantidos pela nossa constituição e que ela tem um dia próprio para sua adoração. Assim sendo, baixo minha cabeça neste instante e reconheço que não sei cultivar o meu civismo de forma correta e elegante. Talvez, nem patriota eu seja.
O Rio Grande do Sul pode-se considerar um caso a parte do resto do Brasil. Certa feita, recebi um e-mail referente a um artigo do jornalista, escritor e cineasta Arnaldo Jabor fazendo menção a uma passagem de sua vida, quando cá esteve em nosso estado e admirou-se primeiramente de ver o mate passando de mão em mão entre os presentes na palestra que participava e depois, em ver que todos levantaram e cantaram o hino riograndense de forma uníssona. Embasado na situação, Jabor descreveu o quão importante foi e será o Rio Grande para o desenvolvimento e o futuro do Brasil. Segundo o mesmo, nós somos um “país” a parte dentro dos tantos “países” que existem dentro do nosso país. Mas porque será que nós gaúchos somos diferentes? Não posso falar por todos, mas eu sinto um orgulho enfadonho em ser gaúcho. Saber que de certa forma faço parte da bravura deste povo que construiu o legado de sua história abaixo de peleia, a ferro e fogo. O orgulho pela nossa terra é tamanho, que acabamos sofrendo retaliações por parte do restante do país e somos tachados de bairristas entre outros. Pura inveja meu amigo, pura inveja. Talvez pelo fato de que fazemos parte da minoria brasileira que tem cultura própria e que, principalmente, sabe de onde veio e para onde quer ir. Sim, eu sou um ativista da República Riograndense.
Eu ontem vendo o Jornal Nacional “fiquei sabendo” que era o dia da bandeira. Cheguei a conclusão também que tudo que a gente esquece é porque não foi ou não é importante. A bandeira brasileira não é importante para mim? O Brasil não é importante para mim? São sim, não seria um tolo em dizer que não, mas é na bandeira do Rio Grande que eu vivo enrolado e é o hino do Rio Grande que eu encho a boca para cantar. Alguém vai dizer que isso é bairrismo e complexo de superioridade. Me orgulho em ser gaúcho e se isso for verdade, então eu sou bairrista e um ser superior. Aí está o meu civismo e o meu patriotismo.
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Forte abraço e um bom final de semana a todos.

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